Na hora de investir, existem vários conceitos que precisam ser considerados. E muitas pessoas têm dúvidas sobre a volatilidade: o que é, como funciona e de que modo interfere nos diferentes tipos de investimentos.
Nós montamos um conteúdo bem completo que vai lhe ajudar a compreender tudo sobre esse termo, inclusive com aplicações no universo dos criptoativos. Siga conosco!
Volatilidade: o que é?
A volatilidade é um indicador que mostra a intensidade e a frequência em que as movimentações de valor de um determinado ativo acontecem, dentro de um período de tempo, ou seja, podemos entender a volatilidade como uma maneira de medir a variação de um ativo.
Assim, quanto maior for a variação de preço de determinado ativo, maior é o risco de perder ou de ganhar dinheiro com ele.
Dessa forma, quando um analista diz que determinado investimento possui alta volatilidade, ele está querendo dizer que o seu preço pode variar bastante dentro de um período de tempo.
O cálculo da volatilidade consiste em encontrar, a partir da rentabilidade diária de determinado período, o seu desvio padrão médio. O resultado é apresentado em forma de porcentagem.
Mais do que um número, contudo, a volatilidade é uma característica intrínseca de todos os ativos financeiros, pois nenhum ativo está sempre em alta ou em baixa. O que muda de um ativo para outro, contudo, é a força dessa variação.
Tipos de volatilidade
Agora que já entendemos melhor o que é volatilidade, que tal vermos alguns tipos existentes? Vamos a elas:
1) volatilidade histórica: é o desvio padrão anualizado. A partir dela é possível saber quando uma cotação se afasta da média, podendo ser usada na sobrecompra ou sobrevenda de ações, na definição de alvos e nos stops;
2) volatilidade implícita: cálculo usado para estimar a volatilidade de um preço no futuro. Para isso, usam-se informações do preço subjacente no mercado de derivativos ou futuro, também é muito usado no mercado de opções;
3) volatilidade real: também é chamada de volatilidade futura e, para ser calculada, usa-se a cotação do ativo subjacente no mercado futuro. Quando o investimento chega ao seu vencimento, a volatilidade real se transforma em volatilidade histórica;
4) volatilidade cambial: representa o grau de estabilidade das moedas estrangeiras.
Para que serve a volatilidade?
A principal função da volatilidade é possibilitar um estudo da movimentação de preços, ajudando a estabelecer cenários possíveis. Ou seja, você poderá usar a volatilidade de determinado investimento para entender se ele apresenta bons rendimentos e a quais riscos você está se expondo.
É possível, usando diferente técnicas de análise, medir as flutuações de preço de um ativo em um período de tempo determinado e identificar como será a próxima tendência dentro do prazo do seu interesse, ou seja, no curto ou no longo prazo (de acordo com seus objetivos financeiros).
Como a volatilidade interfere nos investimentos?
Já deu para notar que compreender o que é volatilidade é muito importante para investir melhor. Como ela é uma característica comum a todos os ativos, é fundamental saber interpretar adequadamente essas oscilações.
E, ainda, é de suma importância procurar por ativos que tenham uma volatilidade adequada ao seu perfil e seus objetivos.
Quando você compreende melhor os conceitos de volatilidade e risco, consegue estimar adequadamente as possibilidades de perdas e ganhos da sua aplicação, diversificando a carteira, maximizando os lucros e minimizando as perdas.
Assim, ao entender a volatilidade de um ativo, você será capaz de determinar os rumos do seu investimento.
Volatilidade do mercado
Além da volatilidade referente aos ativos, também temos a expressão “mercado volátil”. O mundo financeiro é influenciado por uma série de fatores externos, como a política, a economia e inúmeras outras situações.
Assim, ele também poderá estar sujeito a uma maior ou menor volatilidade. Nesse caso, um mercado volátil é aquele que apresenta instabilidade de preços, que não conseguem se manter por muito tempo em determinado patamar.
Por um lado, essa volatilidade consegue abrir janelas de oportunidades interessantes no mundo dos investimentos e, por outro, para os consumidores, a alta volatilidade traz insegurança, pois os preços dos produtos podem oscilar de uma forma difícil de prever.
É por isso que um bom investidor deve ficar de olho em tudo o que acontece no Brasil e no mundo, pois dependendo dos acontecimentos, é possível que hajam mudanças de cenários no universo dos investimentos.
Risco x Volatilidade: qual a relação?
O risco de um investimento está relacionado à probabilidade de ele não ter o desempenho esperado por você ou, ainda, de oferecer resultados negativos.
A volatilidade é uma maneira de calcular e analisar os riscos de um investimento. Por meio da análise do histórico de movimentação dos preços de um ativo e de outras informações ligadas a ele, é possível estimar os riscos.
Mas, da mesma forma que as previsões climáticas não são totalmente confiáveis, mesmo com o estudo da volatilidade, é possível que um investimento arriscado proporcione grandes ganhos ou grandes perdas.
As oportunidades de ganhos maiores, contudo, estão justamente associadas aos investimentos que trazem maior risco.
É por isso, por exemplo, que dizemos que a caderneta de poupança é um investimento de baixo risco, pois a sua volatilidade é pequena. Porém, ela também não proporciona ao investidor grandes ganhos. Assim como a Bolsa de Valores que, por trabalhar com maiores riscos, pode oferecer retornos maiores do que a renda fixa.
Mas isso não significa que você precisa se arriscar. Existem investimentos para todos os tipos de perfis. E um bom investidor é aquele que tem uma carteira variada, se protegendo dos diferentes riscos aos quais seus ativos estão expostos.
Como usar a volatilidade?
O estudo da volatilidade é muito usado, principalmente, na Bolsa de Valores. Afinal, é a partir dele que os investidores conseguem prever os momentos mais oportunos para comprarem ou venderem ações.
De uma forma geral, os investidores que mais se beneficiam da volatilidade são os que operam no Day Trade – operações que se iniciam e terminam no mesmo dia. Assim, eles conseguem identificar pequenas oscilações e fazem operações rápidas, que podem durar alguns minutos, aproveitando-se dessa pequena janela de oportunidade.
Outra boa forma de aplicar a volatilidade é no mundo dos criptoativos.
Volatilidade e criptoativos: o que você precisa saber?
Quando falamos em criptoativos, como o Bitcoin e outras criptomoedas, geralmente dizemos que eles são ativos voláteis. O que isso significa? Que eles contam com uma grande variação de cotação.
No caso das criptomoedas, como o Bitcoin, isso ocorre devido à forma como elas são precificadas. Como são moedas que não sofrem nenhum tipo de regularização, a cotação delas ocorre, basicamente, pela lei da oferta e da procura – e também pelas oscilações do mercado.
Então, os preços podem subir muito rapidamente e cair na mesma velocidade.
Lembrando que a volatilidade de um ativo pode variar com o tempo. O Bitcoin, por exemplo, passou por períodos de grande volatilidade, mas hoje este cenário está diferente.
De qualquer forma, a volatilidade das criptomoedas é justamente um fator que tem atraído muitos investidores, pois há mais chances de você ganhar dinheiro. Desde que, claro, consiga identificar os melhores momentos para compra e venda.
Fatores que influenciam na cotação das criptomoedas
Alguns dos fatores que mais influenciam na cotação das criptomoedas e, também, na sua volatilidade são:
- o cenário político que afeta diversos setores da economia e da moeda nacional – e também a cotação das criptomoedas, já que alguns investidores usam as criptos para cobrir as oscilações da moeda convencional. Além disso, quando há circulação de notícias envolvendo crises econômicas, algumas pessoas passam a adquirir mais criptomoedas para proteger o seu patrimônio;
- a demanda de oferta e procura, afinal, o interesse das pessoas em adquirir criptomoedas faz com que, quanto maior for essa procura, maior passe a ser o preço definido, já quanto menor for a procura, menor seja valor;
- o mercado de criptomoedas, que é descentralizado e sem muita regulamentação, faz com que muitas empresas usem as criptomoedas em suas negociações, influenciando a cotação;
- a volatilidade do dólar, pois a cotação da moeda americana influencia fortemente o cenário econômico e a cotação de outras moedas, inclusive as criptos. Em alguns sites e plataformas, o dólar é considerado para definir o preço que os usuários estão dispostos a pagar;
- os problemas técnicos, já que os sistemas das criptomoedas passam por atualizações e assim, tanto os pontos fortes como os pontos fracos podem influenciar na cotação. As notícias divulgadas pela mídia de ataques ou aberturas para invasões de hackers também podem desvalorizar as criptomoedas, pois as pessoas terão medo de investir nessas opções.
Como usar a volatilidade a favor dos seus investimentos em criptomoedas?
Para se beneficiar da volatilidade, é importante ficar atento a algumas dicas, como:
- acompanhar a cotação da criptomoeda, conseguindo identificar os momentos de baixa, para comprar o ativo, e de alta, para vendê-lo;
- analisar as notícias do mercado financeiro, ficando de olho naquelas que podem afetar diretamente o mundo dos criptoativos;
- acompanhar os índices de volatilidade, como o Índice de Volatilidade do Bitcoin, que traz as alterações nos últimos 30 ou 60 dias e permite acompanhar a série temporal de volatilidade da criptomoeda;
- compreender que a volatilidade dos criptoativos é, na verdade, uma oportunidade, tanto para quem atua no Day Trade como para quem tem planos de prazos mais longos.
Protegendo-se da volatilidade
Uma forma de se proteger da volatilidade das criptomoedas é compreender como o mercado funciona e, principalmente, quais os recursos disponíveis nas exchanges. Um dos mais importantes para os traders de criptomoedas é a ordem stop-loss, dentro das ordens do dia.
Você poderá ir até o livro de ofertas e colocar uma ordem de compra a Mercado, por exemplo, dessa forma a compra será realizada com o preço atual. Mas se você usar a ordem stop-loss, você evitará perder dinheiro.
Suponha que você tenha comprado o Bitcoin quando ele atingiu R$ 11 mil, mas você não deseja ter de lidar com a volatilidade da criptomoeda, então, poderá colocar um limite para o máximo de dinheiro que pretende perder nessa operação.
Imagine que seu limite de perda é de R$ 200, então, você colocará uma ordem de stop-loss em R$ 10.800 – e quando o preço chegar nesse patamar, a exchange imediatamente começará a procurar por um comprador.
Conclusão
Como você viu neste conteúdo, a volatilidade é uma característica presente em todos os investimentos, já que nada é estático e a cotação dos investimentos pode variar a qualquer momento, dependendo de uma série de fatores.
As criptomoedas são ativos bastante voláteis, já que não apresentam regulamentação na cotação dos seus preços, estando mais propensas a alterações de acordo com a lei da oferta e da procura e dos acontecimentos na economia e na política.
Contudo, isso não, necessariamente, é uma característica ruim. Afinal, é graças à alta volatilidade, que os investidores conseguem comprar os ativos a preços menores e revendê-los quando eles atingem cotações maiores, ganhando mais dinheiro.
Porém, para fazer isso, é indispensável ter conhecimento tanto sobre os fatores que afetam a volatilidade das criptomoedas, como do próprio mercado em si, buscando entender quando é hora de avançar e o momento certo de recuar. Além, é claro, de ter uma carteira diversificada, protegendo seu patrimônio.
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