Se você está começando agora sua trajetória de investidor, certamente já deve ter ouvido falar sobre o investimento em Tesouro Direto. Essa é uma das principais alternativas de renda fixa, disponível, sobretudo, para quem deseja aplicar seu dinheiro em algo seguro e com rentabilidade melhor do que a caderneta.
No entanto, mesmo sendo muito conhecido, há muitas pessoas que ainda não sabem como investir no Tesouro Direto, nem a rentabilidade dos títulos públicos. Por isso, ao longo desse post vamos trazer as informações que você precisa para entender mais sobre essa aplicação.
O que é o investimento no Tesouro Direto?
O investimento no Tesouro Direto faz parte do Programa do Tesouro Nacional. Criado pelo governo para possibilitar a comercialização de títulos públicos, de uma forma totalmente online.
O investimento no Tesouro Direto funciona de uma forma parecida como de um empréstimo bancário. No entanto, nesse caso quem empresa o dinheiro é você e quem pega esse capital é o governo. Portanto, é a forma de você emprestar dinheiro para o governo federal.
Esse empréstimo é considerado um título de renda fixa, afinal, ao passar o período determinado você recebe o valor investido acrescido de juros.
Um detalhe bem interessante é o destino desse dinheiro. Ao fazer um investimento no Tesouro Direto, você está contribuindo para o crescimento do país. Isso acontece pelo fato desse dinheiro ser destinado para o desenvolvimento do Brasil, ou seja, será aplicado em obras de infraestrutura urbana, melhorias da educação, saúde, moradia ou mesmo de transporte em todo território nacional.
Esse é um tipo de investimento que não é único do Brasil. Países como os Estados Unidos também contam com a possibilidade de empréstimos por meio dos títulos públicos.
O investimento no Tesouro Direto é seguro?
De uma forma bem simples, podemos dizer que o investimento no Tesouro Direto é um dos mais seguros do mercado. O principal motivo é o fato da probabilidade do governo quebrar sem quase zero.
Para compararmos, se você ainda possui uma poupança, saiba que ela é menos segura do que um título público. Afinal, se olharmos os detalhes, na caderneta você empresta dinheiro para os bancos, que possuem mais chances de falir do que o Governo Federal.
É importante ressaltar que essa segurança é mantida mesmo em situações delicadas nas contas públicas. Os títulos públicos representam uma dívida que não chega a 1% de todos os pagamentos do Governo Federal. Portanto, a chance de você não receber o resgate do seu investimento é quase nula, afinal, o governo pode emitir moeda para honrar seus compromissos.
Qual a rentabilidade do investimento no Tesouro Direto?
O Tesouro Direto é considerado um investimento de renda fixa, assim, no momento da compra do título, você fica sabendo qual será o rendimento ou mesmo qual a será a porcentagem do lucro.
Entretanto, é possível encontrar títulos com rentabilidade pré fixada, pós-fixada ou mesmo mista.
- Rentabilidade fixada: são os títulos que você investe sabendo qual será o rendimento no momento do resgate. Assim, durante todo o tempo do empréstimo, a porcentagem de juros será a mesma.
- Rentabilidade pós-fixada: são os títulos que possuem rentabilidade atrelada variável, normalmente, relaciona à Taxa Selic. Assim, o rendimento depende do desempenho dessa taxa.
- Rentabilidade Híbrida: também conhecidos como Tesouro IPCA, a rentabilidade é composta de uma parte variável, geralmente atrelado a um indicador financeiro, como o IPCA ou o IGP-M, e uma parte de rentabilidade fixa.
Quais as vantagens do investimento no Tesouro Direto?
Além da segurança e da boa rentabilidade, quando comparado a outros títulos de renda fixa privados e à poupança, podemos destacar outras vantagens do investimento no Tesouro Direto:
Acessibilidade e facilidade
O Tesouro Direto é uma das aplicações mais acessíveis para a população. Atualmente, é possível investir com cerca de R$ 30,00.
Além do mais, para realizar o investimento não é preciso ser um investidor experiente ou entender muito de mercado financeiro. O site do Tesouro Nacional é bem simples e intuitivo e, para completar, já fizemos um post explicando como aplicar no Tesouro Direto rapidamente e sem complicações.
Poucas taxas
Quando comparamos a outros tipos de investimentos, o Tesouro Direto apresenta menos taxas. Inclusive, atualmente já há corretoras que oferecem taxa zero para investir no Tesouro.
Boa liquidez
Os títulos do Tesouro Direto são considerados ativos com boa liquidez no mercado. Essa vantagem é importante para quem precisar, eventualmente, fazer o resgate antes do tempo determinado.
Vantagem fiscal
Diferentemente de outros títulos de renda fixa, a incidência do Imposto de Renda no Tesouro Direto só acontece quando você for resgatar seu investimento. As alíquotas variam de acordo o prazo, no entanto, são progressivas, começando em 22,5% e podendo chegar a 15%.
Dessa forma, quanto mais tempo durar seu investimento, menor será a taxa do IR.
Quais as desvantagens do investimento no Tesouro Direto?
Taxas da B3 e de corretoras
Algumas corretoras ainda aplicam taxas para que seja possível investir no Tesouro Direto. Nesse momento, é preciso atenção, afinal taxas de custódia e corretagem podem consumir boa parte do seu rendimento.
Além disso, ainda há a taxa cobrada pela Bolsa de Valores do Brasil, a B3. Esse tributo corresponde a 0,30% do valor investido e é direcionado para cobrir os custos de negociação e custódia dos títulos públicos.
Baixa rentabilidade
A principal desvantagem do investimento no Tesouro Direto, e de outros títulos de renda fixa, é a rentabilidade. Em uma economia com a taxa de juros baixa, a rentabilidade desses investimentos fica bem próxima à inflação.
Assim, para quem deseja fazer investimentos mais arrojados e obter uma maior valorização do seu capital, o ideal é procurar outras alternativas.
Nos últimos anos, acompanhamos a rentabilidade da renda fixa cair muito. Investimentos no Tesouro Direto e em outros títulos deixaram de ser atrativos, principalmente devido às constantes queda da taxa de juros. Mas será que ainda vale pena investir no Tesouro? Baixe gratuitamente nosso Guia sobre funcionamento dos títulos públicos e entenda esse cenário.
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