terça-feira, 12 de maio de 2020

Afinal, o que é o Federal Reserve dos EUA?

Essa é uma das grandes “pegadinhas” da economia, pois o Federal Reserve (FED) dos EUA, diferente dos Bancos Centrais, é um órgão apartado do governo, e mesmo assim tem o poder de criar moeda.

Calma, vamos explicar mais adiante de forma mais clara essas diferenças. Primeiro precisamos entender qual a função de um Banco Central, Tesouro Nacional, e a tal “Taxa Básica de Juros”.

Você pode até achar o assunto tedioso ou irrelevante na sua vida, mas infelizmente são esses órgãos que determinam os rumos de curto prazo da economia.

Afinal, como o FED e os Bancos Centrais atuam? Qual a diferença básica para o Banco Central? Como isto impacta no Bitcoin?

Vamos entender como chegamos até aqui para tirarmos uma conclusão mais acertada acerca da economia. A BitcoinTrade, mais uma vez, busca trazer conteúdo de qualidade, que tenha um impacto real na sua tomada de decisão de investimento. Siga a leitura conosco!

Bancos Centrais

Usualmente trata-se de um órgão do Estado cuja função principal é garantir o bom funcionamento da economia. Para isto, contam com três instrumentos básicos: 

  • Taxa Básica de Juros – No Brasil, denominada Selic, é a remuneração paga por depósitos realizados pelos bancos em uma conta no Banco Central. Lembrando que parte desse depósito é obrigatório, denominado Compulsório, referente a um percentual de depósitos nos bancos.
  • Regime Cambial – São diferentes formas de administrar o câmbio: a) “Câmbio Fixo”, por exemplo, atrelado 1:1 com o Dólar; b) “Banda Cambial”, estabelecendo uma cotação mínima e máxima para negociações diárias; c)  “Câmbio Flutuante”, deixando o livre mercado determinar seu valor, embora possa realizar intervenções pontuais.
  • Metas Fiscais – Trata-se do gerenciamento das contas públicas, ou planejamento orçamentário. Isto inclui arrecadação de impostos, administração da dívida pública, despesas em saúde, educação, previdência, além de todos os serviços necessários para manter a máquina pública em funcionamento.

O Banco Central atua efetivamente como um “banco” do governo, por exemplo, responsável pelo armazenamento e gestão das reservas internacionais. Ao mesmo tempo, a emissão moeda circulante é de sua responsabilidade.

Por último, O Banco Central atua como regulador, fiscalizador e garantidor do Sistema Financeiro Nacional. Evitar falências que possam ter grande impacto, realizar empréstimos emergenciais e administrar as exigências de capital dos bancos estão entre suas funções básicas.

Tesouro Nacional

É a Secretaria do Governo Federal responsável por administrar, contabilizar e auditar o caixa dos cofres públicos. A maior fonte de receita são impostos, pagos por pessoas físicas e jurídicas, mas também entram nesta conta o pagamento de dívida por parte dos Estados e municípios.

Embora em alguns países seja possível a emissão e distribuição de Títulos da dívida diretamente por Estados e municípios, atualmente no Brasil esta função foi designada exclusivamente ao Tesouro, através de Títulos da Dívida Pública.

O Tesouro Direto, por exemplo, disponibiliza a negociação inúmeros Títulos da Dívida Pública, sejam eles prefixados ou pós-fixados, atrelados à Selic ou à algum indicador de inflação.

Este endividamento pode ser realizado de forma interna, emitindo Títulos em moeda local, ou externa, levantando recursos em outras moedas. 

COPOM

Comitê de Política Monetária (COPOM) é um órgão recente no Brasil, criado em junho de 1996. Seu objetivo é dar um pouco mais de independência para o cumprimento das diretrizes de política monetária.

Participam deste comitê o Presidente do Banco Central do Brasil, além de membros de sua Diretoria Colegiada e alguns chefes de departamento do Banco Central.

As metas de inflação são definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que regula os mercados de capitais e supervisiona as reservas estrangeiras. Este Conselho é composto pelo Ministro da Economia, o Secretário Especial de Fazenda, além do Presidente do Banco Central.

Cabe ao COPOM a definição da Taxa Básica de Juros, a Selic, de forma a seguir as metas de inflação definidas pelo CMN. Esta decisão da Selic é realizada através de reuniões periódicas, embora eventualmente possam intervir de forma emergencial em ocasiões específicas.

Diferenças do Federal Reserve

Acredite se quiser: as decisões do FED não precisam passar pelo Congresso ou Senado. No entanto, é necessário dar satisfação e continuar mostrando um serviço benéfico a fim de manter o poder garantido pela Constituição.

O Presidente e Vice-Presidente do Conselho do FED são escolhidos pelo Presidente dos EUA, e devem ser sabatinados pelo Congresso. Apesar de ser uma entidade privada, o lucro do FED vai para o governo.

Ao contrário do Banco Central do Brasil, o FED é composto por 12 entidades regionais, além de incluir representantes de bancos privados dos EUA. 

Outra diferença fundamental é que o FOMC nos EUA é o responsável pela compra e venda de Títulos Públicos, enquanto no Brasil esta tarefa fica a cargo do Tesouro Nacional.

Estímulos Econômicos

Conforme mencionamos anteriormente, existem alguns instrumentos à disposição do governo para aumentar a oferta de crédito e liquidez no mercado, dentre os quais destacamos:

  • Recompra de Títulos Públicos, colocando mais dinheiro em circulação;
  • Redução do Compulsório, o depósito exigido dos bancos, abrindo espaço para mais crédito;
  • Corte na Taxa Básica de Juros, reduzindo custo de captação para empresas;
  • Elevar gastos, mesmo que aumentando endividamento;
  • Desvalorização cambial, visando aumentar exportações;
  • Redução de impostos;
  • Empréstimos e programas de crédito subsidiados;

Bitcoin neste cenário

21 milhões de Bitcoins, limite este que nunca será ultrapassado. Blocos minerados a cada dez minutos com redução na premiação – halving – a cada 4 anos, além do ajuste de dificuldade a cada 1.440 blocos para assegurar esta intervalo médio. Esta é a “política monetária” do Bitcoin criada por Satoshi Nakamoto e reforçada pelo consenso, sua rede de usuários.

Quando comparamos esta regra relativamente simples com a flexibilidade e possibilidade de emissão infinita das moedas tradicionais, passamos finalmente a entender por que o Bitcoin se beneficia deste cenário caótico de intervenções trilionárias.

Ainda tem dúvidas sobre quantos Bitcoins existem? Aproveite também para ler este outro artigo, no qual falamos sobre como funciona a mineração de Bitcoin.


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sexta-feira, 8 de maio de 2020

O que foi a crise de 2008 e como afetou a economia global?

A crise de 2008 foi um dos momentos que mais balançou a economia global em quase um século. A situação foi tão crítica que o sistema bancário mundial chegou a ficar à beira de um colapso.

O que começou como um problema em relação ao mercado hipotecário subprime, posteriormente evoluiu para uma crise financeira em escala mundial. A recessão, inclusive, trouxe muitos questionamentos sobre a estabilidade e a transparência dos sistemas bancários globais.

Agora, mais de dez anos depois, muitos se questionam se o mercado financeiro pode passar novamente por uma crise como a de 2008. Seria possível evitar que esse tipo de situação se repita?

Neste artigo, confira quais foram as causas da crise de 2008 e suas consequências no Brasil e no mundo. Veja também quais lições podemos tirar daquele momento histórico. Continue a leitura!

O que foi a crise de 2008?

A crise financeira de 2008 é considerada o maior desastre econômico desde a Grande Depressão de 1929. Apesar dos esforços do Federal Reserve e do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos para evitá-la, aquela crise devastou a economia mundial.

O resultado foi a chamada Grande Recessão, que levou à queda dos preços das moradias e a aumentos acentuados nos índices de desemprego. 

A crise explodiu no dia 15 de setembro de 2008, quando o Lehman Brothers, um dos bancos de investimentos mais tradicionais dos EUA, declarou falência. No mesmo dia, a bolsa de valores despencou.

Na sequência, muitos outros bancos começaram a anunciar perdas bilionárias, que só aumentaram a instabilidade no mercado. A maioria dos países criou planos de socorro às suas economias, a fim de injetar bilhões nos bancos e tentar minimizar os impactos da crise.

Oficialmente, a recessão terminou em 2009, mas suas consequências ainda repercutiram por muitos anos para diversos países e grande parcela da população.

O que causou aquela crise?

A crise de 2008 foi causada por uma combinação de vários fatores complexos. Há muito tempo as instituições financeiras estavam concedendo empréstimos de alto risco, principalmente hipotecas, que resultaram em um resgate maciço dos contribuintes.

De forma geral, é consenso dizer que o mercado imobiliário americano iniciou uma grande reação em cadeia que afetou todo o sistema financeiro. O gatilho foi uma combinação de atividades especulativas, concentrando-se em transações imobiliárias, especialmente nos EUA e na Europa, e na disponibilidade de crédito barato.

Havia empréstimos em grande escala para financiar o que parecia um aumento dos preços dos imóveis. Mas o boom tornou-se insustentável porque, por volta de 2005, a diferença entre renda e dívida começou a aumentar. Isso foi causado pelo aumento dos preços da energia nos mercados globais, levando também ao aumento na taxa de inflação.

Esse desenvolvimento apertou os tomadores de empréstimos, muitos dos quais lutaram para pagar as hipotecas. Os preços dos imóveis começaram a cair, levando a um colapso nos valores dos ativos mantidos por muitas instituições financeiras.

Os setores bancários dos EUA e do Reino Unido chegaram muito perto do declínio e tiveram que ser resgatados pela intervenção do Estado. Logo, o estopim da crise de 2008 veio com a falência do banco Lehman Brothers, que teve um efeito paralisante nas economias norte-americana e europeia.

Quais foram as consequências?

A recessão terminou oficialmente em 2009, mas muitos países continuaram sofrendo por um longo tempo, principalmente os Estados Unidos. Para entender a gravidade da crise de 2008, dois anos após o término da recessão, a taxa de desemprego no país ainda estava em 9%.

Também nos EUA, mais de 8 milhões de pessoas perderam o emprego e aproximadamente 2,5 milhões de empresas foram arrasadas. Naquele momento, a insegurança e a desigualdade social cresceram ainda mais.

A princípio, a crise fez os governos injetarem bilhões de dólares nos bancos afetados, o que evitou um colapso completo do sistema financeiro. No longo prazo, o impacto da crise foi enorme, levando a redução de salários, austeridade e profunda instabilidade política.

Como foi a crise de 2008 no Brasil?

Embora o Brasil estivesse num momento econômico estável em 2008, com bons índices nas contas públicas, uma crise financeira mundial afeta a todos. Assim como a maioria dos países, o governo brasileiro também adotou medidas para conter danos e prejuízos.

Entre as medidas adotadas, estava o incentivo ao consumo, o que incluiu a redução do IPI para automóveis, eletrodomésticos e materiais de construção, por exemplo.

Os efeitos mais diretos no Brasil foram vistos em 2009, com uma retração no PIB. Outras mudanças vistas por aqui foram a diminuição do crédito no mercado, a alta do dólar, o aumento da inflação e a elevação do risco-país.

Ainda assim, os impactos da crise no Brasil foram minimizados. O real passou por uma valorização, os juros foram reduzidos e o país passou por um crescimento econômico em seguida.

Quais foram os aprendizados pós-crise?

Passou-se mais de uma década desde a crise financeira, mas ainda existem preocupações. Os efeitos dessa recessão ainda estão vivos e a recuperação econômica global tem sido fraca em comparação com os padrões históricos.

Empréstimos de alto risco estão sendo oferecidos mais uma vez e, embora as taxas de inadimplência estejam baixas hoje, isso sempre pode mudar.

Os reguladores afirmam que o sistema financeiro global mudou desde 2008 e que as medidas de segurança foram aprimoradas. Por esse motivo, muitos acreditam que a economia global, na verdade, está mais forte hoje do que há uma década.

Apesar das mudanças, uma nova crise econômica mundial sempre pode acontecer. Além de problemas fundamentais, fatores inesperados como a atual pandemia de Covid-19, por exemplo, afetam e desestabilizam a economia dos países. Por isso ter uma reserva de emergênciaé tão importante, independentemente da situação.

A fragilidade do sistema bancário internacional foi um dos grandes ensinamentos da crise de 2008, assim como as decisões políticas dos governantes. Se você quiser entender ainda mais sobre o tema, existem diversos filmes sobre mercado financeiro que mostram em detalhes como foi o desenrolar da crise.

Agora que você já sabe quais foram os impactos da crise de 2008 no mundo, que tal aprender ainda mais sobre investimentos? Assine a nossa newsletter e receba conteúdos exclusivos!

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quinta-feira, 7 de maio de 2020

Qual a melhor estratégia de investimento em tempos de crise?

Qual a melhor estratégia de investimento em tempos de crise?

Olá, Easylovers! Vocês pediram e a gente atendeu.
Hoje estreamos oficialmente a análise mensal do mercado da Easynvest, que sempre será publicada na primeira semana do mês no Blog e assinada pelo nosso especialista José Falcão Castro.

 

Na última publicação falamos sobre enfrentar uma das maiores crises da história recente do mercado financeiro, que foi fortemente impactado. Nos jornais notícias sobre a bolsa brasileira acionando seis vezes o circuit breaker, mecanismo que interrompe negociações, e o Ibovespa caindo 29,9% – a maior queda mensal dos últimos 22 anos.

Hoje, vou analisar o mês de abril! Mês em que a crise relacionada ao Covid-19 continuou no radar dos investidores do mundo todo, mas no Brasil, a situação foi ainda mais agravada com a crise política, que trouxe mais instabilidade para os nossos mercados.

 

O que mudou?

Diferente do período anterior, não podemos deixar de destacar que, mesmo neste momento, os investidores trabalham com expectativas mais bem definidas sobre o futuro da economia, da saúde e como agir para minimizar estes problemas que ainda estão longe de serem resolvidos.

Afinal, ao entender melhor a atual situação, somada a possível reabertura gradual das maiores economias do mundo, todos estão mais otimistas e isso foi precificado de forma positiva nas classes de Renda Variável (Bolsa), na Renda Fixa e nos Multimercados.

 

Quais são as alternativas para os investidores com a Selic tão baixa?

Apesar da projeção de queda na taxa Selic, que já está no menor nível histórico, investidores que precisam de recursos no curto prazo (seja para montar uma reserva de emergência ou por conta do perfil conservador), o ideal é ainda manter os títulos indexados à taxa Selic ou CDI – mesmo que a rentabilidade não esteja tão atrativa. Isso porque esses títulos não correm riscos de oscilação de mercado e garantem algum rendimento.

Já para os investidores que têm mais apetite ao risco, que podem diversificar os produtos e que buscam retornos melhores no médio e longo prazo, uma alternativa interessante é investir em Fundos de Multimercados, em que o gestor aloca os recursos em diversos mercados e produtos, em busca das melhores oportunidades.

 

Existe vantagem na redução das taxas de juros?

Para o bolso do investidor, a taxa de juros no nível em que está é vista como algo ruim, já que o dinheiro rende menos. No entanto, olhando para a economia como um todo, a Selic baixa faz com que mais dinheiro seja injetado no mercado, pois incentiva o empreendedorismo de pessoa física e investimentos em projetos por parte das empresas, já que o custo do crédito cai e não vale tão a pena deixar dinheiro parado.

Ou seja, ao aumentar o investimento, gerasse mais empregos, aumentasse o consumo e as empresas lucram mais. Todo este fluxo positivo é refletido no preço das ações que beneficiam diretamente os investidores. Esse é o padrão de economias desenvolvidas, com níveis de inflação mais baixos, e com o dinheiro circulando na economia real. Estruturalmente, não é algo ruim, mas deve ser calibrado pelo Banco Central para que gere uma sintonia de mercado, com inflação controlada.

 

Já podemos investir em Renda Variável? 

A bolsa de valores foi o grande destaque no mês de abril, com valorização de 10,25%.

Mesmo o movimento negativo no dia 24 de abril (-5,45%), com a saída repentina do Ministro da Justiça do governo, a Bolsa não entrou em tendência de queda, se mantendo em uma faixa de congestão em torno de 80.000 pontos. Isso foi um claro sinal de força.

Apesar dos problemas relacionados a crise do Covid-19 e do pesado clima político estarem longe de serem resolvidos, não podemos prever o futuro, mas podemos analisar o presente que neste momento se encontra com um viés positivo, no curto prazo, e isso é um sinal de que montar posições de forma gradual, seletiva e diversificada em ativos de risco, como ações, é uma opção interessante pensando no longo prazo.

 

Como podemos nos proteger?  

O dólar é um importante instrumento de proteção, este produto é destinado ao perfil de investidor experiente. Assim como alguns metais (como o ouro), o dólar historicamente é um porto seguro clássico, o que lhe confere atratividade interessante como seguro-catástrofe, em face aos riscos que se colocam à economia global. Portanto, independente da direção a ser tomada pela moeda norte-americana, é sempre aconselhável manter uma parcela do portfólio de investimentos em moedas fortes.

Com uma valorização de 39% nos últimos 12 meses, o dólar mostra como é importante o seu papel em uma carteira diversificada.

 

Abraços,


José Falcão Castro tem experiência de 13 anos no mercado financeiro e de capital, atuando com análise, consultoria de investimentos e em mesa de operações Bovespa e BM&F. Formado em Administração de Empresas com especialização em Gestão Financeira, possui as certificações CFP® e CNPI-T.

 

 

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Mercado bancário: quais as tendências para os próximos anos?

O mercado financeiro vive uma grande disrupção impulsionada por novas tecnologias. São soluções que prometem revolucionar muitas formas de oferecer serviços, principalmente no mercado bancário.

Um sinal disso é que o consumidor nunca ouviu falar tanto sobre fintechs. As chamadas startups do setor financeiro puxam as inovações do segmento. Por conta disso, desafiam os grandes bancos a mudarem estratégias. Esse aumento da competição em um setor historicamente concentrado promove grandes transformações em produtos e modelo de negócios.

Veja abaixo algumas tendências do mercado bancário brasileiro para os próximos anos.

Foco na experiência online

Melhorar a experiência online dos clientes é um grande desafio dos bancos para os próximos anos.

Isso porque, além de os clientes estarem cada vez mais exigentes, a concorrência também aumentou. Por isso, as instituições financeiras buscam encontrar maneiras para atingir os desbancarizados. Esse público que não está acostumado a realizar operações do mercado financeiro, muito menos pela internet.

Para atrair essas pessoas, será necessário simplificar aplicativos de forma que se pareçam com uma conversa. Também será necessário que esses apps sejam leves para que possam ser instalados em modelos de smartphone mais simples e com menos espaço de memória.

Pagamentos instantâneos

Uma grande tendência no setor bancário nos próximos anos é o pagamento instantâneo. A modalidade será um meio de liquidação de valores em tempo real disponível 24 horas pelo celular e que será aceito em todos os estabelecimentos. A previsão é que comece a funcionar com limitações em novembro, em uma plataforma que vai unificar operações e será gerida pelo Banco Central.

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Diferentemente de transferências comuns, esse meio de pagamento vai precisar apenas de um dado para realizar a operação, como CPF, e-mail ou celular. Ou seja, a operação será similar à de carteiras digitais disponíveis no mercado, como PicPay e Mercado Pago, que utilizam QR Code para completar a transação. Só que agora a funcionalidade será oferecida também por bancos tradicionais, digitais e bandeiras de cartões.

O objetivo é que essas transferências tenham custo mais baixo do que um DOC ou TED. O dinheiro também será compensado de forma bem mais rápida — cerca de 3 segundos. Atualmente, as transferências só podem ser feitas nos horários de expediente bancário. Além disso, demoram algumas horas para cair na conta do usuário.

Digitalização de operações

Quem tem conta-corrente em um banco tradicional costuma ter acesso ao internet banking, centrais telefônicas, chats e também a diversos aplicativos. Todas essas ferramentas dispensam a ida do cliente às agências, na maioria dos casos. Já é possível, por exemplo, até realizar um pedido de financiamento de carro e imóvel online.

Contudo, pequenas burocracias ainda permanecem, principalmente nos grandes bancos. Por exemplo, ainda não são todos os pedidos que podem ser feitos por chats, e alguns documentos ainda devem ser levados impressos às agências. A tendência é que os bancos digitalizem e automatizem cada vez mais esses processos.

Open Banking

O compartilhamento de dados dos clientes de bancos é uma tendência para os próximos anos. A ideia é que seja possível consolidar e compartilhar dados de todas as instituições financeiras com as quais o cliente tem relacionamento. Essa ferramenta permitiria a criação de serviços personalizados e a contratação mais rápida de serviços.

O Banco Central prepara atualmente uma regulamentação sobre o tema, que está prevista para ser implementada no País a partir de 2021.

Adaptação a empresas virtuais

Outro desafio dos bancos será adaptar operações às chamadas empresas virtuais, que têm funcionários espalhados em diversos estados.

Atualmente, abrir contas-correntes para folhas de pagamento de empresas ainda é um processo burocrático, que exige que os funcionários estejam concentrados em uma mesma cidade.

Alta personalização

Clientes mais exigentes demandam serviços personalizados. Isso é válido tanto no caso de bancos comerciais como no de bancos de investimentos, especializados em oferecer assessoria financeira a quem investe muito dinheiro.

Portanto, o desafio dos bancos é coletar e aproveitar as informações sobre cada cliente, permitindo adaptá-las ao modelo de negócios e ao atendimento. Afinal, diante de uma maior concorrência, ganha quem conseguir oferecer um serviço diferenciado.

Novos pequenos bancos

Muitas fintechs atuam como bancos digitais, entrando na briga direta por clientes dos bancos tradicionais. Normatizados no Brasil, eles podem receber pagamentos e realizar transações, como transferências. Também permitem pagar boletos e colocá-los em débito automático.

Algumas dessas fintechssão especializadas em conceder crédito de forma mais rápida, barata e menos burocrática do que os bancos. Isso é possível por meio de algoritmos, que conseguem analisar de forma mais detalhada a capacidade de pagamento de cada cliente.

Ou seja, esses novos pequenos bancos apontam que uma forte tendência para os próximos anos é o aumento da concorrência e a criação de nichos. Grandes bancos não costumam se concentrar em oferecer crédito para pequenas empresas, uma área de atuação que pode ser dominada por pequenos bancos.

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Mais transparência

O aumento da concorrência deve levar a uma maior transparência no setor bancário. Haverá um esforço de todas as instituições financeiras para atrair clientes apontando quais taxas estão sendo cobradas em cada operação, e de que forma.

Um exemplo é de que, por muito tempo, não se sabia que o banco poderia aplicar o dinheiro dos clientes que estava parado na conta-corrente. Nessa operação, o rendimento que tinham era insignificante. 

As fintechs precisaram achar uma forma de se diferenciar. Então, começaram a anunciar a clientes que esse dinheiro parado na conta poderia render 100% do CDI, por exemplo. Essa estratégia deixou os clientes mais informados e permitiu aumentar a transparência em todo o setor.

Blockchain

O blockchainé o mecanismo antifraude das criptomoedas, mas essa tecnologia pode ser usada em diversos tipos de operações.

Isso porque o blockchain é uma forma de aumentar a segurança de dados compartilhados, diminuindo o custo dessas operações. Ou seja, uma grande oportunidade de investimento para os bancos nos próximos anos.

Como podemos ver, o mercado bancário promete mudar muito seu modelo de negócio daqui para a frente, com o avanço de diversos tipos de tecnologias. Essas alterações devem ter impacto sobre investimentos relacionados a instituições financeiras, como ações. Quer saber se vale aplicar dinheiro no segmento? Conheça a consultoria de investimentos.

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quarta-feira, 6 de maio de 2020

O que são fundos de investimento em renda fixa?

Sugestões:

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Os fundos de investimento em renda fixa são parecidos com uma dinâmica bastante difundida em nosso país: a “vaquinha”. Ela é formada quando várias pessoas realizam a coleta de dinheiro para o pagamento de uma despesa comum ou a compra de algo.

 

No caso desses fundos, você e outros investidores contribuem para a formação de um montante que será investido, nesse caso, em renda fixa. Por isso, cerca de 80% do total arrecadado é destinado para aplicações como Títulos do Tesouro DiretoCDB prefixado e outros.

 

Essa característica faz com que os rendimentos sejam, ao mesmo tempo, previsíveis e constantes. Eles acompanham as taxas de juros do mercado ou os principais índices de inflação. Por isso, ao optar por investir nos fundos de renda fixa, você adquire uma cota.

 

Continue a leitura e saiba tudo sobre os fundos de investimento em renda fixa!

Tipos de fundos de investimento em renda fixa

A renda fixa é um tipo de investimento cuja rentabilidade é previsível — mesmo antes de você realizar qualquer operação. Trata-se do primeiro passo que você pode dar no mundo dos investimentos, principalmente se ainda não tem uma reserva de emergência.

 

O investimento em renda fixa é bastante simples e não tem mistério. Além disso, ela oferece a segurança do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), ou seja, você pode obter seu dinheiro de volta caso haja falência da instituição financeira.

 

Existe a possibilidade de investir diretamente em um dos títulos dessa categoria ou optar por um dos fundos de investimento baseados em renda fixa.

 

Dessa forma, os fundos de investimento em renda fixa podem ser classificados a partir de três aspectos. São eles:

  • classe dos ativos;
  • tipo de gestão (passiva ou ativa) e riscos;
  • principais estratégias.

Renda Fixa Simples

São fundos de investimento em renda fixa que possuem suas características definidas pelo artigo 113 da Instrução nº 555 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Isso significa que eles devem cumprir os seguintes pontos:

  • 95% do total investido em títulos públicos ou privados com o mesmo grau de risco;
  • ser constituído como aberto;
  • podem utilizar operações com derivativos;
  • informações e documentos divulgados preferencialmente por meios eletrônicos.

Indexados

São os fundos de investimento em renda fixa que seguem as variações de indicadores de referência nesse mercado como Certificado de Depósito Interbancário (CDI) ou índices de inflação (IPCA ou IGP-M). A classificação desses fundos é feita a partir do índice de referência escolhido.

Ativos

Os fundos de investimento em renda fixa considerados ativos são classificados a partir de dois parâmetros: duração e risco de crédito. Sobre a duração, característica que determina o nível de exposição dos títulos às oscilações nas taxas de juros, eles podem ser categorizados como:

  • Duração baixa: inferior a 21 dias. Possuem pouca exposição às oscilações na taxa de juros.
  • Duração média: inferior ou igual à taxa do IRF-M, o Índice de Renda Fixa do Mercado, apurada no último dia útil de junho. Sua exposição às taxas de juros é limitada.
  • Duração alta: igual ou superior à IMA-GERAL, carteira teórica baseada em todos os títulos públicos negociados pelo Tesouro Nacional. Também é apurada no último dia útil de junho e sofre maior exposição às oscilações das taxas de juros futuros.
  • Duração livre: não possui exigências de limites mínimos ou máximos para sua duração.

Em relação ao risco de crédito, é analisada a possibilidade de quem emite o título não pagar o compromisso. Por isso, os fundos de investimento em renda fixa ainda podem ser classificados como:

  • Soberano: fundos 100% compostos por títulos públicos federais, considerados os mais seguros do mercado.
  • Grau de investimento: fundos compostos por, no mínimo, 80% de títulos públicos federais ou títulos com o mesmo grau de risco.
  • Crédito livre: fundos de investimento em renda fixa que possuem mais de 20% de sua quantia em ativos de médio e alto risco.

Investimento Exterior

Formado pelo conjunto de investimentos em títulos de renda fixa no exterior. Pode ser classificado de duas maneiras. São elas:

  • Investimento no exterior: mais de 40% do patrimônio está em ativos financeiros em outros países.
  • Dívida externa: pelo menos 80% da quantia representa títulos da dívida externa.

Como investir em fundos de renda fixa

Sugestões:

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Para fazer um investimento em renda fixa, basta seguir os seguintes passos:

1. Procure uma corretora de valores

Ela precisa ser de sua confiança! A Easynvest é uma excelente opção e você pode fazer seu cadastro e abrir uma conta pela internet.

2. Abra sua conta e transfira a quantia que deseja investir

Antes, pesquise bastante as opções de fundos de investimento em renda fixa que a Easynvest oferece.

3. Escolha seu investimento

Saiba também que os fundos de investimento em renda fixa são tributados pelo Imposto de Renda. A tributação ocorre da seguinte maneira:

  • De 0 a 180 dias: 22,5% de IR
  • De 181 a 360 dias: 20% de IR
  • De 361 a 720 dias: 17,5% de IR
  • De 721 dias em diante: 15% de IR

Já a incidência de IOF é regressiva somente nos primeiros trinta dias de aplicação.

 

Agora que você conhece os fundos de investimento em renda fixa, basta escolher os seus e se preparar para desfrutar de vantagens como liquidez diária, praticidade e gestão profissional — pois cada fundo é administrado por um gestor qualificado para tal.

 

Buscando investir em renda fixa, mas não tem a quantia para investir em CDBs ou Letras de Câmbio? Os investimento em renda fixa são uma excelente opção! Abra já sua conta na Easynvest e faça seu dinheiro render!

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terça-feira, 5 de maio de 2020

EWZ: entenda o objetivo deste ETF e qual é a sua importância

Você já ouviu falar em EWZ? Também conhecido como Ibovespa dolarizado, é o maior Exchange Traded Fund (ETF) do Brasil e ganha cada vez mais destaque no mercado financeiro. O EWZ permite investir em ações brasileiras negociadas fora do país, especificamente nos Estados Unidos. Porém, ao contrário do que pode parecer, não se trata de um investimento de risco elevado.

Neste artigo, você saberá como funciona o EWZ, por que ele é importante no cenário econômico e qual é a melhor forma de analisá-lo. Boa leitura!

O que é o EWZ?

O EWZ é um fundo de investimento que usa índices como referência. Entre os ETFs listados na bolsa, é uma aplicação que agrega diferentes tipos de ativos para obter lucros com a compra e venda de cotas.

No caso do EWZ, suas cotas são negociadas tanto na bolsa de valores quanto no mercado de balcão organizado. Ele replica um índice de ações brasileiras negociadas em Nova York, chamado iShares MSCI Brazil Capped, e tenta acompanhar o Ibovespa no Brasil.

Esse fundo, composto por 62 ações, utiliza como critérios o valor de mercado e o percentual de ações liberadas para negociação. Sua pontuação é forte em relação às ações financeiras, com peso de até 33%.

O EWZ detém ainda algumas das maiores empresas brasileiras, como Itaú, Petrobras, Vale e Bradesco. Portanto, para quem deseja investir no país, esse ETF é uma das opções que oferece mais exposição ao segmento de grandes capitalizações.

biblioteca financeira

Quando ele surgiu?

A história dos ETFs começou nos Estados Unidos, ao final da década de 80. No início, esses fundos apenas reproduziam um índice de ações de um mercado específico. Foi a partir do desenvolvimento de indústrias que os Exchange Traded Funds ganharam notoriedade.

Com o passar dos anos, começaram a replicar índices de ações de múltiplos países e múltiplas localidades. Entre os investimentos que se tornaram comuns, o ETF de renda fixa é um dos mais conhecidos. Os índices de commodities, que englobam petróleo, ouro, ferro, entre outros materiais, também expandiram com o tempo.

Antes conhecido como World Equity Benchmark Shares (WEBS), o fundo iShares MSCI, ou EWZ, teve sua origem no mercado em 1996. A partir de então, tornou-se o maior ETF do Brasil.

Por que ele é importante?

O EWZ é utilizado como uma espécie de termômetro da demanda internacional pelas ações brasileiras. Isso, junto à análise do Ibovespa, é fundamental para entender o comportamento do mercado financeiro. Por ser o maior ETF brasileiro, também representa corporações de grande peso na bolsa de valores.

Acompanhar o desempenho desse ETF quando a bolsa brasileira está fechada também permite obter indícios sobre a abertura do Ibovespa no pregão seguinte. Isso contribui para a previsão de oscilações, como o recuo em algumas ações. A liquidez do EWZ é diária e negociada da mesma forma que os papéis. Logo, ele pode ser comercializado durante todo o pregão.

Apesar de ser um índice em moeda estrangeira, os ativos são em reais, assim como o BBSD11. Dessa forma, os traders tendem a ficar de olho na alta dos índices do Ibovespa e nas oscilações do dólar.

A importância do EWZ reside também no mercado internacional. Em dias de tensão e instabilidade, ou até mesmo em feriados nacionais, é comum que as atenções sejam voltadas ao ETF nos Estados Unidos. São maneiras de predizer quais serão os movimentos dos papéis aqui no Brasil.

Por exemplo: quando a barreira da mineradora Vale rompeu em Brumadinho (MG), em 25 de janeiro de 2019, era feriado na cidade de São Paulo. Naquela data, a bolsa estava fechada e muitas pessoas ficaram de olho nos ativos brasileiros — como o EWZ — pela bolsa norte-americana.

Como é composta sua carteira?

A carteira do EWZ é composta por 98,85% de ações em seu portfólio. Veja, a seguir, a estrutura dos investimentos separada por áreas.

Principais coeficientes do setor

  • financeiro: 34,38%;
  • energia: 13,83%;
  • matéria-prima: 12,43%;
  • consumo não cíclico: 12,41%;
  • indústria: 54%;
  • consumo cíclico:7,16%;
  • serviços: 6,14%;
  • saúde: 2,57%;
  • serviços de comunicação: 2,55%.

Em média, são 62 empresas brasileiras que englobam a carteira do EWZ. Na sequência, conheça as 10 principais, suas siglas no pregão e as porcentagens no total de ativos do índice.

Empresas que fazem parte do fundo

  • Vale SA (VALE3.SA): 10,59%;
  • Itau Unibanco Holding SA Participating Preferred (ITUB4.SA): 8,73%;
  • Bank Bradesco SA Participating Preferred (BBDC4.SA): 6,46%;
  • B3 SA – Brasil Bolsa Balcao (B3SA3.SA): 5,33%;
  • Petroleo Brasileiro SA Petrobras Participating Preferred (PETR4.SA): 4,46%;
  • Ambev SA (ABEV3.SA): 4,12%;
  • Petroleo Brasileiro SA Petrobras (PETR3.SA): 3,90%;
  • Itausa Investimentos ITAU SA Participating Preferred (ITSA4.SA): 2,77%;
  • Magazine Luiza SA (MGLU3.SA): 2,49%;
  • Weg SA (WEGE3.SA): 2,48%.

O MSCI apresenta ao menos 95% de seus ativos em valores mobiliários de seu índice subjacente. É ponderado pela capitalização de mercado e ajustado por flutuação livre. O EWZ também não é diversificado e ocupa o 55º lugar em todos os fundos cobertos pela MSCI ESG Fund Ratings.

como investir na bolsa de valores

Como analisar o EWZ?

O EWZ pode ser analisado por meio de gráficos de índice, da mesma forma que o FIXA11, por exemplo. É necessário avaliar dois fatores: as variações do Ibovespa e do câmbio. Conhecendo a metodologia de formação do índice, é possível saber de que forma o EWZ opera e quais são suas vantagens.

A variação do dólar influencia o resultado desse ETF. Se a moeda disparar, o EWZ cai. No entanto, se o dólar cair e o Ibovespa andar de lado, o EWZ sobe. Observar essa dinâmica ajuda a compreender o fundo e a realizar uma análise certeira.

Os ETFs são opções interessantes aos que buscam diversificação na carteira de investimentos. Independentemente do seu perfil, conhecer o mercado de ações é uma porta de entrada para aprender a valorizar seu capital. Em vez de se restringir à poupança, aprofundar-se nos temas do mercado financeiro pode ser uma escolha mais rentável.

O EWZ é um índice destinado a estrangeiros, mas também é uma alternativa proveitosa aos brasileiros. Agora que você já sabe como ele funciona e qual sua origem, nada melhor do que contar com apoio profissional para ajudar você a investir. Baixe gratuitamente o nosso Guia de Consultoria de Investimentos e saiba como aplicar seu capital da maneira correta!

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Abril: a crise gera oportunidades?

Os mercados acionários descolaram completamente dos dados de desemprego e desempenho das economias, com o S&P500 dos EUA subindo mais de 30% da mínima em 23 de março. Foram 30 milhões de pedidos de auxílio desemprego nos EUA só nas últimas 6 semanas. 

Na teoria, os pacotes de estímulo são benéficos para as empresas, que aproveitam para reduzir juros da dívida e se capitalizar. No entanto, isto não causa necessariamente crescimento econômico. O mercado financeiro está navegando por águas nunca testadas, e justamente por isto ouro e Bitcoin tomaram a liderança de retornos no ano.

Afinal, o que querem os investidores?

Parece que adentramos no perigoso território de “quanto pior, melhor”. Os investidores passam a torcer pela piora nos dados buscando medidas de estímulo ainda maiores dos governos, além da manutenção dos juros baixos pelos Bancos Centrais. 

O PIB dos EUA retraiu 4,8%, pior ritmo desde a crise de 2008, enquanto a produção industrial do Japão cedeu 5,2% ante o ano anterior. O indicador da indústria (PMI) na Zona do Euro ficou em 13,5, muito abaixo da estimativa de mercado e 25,7. 

É importante lembrar que só no final do mês os famosos cheques de USD 1.200 do pacote de estímulo norte-americano começaram a chegar aos destinatários. Além disto, um valor adicional de USD 484 bilhões foi aprovado pelo Congresso exclusivamente para a área de saúde e empresas de porte menor.

Principais criptomoedas, ativos e bolsas mundiais – até 30/Abr

Notícias do mundo cripto:

Grayscale: Fundos de investimentos cripto da gestora Grayscale, listados na bolsa norte-americana, tiveram captação líquida de 500 milhões de Dólares no 1º trimestre de 2020

Stablecoins: Comitê de Estabilidade Financeira (FSB) do G20, grupo dos 20 países mais dominantes na economia, soltou um relatório consultivo recomendando forte regulação nas stablecoins

Seguradoras: Estado norte-americano do Wyoming passou a permitir que seguradoras façam investimentos em criptomoedas

Bitcoin (BTC): Renaissance Technologies, um dos maiores e mais bem sucedidos fundos de investimento multimercado do mundo, solicitou autorização da CME para transacionar futuros de Bitcoin

Bitcoin (BTC): Fidelity Digital Assets autorizou clientes a negociarem BTC através da exchange regulada ErisX 

Ethereum (ETH): Vitalik Buterin afirmou que inflação anual no ETH 2.0 será reduzida de 4,7 milhões de novas moedas para menos de 2 milhões

Ethereum (ETH): Tokens de Tether emitidos na rede Ethereum superam a marca de 5 bilhões

Bitcoin Cash (BCH): Atravessou seu primeiro halving no início de Abril, reduzindo a bonificação por bloco minerado para 6,25 BCH

Bitcoin Cash (BCH): Stefan Rust, que havia assumido o cargo de CEO da empresa Bitcoin.com de Roger Ver apenas 8 meses atrás, abandonou o projeto

Litecoin (LTC): Anunciou a entrada de David Tavarez no desenvolvimento da extensão MimbleWimble, que trará mais privacidade às transações

Ripple (XRP): Vendas de XRP pela empresa Ripple caem ao menor nível na história, apenas USD 1,75 milhão. Todo mês são liberados 1 bilhão de moedas para venda, mas optaram por não pressionar o preço

EOS (EOS): Empresa de auditoria Grant Thornton lançou plataforma Inter.x para registro de transações entre empresas do mesmo grupo econômico, utilizando tecnologia EOSIO

EOS (EOS): De acordo com site blocktivity, rede EOS atingiu recorde de 102 milhões de transações processadas em 24 horas

Além das Criptomoedas

Bolsas pelo mundo

Num incrível movimento de resiliência, as ações do S&P500 nos EUA encerraram o mês em alta de 12,6%. Nem mesmo o número recorde de pedidos de auxílio desemprego foi suficiente para conter o ânimo dos investidores, na expectativa de bons lucros de empresas importantes. O pacote de estímulo trilionário, além da compra de ativos pelo Federal Reserve (FED) tem dado segurança ao investidor, ao menos no curto prazo. Na Inglaterra o FTSE100 encerrou o mês com ganhos de 4%. Em geral, os investidores parecem acreditar que já deixamos o pior para trás, por isso o momento pode ser bom para investimentos de longo prazo.

O mercado trabalha com a expectativa de novas rodadas de estímulo pelos Bancos Centrais, além de melhoras nos números de casualidades do Coronavírus. Algumas cidades importantes nos EUA e Europa anunciaram reabertura parcial nas próximas semanas, enquanto dados de Produção Industrial (PMI) na China mostraram uma retomada no mês de março.

Quem se deu bem:

Wayfair (W EUA) varejista online de decoração subiu 132% após reduzir quadro de funcionários e se beneficiar da competição tradicional, que estava de portas fechadas

Randon Part PN (RAPT4) subiu 56% após reportar resultado operacional de março 3% acima do ano anterior

Minerva ON (BEEF3) subiu 54% com excelente resultado no 1º trimestre, beneficiado pelas exportações

Quem se deu mal:

Han Chang Paper (009460 Coreia) fabricante de embalagens e material de papelão cedeu 41%

Natixis (KNp França): ações do banco cederam 29,5% após cancelar pagamento de dividendos referentes a 2019

Biontech (BNTX EUA): fabricante de vacinas cedeu 20% corrigindo alta criada por expectativas frustradas dos investidores

Petróleo pode custar menos que USD 0,01?

O “impossível” aconteceu em 20 de abril, quando a cotação do petróleo futuro negociado na bolsa de valores Nymex-CME encerrou o dia cotado a 37,63 Dólares negativos. O comprador do barril recebe dinheiro pra levar o produto. Só há um detalhe: deve ser retirado em Oklahoma, nos EUA. 

Por conta da queda nos preços, a oferta de estocagem e transporte na região zerou completamente. As corretoras então foram obrigadas a liquidar forçadamente as posições de quem havia comprado e não tinha condições de receber o produto, causando um colapso total nas cotações.

Um único banco na China teve prejuízos de USD 1,27 bilhão decorrentes de investidores de varejo que haviam comprado produtos atrelados à performance do petróleo futuro. As garantias depositadas pelos clientes não foram suficientes pra cobrir a perda da Nymex-CME.

Libra do Facebook muda os planos

Em meados de Abril o projeto Libra, liderado pelo Facebook, abandonou a idéia de criar sua criptomoeda própria, lastreada numa cesta de moedas fiduciárias. Com a pressão regulatória, optaram por lançar stablecoins separadas para moedas específicas como Dólar, Euro e Libra.

Isto não é nenhuma novidade em termos de produto, pois já existem stablecoins similares, até mesmo reguladas, disponíveis no mercado. O diferencial, segundo o co-fundador David Marcus, será o combate à lavagem de dinheiro e possibilidade de aplicar sanções determinadas por governos e da própria polícia.

Definitivamente um balde de água fria no quesito inovação. Deixou claro que mesmo empresas gigantes com grande apoio ficam limitadas quando o assunto é valor fiduciário, a moeda dos governos.


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