Não tem jeito! Todas as vezes que alguma coisa importante acontece no mercado financeiro, essa palavrinha começa a nos bombardear em manchetes de jornais e sites, na TV, em análises de profissionais da área e até em posts de redes sociais. Estamos falando da volatilidade, aquele sobe e desce constante dos investimentos que afeta principalmente as ações.
Mas você sabe o que é a volatilidade? Você entende como esse elemento básico do mundo das finanças funciona?
Por medo de perder dinheiro, é natural que a tal da volatilidade assuste muitos investidores. Algumas pessoas até desistem de investir em ações com medo da montanha russa.
Se você está entre elas, não se preocupe.
Saiba que a volatilidade amedronta até mesmo os investidores mais experientes. Mas entendendo ao seu conceito e funcionamento, você pode inclusive tirar proveito da situação e usar a “vol” para ganhar dinheiro.
Neste texto, você vai saber o que é e como funciona a volatilidade. Mas também vai encontrar algumas dicas preciosas para lidar com esse sobe e desce no dia a dia.
Aproveite para deixar o seu comentário, dúvidas e sugestões no fim deste artigo.
Boa leitura!
Entenda o que significa volatilidade nos investimentos
De forma simples, a volatilidade é a variação dos preços de um ativo financeiro, como as ações de empresas por exemplo. No mundo da Renda Variável, como o próprio nome diz, os valores de cada ação variam, subindo ou caindo.
Então, a volatilidade é usada para medir a intensidade e a frequência com que acontecem as movimentações dentro de um período de tempo.
Fazendo esse acompanhamento, o investidor pode saber quando é arriscado ou não fazer um investimento.
É como uma montanha russa. Quanto mais volátil um investimento for, mais subidas e descidas o seu preço terá.
Mas fique tranquilo, pois daqui a pouco você vai entender melhor a relação entre volatilidade e risco no mundo dos investimentos.
Como calcular a volatilidade
Existem várias maneiras de calcular e sobe e desce constante nos preços. Em geral, os analistas financeiros usam fórmulas matemáticas para chegar no nível de oscilação.
Uma das maneiras mais utilizadas por quem investe na Bolsa de Valores é a partir do Desvio de Padrão.
Funciona assim: é feito um estudo da rentabilidade histórica de um ativo ao longo de um determinado período de tempo. Assim, é possível identificar os desvios que aconteceram no preço médio, além da intensidade e frequência.
A partir disso, chega-se a chamada “volatilidade absoluta”.
Além disso, você deve saber que a volatilidade de mercado costuma ser dividida em três tipos: histórica, implícita e real.
- Volatilidade histórica: é aquela constatada a partir da observação das flutuações no preço de um ativo financeiro em um determinado período de tempo.
- Volatilidade implícita: a volatilidade implícita é a projeção que o investidor faz a partir dos resultados das oscilações passadas. No entanto, lembre-se que não é garantido que a volatilidade implícita será exatamente como a histórica. Essa medida é uma possibilidade, ou seja, é o que se pode esperar para o comportamento do ativo.
- Volatilidade real: esse é um conceito útil apenas para o presente. É a variação efetivamente observada nos preços de um ativo. Analisar a volatilidade real ajuda nas projeções para o futuro.
Mas atenção: mais do que aprender a utilizar fórmulas matemáticas, o investidor precisa entender o real conceito da volatilidade e quais investimentos estão mais ou menos sujeitos a ela.
Quanto maior a volatilidade maior o risco?
Quando falamos de riscos em investimentos, significa que existe a possibilidade de algo não sair como o planejamento. Isso pode gerar possibilidades de perdas.
É por isso que a volatilidade é uma medida de risco das mais importantes.
Em geral, quanto maior a volatilidade, maior o risco envolvido naquele investimento.
Na prática, aqueles ativos que mais sobem e descem no mercado são também aqueles com maior potencial de valorização.
Por exemplo: as ações têm uma alta volatilidade, maior que a da renda fixa e quase sempre oferecem mais riscos. Contudo, esse tipo de ativo é capaz de gerar ganhos maiores.
Vale lembrar que a volatilidade também é usada para avaliar vários tipos de investimentos, como os fundos de investimento e títulos do Tesouro Direto.
No entanto, encare o estudo sobre volatilidade como a previsão do tempo. Claro que são grandes as chances do meteorologista acertar e não chover. Mas não temos como saber o que a “mãe natureza” vai decidir e o tempo pode virar a qualquer instante.
Por meio da análise do histórico de movimentação de um ativo e de outras informações ligadas a ele, você consegue fazer uma estimativa dos riscos.
Porém, assim como na previsão do tempo, você pode ganhar mais do que o esperado ou até perder dinheiro.
Mas é claro que você não precisa se arriscar se não quiser. Na hora de investir, suas escolhas dependem do quanto você tem disponibilidade para “se molhar” caso chova.
Isso é, o quanto você suporta perder algum dinheiro caso as ações que você comprou se desvalorizem.
Como encarar e suportar a volatilidade?
Warren Buffett é um dos maiores investidores do mundo, com uma fortuna estimada em 88 bilhões de dólares.
Ele diz que é comum investidores fazerem uma relação equivocada entre volatilidade e risco.
Segundo Buffett, momentos de crise como a causada pelo coronavírus afetam e muito os preços das ações. No entanto, muitas vezes essa alteração é desproporcional.
Isso significa que uma ação pode se valorizar mais do que deveria, já que a empresa não tem um valor real equivalente, ou pode ficar muito barata, gerando uma oportunidade de investimento.
É aí que os erros acontecem.
A volatilidade pode fazer o investidor impaciente vender os seus ativos quando não deveria. Um exemplo clássico disso é se apressar em se desfazer das ações quando elas estão caindo no curto prazo e não avaliar se elas têm potencial de subir em seguida.
Portanto, não deixe que o sobe e desce impacte também a sua capacidade de escolher o que é melhor para o seu bolso.
A seguir, confira algumas dicas para não cometer erros básicos na hora de avaliar a volatilidade de um ativo.
Entenda que volatilidade pode ser algo bom
Volatilidade costuma assustar a maioria das pessoas. Mas essa oscilação também pode ser boa para os seus investimentos.
Estudando a volatilidade, você pode encontrar o momento certo para vender e comprar ativos, proporcionando melhores retornos.
Os investidores que mais se beneficiam da variação dos preços são os que fazem Day Trade, aquelas operações curtas que começam e terminam no mesmo dia.
Para lucrar, eles identificam pequenas oscilações e fazem operações rápidas, que podem durar apenas alguns minutos, para aproveitar a oportunidade e ganhar dinheiro.
Gerenciamento de riscos para controlar a volatilidade
Situações de volatilidade extrema podem ser usadas para que você coloque o pé no freio e assuma uma postura mais defensiva na hora de investir.
Como já falamos ao longo deste texto, a volatilidade é uma medida de risco, ou seja, uma ferramenta para você fazer o gerenciamento de riscos das suas aplicações.
Se você compreende o conceito de volatilidade e como ela afeta seus investimentos, será capaz de avaliar mais precisamente as possibilidades de perdas e ganhos para diversificar sua carteira, mitigando os riscos e maximizando o lucro.
Diversificação é fundamental nos investimentos
Uma das maneiras de controlar a volatilidade dos seus investimentos é fazer um portfólio de ativos bem diversificado.
Para isso, como orientam os especialistas, você pode escolher ativos com pouca relação entre si.
Um exemplo disso é manter parte do seu dinheiro em ativos menos voláteis, como a renda fixa.
Controle emocional para encarar a volatilidade
Investimento é ter autocontrole.
É muito importante que você trabalhe para manter o controle das suas emoções quando se deparar com o sobe e desce do mercado.
Não entrar em pânico e vender no momento errado e não se deixar levar pela empolgação na hora de comprar seus ativos são duas práticas básicas.
E mais uma vez: a gente sabe que perder dinheiro é complicado e frustrante, mas tente manter o sangue frio e avalie o cenário para buscar oportunidades.
Conclusão
Não importa se você é um investidor iniciante ou mais experiente, entender como a volatilidade funciona pode fazer a diferença na gestão do seu dinheiro.
Afinal, você pode usá-la para administrar os níveis de risco e encontrar oportunidades de ganhos em momentos específicos.
Talvez você não goste de ver os seus investimentos subindo e descendo, mas o maior importante é manter a calma e focar no longo prazo.
A dica é: entenda o seu perfil, saiba o quanto de volatilidade e risco está disposto a encarar e vá em busca da sua estratégia de investimento.
E se estiver na dúvida, na Easynvest você encontra diversas opções para cuidar bem do seu dinheiro, incluindo carteiras recomendadas de ações.
As carteiras recomendadas são indicações de investimentos preparadas por nossa área de análise, composta por especialistas com vasta experiência no mercado financeiro.
Quer saber mais?
Então clique aqui agora e confira todos os detalhes.
O post O que é volatilidade nos investimentos apareceu primeiro em Blog Easynvest.