sexta-feira, 12 de junho de 2020

O que é volatilidade nos investimentos

O que é volatilidade nos investimentos

Não tem jeito! Todas as vezes que alguma coisa importante acontece no mercado financeiro, essa palavrinha começa a nos bombardear em manchetes de jornais e sites, na TV, em análises de profissionais da área e até em posts de redes sociais. Estamos falando da volatilidade, aquele sobe e desce constante dos investimentos que afeta principalmente as ações.

Mas você sabe o que é a volatilidade? Você entende como esse elemento básico do mundo das finanças funciona?

Por medo de perder dinheiro, é natural que a tal da volatilidade assuste muitos investidores. Algumas pessoas até desistem de investir em ações com medo da montanha russa.

Se você está entre elas, não se preocupe.

Saiba que a volatilidade amedronta até mesmo os investidores mais experientes. Mas entendendo ao seu conceito e funcionamento, você pode inclusive tirar proveito da situação e usar a “vol” para ganhar dinheiro.

Neste texto, você vai saber o que é e como funciona a volatilidade. Mas também vai encontrar algumas dicas preciosas para lidar com esse sobe e desce no dia a dia.

Aproveite para deixar o seu comentário, dúvidas e sugestões no fim deste artigo.

Boa leitura!

Entenda o que significa volatilidade nos investimentos

De forma simples, a volatilidade é a variação dos preços de um ativo financeiro, como as ações de empresas por exemplo. No mundo da Renda Variável, como o próprio nome diz, os valores de cada ação variam, subindo ou caindo.

Então, a volatilidade é usada para medir a intensidade e a frequência com que acontecem as movimentações dentro de um período de tempo.

Fazendo esse acompanhamento, o investidor pode saber quando é arriscado ou não fazer um investimento.

É como uma montanha russa. Quanto mais volátil um investimento for, mais subidas e descidas o seu preço terá.

Mas fique tranquilo, pois daqui a pouco você vai entender melhor a relação entre volatilidade e risco no mundo dos investimentos.

Como calcular a volatilidade

Existem várias maneiras de calcular e sobe e desce constante nos preços. Em geral, os analistas financeiros usam fórmulas matemáticas para chegar no nível de oscilação.

Uma das maneiras mais utilizadas por quem investe na Bolsa de Valores é a partir do Desvio de Padrão.

Funciona assim: é feito um estudo da rentabilidade histórica de um ativo ao longo de um determinado período de tempo. Assim, é possível identificar os desvios que aconteceram no preço médio, além da intensidade e frequência.

A partir disso, chega-se a chamada “volatilidade absoluta”.

Além disso, você deve saber que a volatilidade de mercado costuma ser dividida em três tipos: histórica, implícita e real.

  • Volatilidade histórica: é aquela constatada a partir da observação das flutuações no preço de um ativo financeiro em um determinado período de tempo.
  • Volatilidade implícita: a volatilidade implícita é a projeção que o investidor faz a partir dos resultados das oscilações passadas. No entanto, lembre-se que não é garantido que a volatilidade implícita será exatamente como a histórica. Essa medida é uma possibilidade, ou seja, é o que se pode esperar para o comportamento do ativo.
  • Volatilidade real: esse é um conceito útil apenas para o presente. É a variação efetivamente observada nos preços de um ativo. Analisar a volatilidade real ajuda nas projeções para o futuro.

Mas atenção: mais do que aprender a utilizar fórmulas matemáticas, o investidor precisa entender o real conceito da volatilidade e quais investimentos estão mais ou menos sujeitos a ela.

Quanto maior a volatilidade maior o risco?

Quando falamos de riscos em investimentos, significa que existe a possibilidade de algo não sair como o planejamento. Isso pode gerar possibilidades de perdas.

É por isso que a volatilidade é uma medida de risco das mais importantes.

Em geral, quanto maior a volatilidade, maior o risco envolvido naquele investimento.

Na prática, aqueles ativos que mais sobem e descem no mercado são também aqueles com maior potencial de valorização.

Por exemplo: as ações têm uma alta volatilidade, maior que a da renda fixa e quase sempre oferecem mais riscos. Contudo, esse tipo de ativo é capaz de gerar ganhos maiores.

Vale lembrar que a volatilidade também é usada para avaliar vários tipos de investimentos, como os fundos de investimento e títulos do Tesouro Direto.

No entanto, encare o estudo sobre volatilidade como a previsão do tempo. Claro que são grandes as chances do meteorologista acertar e não chover. Mas não temos como saber o que a “mãe natureza” vai decidir e o tempo pode virar a qualquer instante.

Por meio da análise do histórico de movimentação de um ativo e de outras informações ligadas a ele, você consegue fazer uma estimativa dos riscos.

Porém, assim como na previsão do tempo, você pode ganhar mais do que o esperado ou até perder dinheiro.

Mas é claro que você não precisa se arriscar se não quiser. Na hora de investir, suas escolhas dependem do quanto você tem disponibilidade para “se molhar” caso chova.

Isso é, o quanto você suporta perder algum dinheiro caso as ações que você comprou se desvalorizem.

Como encarar e suportar a volatilidade?

Warren Buffett é um dos maiores investidores do mundo, com uma fortuna estimada em 88 bilhões de dólares.

Ele diz que é comum investidores fazerem uma relação equivocada entre volatilidade e risco.

Segundo Buffett, momentos de crise como a causada pelo coronavírus afetam e muito os preços das ações. No entanto, muitas vezes essa alteração é desproporcional.

Isso significa que uma ação pode se valorizar mais do que deveria, já que a empresa não tem um valor real equivalente, ou pode ficar muito barata, gerando uma oportunidade de investimento.

É aí que os erros acontecem.

A volatilidade pode fazer o investidor impaciente vender os seus ativos quando não deveria. Um exemplo clássico disso é se apressar em se desfazer das ações quando elas estão caindo no curto prazo e não avaliar se elas têm potencial de subir em seguida.

Portanto, não deixe que o sobe e desce impacte também a sua capacidade de escolher o que é melhor para o seu bolso.

A seguir, confira algumas dicas para não cometer erros básicos na hora de avaliar a volatilidade de um ativo.

Entenda que volatilidade pode ser algo bom

Volatilidade costuma assustar a maioria das pessoas. Mas essa oscilação também pode ser boa para os seus investimentos.

Estudando a volatilidade, você pode encontrar o momento certo para vender e comprar ativos, proporcionando melhores retornos.

Os investidores que mais se beneficiam da variação dos preços são os que fazem Day Trade, aquelas operações curtas que começam e terminam no mesmo dia.

Para lucrar, eles identificam pequenas oscilações e fazem operações rápidas, que podem durar apenas alguns minutos, para aproveitar a oportunidade e ganhar dinheiro.

Gerenciamento de riscos para controlar a volatilidade

Situações de volatilidade extrema podem ser usadas para que você coloque o pé no freio e assuma uma postura mais defensiva na hora de investir.

Como já falamos ao longo deste texto, a volatilidade é uma medida de risco, ou seja, uma ferramenta para você fazer o gerenciamento de riscos das suas aplicações.

Se você compreende o conceito de volatilidade e como ela afeta seus investimentos, será capaz de avaliar mais precisamente as possibilidades de perdas e ganhos para diversificar sua carteira, mitigando os riscos e maximizando o lucro.

Diversificação é fundamental nos investimentos

Uma das maneiras de controlar a volatilidade dos seus investimentos é fazer um portfólio de ativos bem diversificado.

Para isso, como orientam os especialistas, você pode escolher ativos com pouca relação entre si.

Um exemplo disso é manter parte do seu dinheiro em ativos menos voláteis, como a renda fixa.

Controle emocional para encarar a volatilidade

Investimento é ter autocontrole.

É muito importante que você trabalhe para manter o controle das suas emoções quando se deparar com o sobe e desce do mercado.

Não entrar em pânico e vender no momento errado e não se deixar levar pela empolgação na hora de comprar seus ativos são duas práticas básicas.

E mais uma vez: a gente sabe que perder dinheiro é complicado e frustrante, mas tente manter o sangue frio e avalie o cenário para buscar oportunidades.

Conclusão

Não importa se você é um investidor iniciante ou mais experiente, entender como a volatilidade funciona pode fazer a diferença na gestão do seu dinheiro.

Afinal, você pode usá-la para administrar os níveis de risco e encontrar oportunidades de ganhos em momentos específicos.

Talvez você não goste de ver os seus investimentos subindo e descendo, mas o maior importante é manter a calma e focar no longo prazo. 

A dica é: entenda o seu perfil, saiba o quanto de volatilidade e risco está disposto a encarar e vá em busca da sua estratégia de investimento.

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