Assim como cuidamos da saúde física e mental, precisamos também zelar pela nossa saúde financeira. Isso vai nos permitir passar de forma mais tranquila pelos imprevistos inevitáveis que surgem, bem como alcançar nossos objetivos e ter uma aposentadoria digna. Mas tudo isso depende de fazermos investimentos seguros.
Neste artigo, vamos entender melhor por que ter uma reserva de emergência e quais são as opções de investimentos seguros para isso. Acompanhe!
Qual é a importância da reserva de emergência?
Por mais que você planeje bem a sua vida, todos estamos sujeitos a imprevistos. Pode ser uma questão de saúde, como um tratamento que requer medicamentos caros, uma emergência familiar ou até mesmo algo positivo, como uma viagem inesperada.
Para lidar com essas situações de maneira equilibrada, é preciso ter algum dinheiro guardado. É isso que chamamos de reserva de emergência, e ela deve ser o primeiro objetivo de quem está começando a investir. Não existe um valor exato para essa reserva, mas os livros sobre investimentos recomendam algo entre três e seis vezes o valor da renda mensal.
Assim, se sua renda mensal é de R$ 5 mil, a reserva de emergência deve ficar entre R$ 15 mil e R$ 30 mil. Agora, como decidir se são três ou seis meses? Leve em consideração as suas condições de vida.
Se você não tem grandes compromissos financeiros, três meses são suficientes. Por outro lado, se tem dependentes e financiamentos, por exemplo, o valor da reserva deve ser maior.
Da mesma forma, um funcionário público que tenha estabilidade no emprego e dificilmente vai ficar sem renda pode ter uma reserva menor. Já um trabalhador autônomo, que não tem as proteções previstas na legislação trabalhista, precisa ser mais precavido.
O importante é analisar o seu caso e avaliar se a sua reserva de emergência deve ficar mais perto dos três meses de renda ou dos seis.
Critérios para a escolha dos investimentos
O dinheiro da reserva de emergência deve ser aplicado em investimentos seguros e que possam ser resgatados a qualquer momento, ou seja, com liquidez diária. Esses são, basicamente, os dois critérios que devem ser observados na hora de escolher as aplicações para esse fim.
Isso quer dizer que, aqui, não estamos em busca de alta rentabilidade, mas de segurança: o dinheiro precisa estar disponível quando precisar dele. Além disso, não deve apresentar grandes oscilações, para que você saiba que pode contar com aquele valor.
Quais são as opções de investimentos seguros?
Agora vamos ver algumas das aplicações que podem compor a parcela da carteira de investimento destinada à reserva de emergência. Inclusive, essas opções são adequadas não só para essa finalidade, mas também para quem tem um perfil conservador, ou seja, com grande aversão a risco. Confira!
Tesouro Direto
O Tesouro Direto é o programa que permite que qualquer pessoa compre títulos públicos federais. Eles são de baixo risco justamente porque, ao aplicar nessa modalidade, a pessoa está emprestando dinheiro para o governo. As chances de a União não pagar e dar o calote em quem investiu é baixíssima, porque isso traria consequências muito graves para o país.
Além disso, eles têm liquidez diária. Assim, se precisar do dinheiro, você pode vender o título a qualquer momento e o Tesouro garante a recompra.
Existem três tipos de títulos públicos:
- Tesouro Selic: é um título pós-fixado, indexado à Selic, ou seja, seu rendimento acompanha a taxa básica de juros do país;
- Tesouro Prefixado: aqui o aportador sabe, no momento da compra, exatamente quanto vai receber se ficar com o título até o vencimento;
- Tesouro IPCA+: é um título híbrido, que tem uma parte prefixada e outra pós-fixada, que acompanha a variação do IPCA. É ideal para proteger seu dinheiro dos efeitos da inflação.
Para a reserva de emergência, o título mais indicado é o Tesouro Selic, porque ele sofre menos variações do que os outros dois.
Inclusive, desde julho de 2020, a B3 e o Tesouro zeraram a taxa de custódia do Tesouro Selic, que era de 0,25%. A medida vale para quem tem até R$ 10 mil aplicados nesse título e tem como objetivo melhorar a rentabilidade da aplicação.
CDBs com liquidez diária
Além do Tesouro Direto, os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) também podem ser uma boa opção para a reserva de emergência. Neste caso, em vez de emprestar dinheiro para o governo, você vai emprestar para o banco emissor do título. Por isso, quanto mais sólido o banco, menor o risco.
Assim, CDBs de grandes bancos são considerados de baixo risco. O outro lado da moeda é que eles também costumam pagar uma rentabilidade mais baixa do que a dos bancos menores.
Agora, é importante dizer que não é qualquer CDB que serve para a reserva de emergência. O ideal para essa finalidade é um CDB pós-fixado, indexado ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), com liquidez diária.
O CDI é uma taxa de juros muito próxima da Selic, que os bancos praticam entre si em empréstimos de curtíssimo prazo. Na prática, um CDB desse tipo que pague 100% do CDI tem uma rentabilidade similar à do Tesouro Selic.
Fundos DI
Por fim, os fundos de investimento do tipo DI também são uma ótima opção para a reserva de emergência. Eles permitem o resgate do dinheiro a qualquer momento e sua rentabilidade acompanha o CDI.
O mais importante é observar a taxa de administração que é cobrada. Taxas muito altas corroem a rentabilidade, o que se torna ainda mais importante em épocas de Selic em mínima histórica. Já existem no mercado algumas opções de fundos DI com taxa zero, que podem ser uma opção interessante.
O primeiro passo para investir é abrir conta em uma corretora que tenha credibilidade no mercado. Também é importante contar com uma assessoria, e a Magnetis pode dar a ajuda de que você precisa nesse sentido. Agora que vimos alguns investimentos seguros, que tal se aprofundar no assunto? Confira nosso webinar sobre reserva de emergência!
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