sexta-feira, 30 de outubro de 2020

O que a nova máxima do Bitcoin nos diz sobre o futuro?

Máxima histórica do Bitcoin no Brasil

Essa semana o Bitcoin atingiu nova máxima histórica na cotação em Reais, quando ultrapassou a marca dos R$ 70.000, 34 meses após o pico no final de 2017.

Nada disto ocorreu do dia pra noite, ou sem ter enfrentado longos e acentuados períodos de queda. Criptomoedas são ativos com alta volatilidade, ou seja, grande variação de preços.

No entanto, para investidores de longo prazo, o Bitcoin é um ativo com excelentes perspectivas, por conta de sua escassez, além do histórico de mais de 10 anos ininterruptos.

Embora não tenha superado os tão sonhados US$ 20 mil, a moeda brasileira se desvalorizou, ajudando a impulsionar a cotação em Reais. Mas afinal, isto é sorte ou parte da ideia por trás da criptomoeda?

Para responder a esta questão, é necessário analisar os pilares do Bitcoin, que tornam esta moeda tão valorizada:

  • Previsibilidade: é possível calcular o estoque circulante a qualquer momento, sabendo que o limite máximo é de 21 milhões;
  • Escassez: a taxa de novos Bitcoins emitidos cai a cada 4 anos, no processo conhecido como halving;
  • Independência: nenhum grupo tem controle para decidir alterações nas regras, ou mesmo para bloquear endereços ou transações;
  • Fungível: além de poder ser fracionado em quantidades mínimas, abaixo de 1 centavo de Real, pode ser enviado em 20 minutos para qualquer parte do mundo, sem perda de valor;
  • Flexível: por ser um software, recebe melhorias (upgrades), além de ser simples corrigir eventuais falhas.

Quando comparamos ao Dólar ou Euro, moedas estabelecidas, podemos perceber que a escassez talvez não seja a maior questão. Ao menos nos últimos 10 anos, a injeção de capital nessas regiões era previsível, abaixo de 4% ao ano.

No entanto, isto mudou após a reação dos Bancos Centrais à pandemia. Os governos agora buscam inflação, ou seja, injetam estímulos na economia a qualquer custo. Isto torna o Bitcoin desejado, justamente para se proteger da desvalorização do Dólar e Euro.

E quanto ao Brasil, qual o motivo da alta?

Quando pensamos em países com moedas mais fracas, como Brasil, Argentina, Líbano e Turquia, a situação é diferente, pois é quase imprevisível o tamanho de seus déficits.

A forma mais simples de um governo resolver um desequilíbrio fiscal, ou seja, quando gasta mais do que arrecada, é colocar mais dinheiro em circulação. Isto pode ocorrer de várias formas. É possível permitir que bancos emprestem mais dinheiro, ou recomprar títulos da dívida.

Quando isto acontece, a paridade contra moedas mais fortes é ajustada, desvalorizando a moeda local. Nesse sentido, o Brasil foi o país com a pior performance nos últimos 12 meses.

Por mais que os brasileiros sigam aportando recursos em ativos dolarizados, como ações de empresas estrangeiras, ouro, ou títulos de dívida em moeda forte, o Bitcoin se valoriza na moeda local. Ou seja, para o cidadão desses países com moeda fraca, a criptomoeda atua como um salvaguardas.

A alta deve continuar?

Primeiramente, devemos lembrar que é normal alguns meses de lateralização após fortes altas. Afinal, o rally foi de 40% em Dólar em pouco mais de três meses.

De qualquer modo, quando analisamos a capitalização total de mercado do Bitcoin, de atuais US$ 240 bilhões, percebemos seu potencial. O ouro, por exemplo, possui um valor de mercado total de US$ 10 trilhões.

Os recentes anúncios de três empresas listadas em bolsa de valores adicionando Bitcoin em seus balanços definitivamente mudou o cenário para positivo. Estão incluídas nesta lista MicroStrategy, Square, e mais recentemente, Stone Ridge. 

Isso sem contar os US$ 7 bilhões administrados pela gestora norte-americana Grayscale em nome de clientes institucionais. Para completar o cenário benigno, tivemos a gigante de pagamentos Paypal anunciando a entrada na intermediação de criptomoedas.

Se depender do fluxo de notícias, e do descontrole dos Bancos Centrais na administração da crise, o Bitcoin ainda tem muito espaço para subir.

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