Provavelmente, a recomendação com a que você mais se depara quando o assunto são investimentos é a de sair da poupança. A verdade é que, em um cenário de queda nas taxas de juros como o que vivemos, é fácil entender as razões para essa tendência.
Já faz algum tempo que a poupança oferece rendimentos pouco atrativos, sendo superada nesse quesito por diversas opções em renda fixa. Se perguntarmos para aqueles que ainda mantêm esse tipo de investimento, talvez a justificativa para isso esteja relacionada a características como praticidade e segurança.
Mas será que elas são realmente suficientes para fazer esse investimento valer a pena? Continue lendo este post para conhecer 4 motivos para você finalmente sair da poupança!
1. Perda de dinheiro para a inflação
Umas das principais razões para investirmos o nosso dinheiro é a preservação do seu poder de compra para o momento em que formos utilizá-lo. Para que isso de fato aconteça, é fundamental que os rendimentos obtidos sejam superiores à inflação registrada durante o período da aplicação.
Como você deve saber, a inflação é a principal responsável por desvalorizar uma moeda e aumentar gradualmente o valor dos produtos que consumimos. Dessa forma, quanto mais ela sobe, mais os investimentos precisam render para que ofereçam um ganho real aos que investem.
O principal índice de referência para o rendimento da poupança é a taxa Selic, que está atualmente em 2% ao ano. Nesse cenário, o rendimento médio da poupança nos últimos anos tem sido de 1,4% ao ano. Ou seja, a cada R$ 1000 aplicados o titular teria um rendimento de cerca de R$ 14 durante o período.
Na nossa economia, a inflação é medida por meio do indicador IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). De acordo com o relatório emitido pelo Banco Central no último mês de setembro, estima-se que 2020 registrará uma inflação de 1,78%. Isso é mais que o rendimento da poupança que vimos, o que significa que o dinheiro aplicado na poupança vai perder poder de compra.
Vale lembrar que, devido a diversos fatores, entre eles a pandemia de coronavírus, a inflação prevista para o ano é uma das menores já registradas. Por isso, fica claro que a poupança não é uma boa opção para quem pretende formar patrimônio e fazer o seu dinheiro render de verdade.
2. Rendimento apenas uma vez ao mês
Apesar de ser uma alternativa de investimento prática, por estar geralmente associada a uma conta-corrente, a poupança segue um modelo de rendimentos pouco flexível. O titular só recebe o retorno pelos valores investidos uma vez ao mês, utilizando como referência a data em que foi feita a aplicação.
Funciona assim: se os recursos forem transferidos para a poupança no dia 10, por exemplo, os rendimentos cairão apenas no mesmo dia do mês seguinte. Caso seja necessário retirar esses valores antes desse período, simplesmente não haverá rendimento algum. Esse conceito, que ficou conhecido como aniversário da poupança, fez com que muitas pessoas precisassem ficar atentas ao calendário na hora de planejar seus investimentos.
No entanto, hoje existem várias opções de investimento que oferecem rendimento diário. Conforme a taxa de rentabilidade definida, essas alternativas permitem que os ganhos sejam visualizados dia após dia na conta de cada pessoa.
Assim, não haverá perda dos rendimentos seja qual for o momento em que o resgate dos recursos for realizada. Sem contar que a possibilidade de ver o seu dinheiro aumentar a cada dia é muito mais recompensadora, não é mesmo?
3. Ampla variedade de investimentos com liquidez diária
Outra característica que costuma ser apontada como vantajosa por quem ainda investe na poupança é sua liquidez diária. Isso garante que os recursos possam ser resgatados a qualquer momento que o titular precisar.
A liquidez diária, contudo, pode ser encontrada também em outras opções de investimento que são mais interessantes atualmente. Títulos do Tesouro Direto, CDBs e fundos de investimento são exemplos de alternativas que oferecem a mesma possibilidade aos que investem.
De forma geral, a liquidez diária é uma característica importante para aquelas pessoas que pensam em utilizar seus recursos investidos como uma reserva de emergência. Esse é um cuidado muito importante para se estar sempre preparado para lidar com quaisquer imprevistos sem risco de comprometer a saúde financeira.
Cabe ainda destacar que o resgate dos recursos em diferentes opções de investimento costuma ser tão simples quanto na poupança. Basta acessar o sistema da sua corretora de valores, seja por computador ou smartphone, para fazer a solicitação e ter os valores disponíveis rapidamente.
4. Opções mais seguras
É inegável que a poupança viveu dias de instabilidade no início dos anos 90, sobretudo em função do congelamento de saques então determinado pelo governo. Mesmo assim, a modalidade voltou a ser vista pelas pessoas como um destino seguro para suas economias, entendimento que permanece até hoje.
Mas mesmo que sua maior preocupação seja com a segurança do seu patrimônio, é sim possível sair da poupança sem abrir mão desse atributo. Especialmente dentro do mercado de investimentos de renda fixa, é possível encontrar opções de ativos que contam com baixo risco e rentabilidade mais interessante.
Os títulos públicos, por exemplo, são emitidos pelo governo federal e contam com a solidez do Tesouro Nacional. Essa é uma das maiores garantias que um investimento pode ter, o que coloca o Tesouro Direto como uma das opções mais seguras atualmente.
Já investimentos em CDBs, Letras de Crédito e até na própria poupança contam com a cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). A iniciativa ressarce até R$ 250 mil por CPF caso a instituição financeira que emite os papéis quebre — o que é bem difícil de acontecer.
Considerando que essas opções garantem a mesma segurança enquanto oferecem melhores rendimentos do que a poupança, podemos dizer que são mais seguras para se investir. Afinal, os riscos permanecerão baixos e o dinheiro se manterá valorizado e com mais poder de compra.
Os resultados podem ser ainda melhores se a estratégia ao sair da poupança for montar uma carteira de investimentos diversificada conforme seu próprio perfil.
Aproveite e veja a importância de constituir uma reserva de emergência e descubra como os investimentos podem ajudar nesse importante passo!
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