quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Entenda as diferenças entre criptomoedas e ações

Bolsa de valores e criptomoedas

Existem diversas semelhanças e diferenças entre o mercado tradicional e o de criptomoedas. Por isso, antes de começar a investir em um desses mercados, é preciso entender um pouco mais sobre cada um!

Explicaremos o que há em comum entre a bolsa de valores e as criptomoedas e as diferenças entre estes dois mercados. Siga a leitura!

Horário de funcionamento

Uma das principais diferenças entre a bolsa de valores e o mercado de criptomoedas é o horário de funcionamento.

Podemos dizer que o mercado de criptomoedas nunca dorme, isso porque ele funciona sete dias por semana, 24 horas por dia, no mundo inteiro. Logo, o investidor tem a liberdade de optar pelo melhor horário para fazer suas negociações. 

Na bolsa de valores, isso funciona de maneira diferente. O mercado tem um horário de abertura e de fechamento do pregão, e opera apenas de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h. 

Volatilidade

A volatilidade das criptomoedas é um dos fatores que preocupa os investidores que desejam iniciar neste mercado. 

No entanto, quem pensa que os preços das ações não sofrem com a volatilidade está enganado. As ações também estão sujeitas a mudanças de preços.

Mas não se preocupe, a oscilação não deve ser vista como algo negativo, visto que desta maneira os traders podem obter lucro de forma mais rápida.

De todo modo, lembre-se, caso esteja iniciando no mercado financeiro, comece investindo pouco.

Valores para iniciar no mercado

Quem vê o preço da unidade do Bitcoin fica assustado, mas calma, é possível comprar frações da criptomoeda.

Tanto no mercado tradicional quanto no de criptomoedas, você pode começar com menos de cem reais. No entanto, na bolsa de valores, as ações são negociadas em lotes, logo, você pode optar por comprar um lote integral ou fracionado.

Na BitcoinTrade, é possível iniciar com apenas R$25,00. Essa é uma boa opção para quem quer aprender sobre este meio.

Paciência

Paciência é a palavra chave caso esteja interessado em começar a investir. 

A frase “não existe dinheiro fácil”, é a mais pura verdade. Você deve ter calma e esperar o momento certo tanto para comprar quanto para vender suas ações ou criptomoedas.

Nunca deixe que as emoções influenciem nas suas atitudes, logo, se houver uma queda no mercado não de desespere. Espere o timing certo para atingir um resultado satisfatório. Tomando as decisões com calma, dificilmente se arrependerá depois. 

Perfil de investidor

Existem diferentes perfis de investidores. Cada tipo depende de alguns fatores como, por exemplo, a tolerância aos riscos e o tempo que se deseja investir. Por conta disso, antes de fazer qualquer aplicação, o ideal é identificar qual é o seu perfil de investidor: conservador, moderado ou agressivo. 

Segurança

A tecnologia que garante a segurança das criptomoedas é a blockchain, uma cadeia de blocos que funciona como um “banco de dados”. Nela ficam registrados para sempre todos os dados e informações de um determinado processo.

Já as bolsas de valores, apesar de serem seguras, já sofreram ataques de hackers. Em 2011, o grupo hacker Anonymous invadiu o site da Bolsa de Valores de Nova York, deixando-o lento por alguns minutos.

Descentralização

Ao contrário das bolsas de valores que dependem de regulamentações feitas pelo estado e necessitam de órgãos regulamentadores como o Bacen para funcionar, as criptomoedas possuem um sistema descentralizado, ou seja, não dependem de governo nem instituições.

Riscos

Em ambos os mercados o investidor está sujeito a riscos. Porém, para minimizar a chance de perder dinheiro, é necessário estudar sobre o mercado, saber analisar gráficos,  começar investindo aos pouco, e ter paciência. 


Gostou desse conteúdo? Assine nossa newsletter para aprender mais sobre o mercado de investimentos!

O post Entenda as diferenças entre criptomoedas e ações apareceu primeiro em Blog da BitcoinTrade.



PGBL ou VGBL: tudo que você precisa saber sobre as modalidades de previdência

“Não dá para contar apenas com os recursos do governo para ter uma aposentadoria confortável”. Se você se identifica com essa ideia, é provável que já tenha pensado em investir em previdência privada. Mas, afinal, quais são as maiores diferenças entre PGBL e VGBL?

Veja mais: Sabia que você também pode investir em previdência privada com a Magnetis? Monte grátis o seu plano!

Sabemos que não é uma tarefa fácil escolher entre os diversos produtos de previdência que existem no mercado. São muitos detalhes para considerar na hora de decidir qual é o melhor investimento para a aposentadoria. Planejar o futuro é importante, mas requer bastante atenção e estudo para fazer a melhor escolha.

As dúvidas mais comuns sobre previdência privada são a respeito do Imposto de Renda (IR) cobrado sobre essas aplicações e os benefícios tributários. Estamos falando dos 12% de dedução no PGBL e das tabelas Progressiva e Regressiva do IR. 

Se na teoria já é confuso, imagina na prática! É por isso que estamos aqui: para resolver essa questão. Além disso, também fizemos um estudo para mostrar qual é a diferença entre PGBL e VGBL. Com essas informações, será mais fácil escolher o plano de previdência privada de acordo com seus objetivos financeiros.

Primeiramente, vamos recapitular alguns conceitos antes de começar e entender por que é importante ter uma previdência privada. Continue a leitura e tire suas dúvidas!

Por que é importante ter uma previdência privada?

A previdência privada é uma alternativa interessante ao INSS, porque funciona como um investimento de longo prazo. Ela ajuda a ampliar os rendimentos e a garantir um futuro mais confortável. 

Após as mudanças da Reforma da Previdência, aplicar na previdência privada tornou-se uma opção mais vantajosa aos brasileiros. Além de ser mais uma possibilidade de diversificar a carteira de investimentos, o procedimento de contratação é bem simples.

Além disso, os fundos de previdência privada oferecem altas taxas de rentabilidade no mercado. Você pode contribuir com qualquer valor e decidir como será o saque no futuro, sem nenhum impedimento.

Em primeiro lugar, o ideal é descobrir qual é o seu perfil: agressivo, moderado ou conservador? Depois, basta separar uma quantia de dinheiro adequada para começar. A previdência privada pode ser útil para diferentes propósitos, seja para fazer uma viagem, garantir a aposentadoria, adquirir um imóvel, entre outras opções.

Inclusive, ela não precisa ser voltada exclusivamente para a aposentadoria, isto é, você pode utilizá-la até mesmo como reserva de emergência.

A principal diferença entre a previdência privada e o INSS, por exemplo, é que na primeira opção você pode sacar o dinheiro quando quiser. Isso pode incluir perdas, mas tudo o que você depositar será seu – com o acréscimo de juros.

No entanto, na previdência social existem várias regras e porcentagens predefinidas pelo governo, então, você só consegue obter os benefícios após vários anos de contribuição. A aposentadoria social é oferecida, em primeiro lugar, para quem trabalha sob o regime CLT. Logo, quem exerce sua profissão como Pessoa Jurídica, por exemplo, deve buscar a contribuição individual por outras vias.

Em virtude disso, a previdência privada pode ser um caminho mais rentável para planejar a aposentadoria. Futuramente, as preocupações com as finanças serão menores, já que você poderá receber um valor mais gratificante.

Outra vantagem da previdência privada é que não existe idade mínima para começar a investir. Também não é preciso comprovar renda, ou seja, qualquer pessoa pode dar entrada em um plano PGBL ou VGBL.

Nessa modalidade de investimento, quanto antes você começar a depositar, maior será a rentabilidade no futuro. O resgate do valor estará disponível a qualquer momento, caso você tenha necessidade de retirar o dinheiro para algum propósito específico. Então, mesmo que as vantagens a longo prazo sejam maiores, o fundo oferece uma liquidez razoável.

Todavia, é preciso escolher um plano para investir: o PGBL ou o VGBL. A seguir, veja as principais características de cada um e qual é o modelo mais indicado para você.

O que é PGBL?

PGBL é a sigla para Plano Gerador de Benefício Livre. Trata-se de um plano de previdência cujo principal benefício é a possibilidade de dedução do Imposto de Renda. Assim, quem investe em PGBL e faz a declaração completa do IR pode deduzir até 12% da renda tributável com esse investimento.

Outra característica importante do PGBL é a forma como o imposto incide sobre a aplicação: o IR é aplicado sobre o valor total do investimento (capital + rendimentos). Esse imposto é retido na fonte no momento do saque.

Tanto o PGBL quanto o VGBL podem ser compostos por aplicações de renda fixa ou de renda variável.

Os planos são personalizados e montados de acordo com seu perfil e as melhores condições tributárias para você. O saque do dinheiro pode ser feito de uma única vez ou o investimento pode ser transformado em renda mensal no futuro.

O que é VGBL?

VGBL é a sigla para Vida Gerador de Benefício Livre. É atualmente o tipo de plano mais vendido no mercado de previdência no Brasil.

Um dos principais diferenciais do VGBL é a forma como os recursos são tributados: os impostos incidem apenas sobre o lucro do investimento. Outra vantagem interessante é que o VGBL não entra em inventário e não está sujeito ao imposto sobre herança (o chamado ITCMD).

Assim, ele funciona de forma semelhante a um seguro de vida: a pessoa escolhe seus beneficiários no momento da contratação do plano.

Quais são as principais diferenças entre PGBL e VGBL?

Agora que você já sabe o que é PGBL e VGBL, é importante conhecer as principais diferenças entre essas modalidades. O modelo de tributação é o principal ponto a ser destacado, já que os valores mudam de um plano para outro.

No PGBL, há a possibilidade de dedução do Imposto de Renda, então, é a melhor alternativa para pessoas com rendas elevadas. Se você realiza a declaração anual pelo modelo completo, o Plano Gerador de Benefício Livre é o caminho mais interessante. A maior vantagem de quem aplica nessa modalidade é deduzir até 12% da renda tributável.

Em contrapartida, no VGBL os impostos incidem somente sobre o lucro obtido, levando a maioria dos brasileiros a optar por essa categoria. Assim, é mais indicado aos contribuintes que declaram o IR no modelo simplificado.

Basicamente, são essas as diferenças entre PGBL e VGBL. Mesmo que elas sejam mínimas, podem fazer bastante diferença para quem vai começar a investir.

Agora, vamos saber como funciona a tributação do PGBL e do VGBL.

Como funciona a tributação do PGBL e do VGBL?

O PGBL e o VGBL são os dois principais investimentos quando se fala em previdência privada. Assim como os fundos de investimento, eles são estruturados por instituições especializadas.

Como já mencionamos, esses planos podem conter diferentes tipos de investimento (títulos públicos, títulos privados, ações, outros fundos etc.) unificados em uma mesma aplicação.

Porém, há uma grande diferença entre esses planos e um fundo de investimento. O PGBL e o VGBL não sofrem com o come-cotas (antecipação de Imposto de Renda a cada seis meses).

Assim, os recursos só estarão sujeitos à cobrança de IR no resgate ou quando o contribuinte começar a receber uma renda mensal decorrente do plano. Isso faz com que a quantia acumulada seja maior ao longo dos anos.

É importante lembrar que no caso do VGBL o IR incide apenas sobre o rendimento. Isto é, sobre a diferença entre o que foi aplicado e o que foi resgatado. Já para o PGBL, o IR incide sobre o total de recursos investidos no plano.

Além disso, também existem dois regimes de tributação:

Tabela progressiva compensável

O IR deve ser recolhido pelo contribuinte no momento em que recebe os recursos de seu plano, seja como parcela única ou como renda mensal.

No caso de saque em parcela única, incide a alíquota de 15% de IR sobre o rendimento do VGBL. Para o PGBL, essa mesma alíquota é cobrada sobre o total dos recursos.

Caso o plano preveja renda mensal após a aposentadoria, as alíquotas sobre essa renda obedecem à tabela usada na declaração anual de IR. A seguir, veja as alíquotas válidas para o ano de 2020.

Base de cálculo e alíquota de IR (válidas para 2020)

  • Até R$ 1.903,98: isento;
  • De R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65: 7,5%;
  • De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05: 15%;
  • De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68: 22,5%;
  • Acima de R$ 4.664,68: 27,5%;

Tabela regressiva definitiva

A tributação acontece na fonte, no momento do resgate, e as alíquotas diminuem ao longo do tempo até o mínimo de 10%. Assim, quanto mais tempo o seu dinheiro ficar investido, menos imposto você vai pagar.

Existem diversas vantagens e desvantagens nos planos de previdência privada. Nesse sentido, a questão tributária é um dos principais fatores a serem levados em conta na hora de decidir entre o PGBL e o VGBL.

No caso do PGBL, há mais um detalhe tributário. É possível aproveitar um benefício fiscal que permite deduzir até 12% da renda bruta anual para investir esses valores no plano.

Dessa forma, o contribuinte adia o pagamento do IR para quando sacar o dinheiro ou começar a receber sua renda mensal no futuro.

Porém, para aproveitar esse benefício é preciso fazer a declaração completa do IR. É necessário também contribuir em um regime de previdência oficial, mesmo no caso de quem trabalha por conta própria.

Ou seja: quem opta por essa modalidade mas faz a declaração simples do IR não consegue usufruir do benefício. O mesmo vale para quem não contribui no INSS – ou outro regime de previdência oficial, no caso de servidores públicos.

Previdência privada: quanto rende o dinheiro investido em PGBL ou VGBL?

Não saber exatamente como um produto financeiro funciona pode fazer você investir seu dinheiro em algo que não está de acordo com seu perfil. Em casos extremos, você pode até perder dinheiro se resgatar antes do prazo recomendado ou não aproveitar os benefícios oferecidos.

Fizemos um estudo para mostrar como a relação entre PGBL, VGBL e Imposto de Renda funciona na vida real.

Comparamos a previdência privada com outros investimentos de renda fixa. Nossos cálculos mostraram que um investimento bem planejado pode representar o dobro do valor de outro que não considera o perfil de quem investe.

Imagine a diferença entre ter R$ 250 mil e R$ 500 mil (!!!) na sua conta no momento da aposentadoria. Independentemente do seu objetivo, obter R$ 250 mil a mais nunca será uma má opção.

Quais são os outros investimentos indicados para a aposentadoria?

Além do PGBL e do VGBL, consideramos também investimentos como o Tesouro Selic e um CDB que rende tal como os encontrados em grandes bancos.

Também acrescentamos a Carteira Magnetis 2 à simulação, pois ela diversifica os investimentos e aumenta as chances de um retorno maior em prazos mais longos.

Além disso, a estratégia usada para montar essa carteira também a torna mais resistente às turbulências na economia.

Quanto às taxas cobradas por cada produto, simulamos diferentes faixas de taxa de administração para o PGBL e o VGBL. Assim, será possível ver o impacto dessas tarifas em um prazo mais longo.

Lembrando que para o Tesouro Selic existe uma taxa de custódia de 0,25% ao ano sobre o valor total dos títulos. No caso da Carteira Magnetis 2, há uma taxa de consultoria de 0,4% ao ano, também sobre o valor investido.

Dadas todas essas informações, ainda foi preciso considerar a forma como os impostos incidem sobre essas aplicações.

No caso de Tesouro Direto e CDB, as alíquotas de IR vão de 22,5% (aplicações de até seis meses) a 15% (acima de dois anos). Esse imposto, como o nome já diz, incide apenas sobre a diferença entre o valor investido e o valor resgatado.

Como a Carteira Magnetis 2 é montada com títulos privados (geralmente CDBs de bancos médios, com melhor rentabilidade), consideramos os mesmos custos para esses produtos.

Há também uma parcela de 20% dessa carteira alocada em fundos. 10% são aplicados em fundos DI (taxa de administração de 0,3% ao ano) e 10% em fundos multimercado (taxa de administração média de 2%).

Já os impostos sobre PGBL e VGBL podem ser cobrados de forma diferente, conforme vimos no tópico anterior.

Esclarecidos todos esses pontos, agora sim vamos aos números da nossa simulação.

IR Progressivo

PGBL com benefício fiscal - Imposto de Renda ProgressivoPGBL sem benefício fiscal - Imposto de Renda ProgressivoTesouro SelicCarteira Magnetis 2

IR Regressivo

PGBL com benefício fiscal - Imposto de Renda RegressivoPGBL sem benefício fiscal - Imposto de Renda RegressivoVGBL - Imposto de Renda Regressivo

Um dos primeiros detalhes em que você vai reparar é o impacto da taxa de administração sobre os investimentos ao longo do tempo.

É essa taxa que faz o VGBL ter um rendimento menor que o Tesouro Selic em todos os cenários. Isso ocorre porque a menor taxa de administração de um VGBL (0,5% ao ano) é maior que a taxa de custódia do Tesouro Selic (0,25%).

E mesmo um CDB de um grande banco pode render mais do que um VGBL, dependendo da taxa de administração deste último.

Em períodos mais curtos, essas taxas podem não fazer uma diferença tão grande. O quadro, porém, se inverte quanto maior for o prazo da aplicação.

O prazo, aliás, também é crucial para o rendimento de um investimento, como já explicamos neste outro post sobre o poder dos juros compostos. Nesta simulação, é possível ver claramente que, quanto mais tempo o dinheiro permanece aplicado, maior é o efeito multiplicador sobre ele.

Na comparação com outros investimentos, a Carteira Magnetis 2 tem um resultado consistente em prazos mais longos. Nossa estratégia de diversificação mescla ativos de diferentes classes e permite aproveitar os melhores resultados de cada investimento com menor risco.

Você vai notar que, no caso da tabela progressiva, ela é a aplicação com a melhor rentabilidade. Isso porque, nessa modalidade, a tributação dos rendimentos do PGBL e do VGBL fica maior conforme a renda recebida. E como para os demais investimentos vale a alíquota de 15% após dois anos da aplicação, o rendimento da Carteira Magnetis 2 se sobressai.

No caso da tabela regressiva, o PGBL com taxa de administração abaixo de 1% acaba tendo performance melhor se o benefício fiscal for aproveitado. A possibilidade de recolher IR somente ao final do período de acumulação a uma alíquota de 10% é o que torna o investimento mais vantajoso. Porém, a conclusão mais impressionante está relacionada à questão fiscal.

É possível mudar a previdência de VGBL para PGBL?

A portabilidade de previdência privada só acontece entre planos da mesma modalidade, ou seja, não é possível mudar de VGBL para PGBL. Ademais, também não é permitido trocar o regime tributário regressivo para o progressivo. Por isso, é importante prestar bastante atenção nas regras da previdência privada antes de fazer a contratação do plano.

Caso você não queira mais o PGBL, por exemplo, o mais indicado seria resgatá-lo e reinvestir o dinheiro no VGBL. Porém, você precisará pagar o Imposto de Renda e liquidar o prazo de investimento. Não é uma opção vantajosa e pode trazer mais prejuízos do que proventos.

Entretanto, não há impedimentos para trocar de instituição financeira ou buscar uma alternativa mais rentável. Se você optar pela portabilidade de previdência privada, poderá realizar a mudança sem custo nenhum.

Existem duas possibilidades para quem deseja fazer a migração: a portabilidade interna e a externa. Na portabilidade interna, você muda de plano dentro da mesma instituição financeira; na externa, a migração ocorre entre instituições diferentes. O processo é simples e não envolve pagamento de multas ou tributos.

A portabilidade pode ser vantajosa, porque não há necessidade de resgatar os recursos e também não é obrigatório contratar um novo plano. Dessa maneira, você consegue adequar suas estratégias de investimentos para obter o melhor lucro, com as menores despesas possíveis.

Qual é o impacto do Imposto de Renda nos planos de previdência privada?

A principal conclusão que tiramos deste estudo é a importância de investir de acordo com o seu perfil, inclusive tributário.

Escolher um plano PGBL ou VGBL em um regime tributário progressivo pode ser vantajoso para quem tem rendimentos enquadrados nas duas primeiras faixas do IR. Ou seja, para quem não precisa declarar IR ou é tributado em até 7,5%.

A partir da faixa seguinte, o regime regressivo faz mais sentido para quem tem renda maior.

Além disso, há uma diferença bem grande entre aplicar em PGBL com ou sem benefício fiscal. Esse benefício é a possibilidade de adiar o pagamento do IR sobre esse investimento, destinando até 12% da renda anual para a aplicação.

Vamos considerar um investimento nesse tipo de produto com as mesmas condições (aplicação mínima, aportes adicionais e taxa de administração). A diferença entre usufruir ou não desse benefício pode significar cerca de R$ 100 mil para quem investe, ao final de três décadas e meia.

Observe a coluna do ano 35 na simulação e note o rendimento das aplicações em PGBL nos dois regimes tributários, com e sem benefício fiscal.

A diferença no regime regressivo é de, no mínimo, R$ 79,6 mil para uma taxa de administração de 2% ao ano. Para uma taxa de 0,5% ao ano, chega a R$ 112,8 mil.

No caso do regime progressivo, a diferença mínima é de R$ 64,1 mil para a taxa de administração de 2%. O impacto chega a R$ 90,1 mil para a taxa de 0,5%.

O IR incide apenas no resgate ou no recebimento da renda obtida com esse PGBL. Dessa forma, o efeito multiplicador dos juros compostos mostra o seu poder ao longo dos anos. Em vez de pagar IR anualmente por 35 anos, o dinheiro permanece aplicado e o imposto é pago apenas quando o período de acumulação terminar.

Ficou claro que um mesmo investimento pode tanto ter o melhor desempenho da sua carteira quanto ser o seu pior pesadelo. Tudo depende de saber aproveitar as vantagens que ele oferece e combiná-lo com o seu perfil financeiro.

O que levar em conta ao montar seu plano para a aposentadoria?

Nem só de PGBL e de VGBL se faz um plano de previdência privada. Tesouro Direto, renda fixa, imóveis e até renda variável podem fazer parte de uma carteira de investimentos para a aposentadoria.

É preciso ter objetivos claros na hora de investir. Saber quanto você precisa guardar para ter determinado padrão de vida no futuro vai ajudar muito na definição das melhores aplicações para seus objetivos financeiros.

Também é fundamental saber qual nível de risco você está disposto a suportar para obter determinado rendimento. No entanto, tenha em mente que o objetivo principal de investir para a aposentadoria é preservar o poder de compra. Assim, não faz sentido colocar essa reserva em uma aplicação mais arriscada, buscando o máximo de retorno. O risco de perdas geralmente é grande.

Quem não leva esses pontos em consideração pode estar aplicando dinheiro em um produto inadequado para o seu perfil. E, como já vimos na simulação acima, é possível perder muito dinheiro ao longo do tempo fazendo um investimento equivocado.

A estratégia ideal é construir uma carteira diversificada, balanceando aplicações que oferecem um pouco mais de risco com outras que preservem o patrimônio.

Conclusões

Ter várias aplicações financeiras em sua carteira é importante para ter mais segurança em seus investimentos. Isso porque, se houver alguma turbulência que prejudique o rendimento de parte dos ativos dessa carteira, os demais terão força para compensar o efeito negativo.

Aplicar em renda fixa e variável é o melhor caminho para garantir opções rentáveis e ampliar seus horizontes. Quando falamos em investimentos de longo prazo, os planos PGBL e VGBL são possibilidades atraentes, principalmente para quem deseja garantir uma aposentadoria confortável.

Atualmente, depender somente do INSS não é a opção mais viável ou segura. É claro que você pode continuar contribuindo para a previdência social, mas nunca é demais considerar novas maneiras de investir o seu dinheiro.

Enfim, os planos PGBL e VGBL oferecem inúmeros benefícios, especialmente no quesito da tributação do Imposto de Renda. Agora que você já tirou dúvidas sobre o tema, que tal contar com a Magnetis para diversificar seus investimentos? Responda este questionário e confira qual é o melhor plano para você alcançar seus objetivos financeiros.

O post PGBL ou VGBL: tudo que você precisa saber sobre as modalidades de previdência apareceu primeiro em Blog Magnetis.

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Afinal, vale a pena investir em ações da Vale (VALE3, VALE5)? Entenda

como investir na bolsa de valores

As ações da Vale estão entre as mais tradicionais do mercado. Não é à toa que, frequentemente, elas estão entre as primeiras alternativas de quem começa a investir em ações.

No entanto, os rompimentos das barragens em Mariana (2015) e Brumadinho (2019) levantam questões sobre os riscos de investir na companhia.

Por conta disso, neste post vamos entender se vale a pena investir nas ações da mineradora. Mas antes, vamos recapitular sua história e as principais informações sobre a empresa. Continue a leitura e saiba se vale a pena aplicar seu dinheiro nessa companhia.

Quem é a mineradora Vale?

Antigamente chamada Vale do Rio Doce, a mineradora nasceu como empresa estatal.Hoje uma empresa privada, ela foi fundada em 1942 em Itabira, Minas Gerais, pelo então presidente Getúlio Vargas.

A Vale é uma das maiores mineradoras do mundo. Seu produto principal é o minério de ferro, matéria-prima para as indústrias de vários países. No entanto, ela também comercializa outros produtos, como:

  • carvão;
  • fertilizantes;
  • nível;
  • pelotas;
  • cobalto;
  • potássio;
  • cobre;
  • manganês;
  • rocha fosfática;
  • níquel.

Além disso, o valor de mercado da Vale é tão alto que suas ações são comercializadas em bolsas de valores do exterior.

Vale a pena investir em ações da companhia?

Quando você investe nas ações de qualquer empresa, na verdade está comprando uma pequena parte dela.

Apesar de isso não dar o direito de participar das decisões da companhia, você recebe dividendos de acordo com o seu investimento. Isso significa ter uma pequena participação no lucro.

O contrário também é válido: caso a empresa dê prejuízo, o preço das ações cai e isso pode prejudicar o seu bolso.

Agora, fica a pergunta: se as ações são algo que está tão fora do seu controle, por que então aplicar seu dinheiro nesse tipo de investimento?

A resposta é que as ações, apesar de seu rendimento imprevisível, podem ter retorno bem maior quando comparadas às aplicações tradicionais de renda fixa.

No caso da Vale, ela é uma das maiores empresas da bolsa de valores. Isso significa que ela é uma companhia forte e que tem alta capacidade de gerar lucro. E esses dois fatores afetam diretamente o preço das ações.

Porém, existem algumas ressalvas na hora de investir nas ações da companhia. Ela comercializa commodities, que podem sofrer com a oscilação do mercado, influenciando diretamente os preços da empresa. Isso significa que, caso a cotação do minério de ferro esteja em queda, a companhia seguirá o mesmo caminho.

As mudanças de câmbio também incidem sobre o valor da organização. Como grande parte da dívida da mineradora é cotada em dólar, mudanças no preço da moeda podem gerar mais gastos do que receitas.

No entanto, as recentes tragédias ambientais de Mariana e Brumadinho expuseram os riscos operacionais da mineradora. Isso acabou afastando muitas pessoas que estavam preocupadas com a causa ambiental.

Por conta disso, os resultados da Vale no quarto trimestre de 2019 sofreram um impacto de R$ 4,6 bilhões.

Como está a rentabilidade das ações da Vale?

A Vale está listada na bolsa de valores desde 1967 e hoje tem o segundo maior peso no Índice Bovespa, atrás apenas da Petrobras.

Os códigos de negociação das ações da Vale na bolsa são:

  • VALE3 — código das ações ordinárias;
  • VALE5 — código das ações preferenciais.

O desempenho dos papéis da empresa é mostrado no gráfico abaixo. Note que as ações caíram bastante na época dos incidentes, mas se recuperaram depois:

Ações da Vale e Ibovespa
Fonte: B3 (clique na imagem para ampliar)

A linha azul representa o desempenho das ações ordinárias da Vale (VALE3) no últimos cinco anos. Já a linha laranja representa a variação do Ibovespa no mesmo período. Ambos tiveram retorno acumulado de 82% entre 2013 e outubro de 2019.

Note que o resultado acumulado de ambos é muito próximo, justamente por causa do peso da Vale nesse índice.

Mas perceba também que a volatilidade do Ibovespa foi um pouco menor em todo o período. Em teoria, isso quer dizer que ele é uma aplicação menos arriscada.

Em setembro de 2019, cada papel era vendido por R$ 48,10. Com a crise causada pela pandemia do novo coronavírus, em março de 2020, o preço despencou para R$ 34,10. Porém, a empresa passou por uma recuperação e, em setembro de 2020, alcançou o patamar dos R$ 62,60.

Isso demonstra que a companhia está em processo de retomada de crescimento.

FGTS investido nas ações da Vale

Entre 2000 e 2002, o governo criou um programa para vender ações de empresas estatais para as pessoas.

Esse programa permitia que os trabalhadores investissem até 50% de seu FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), em ações da Vale ou da Petrobras.

Esse tipo de investimento era feito em fundos mútuos de privatização, oferecidos por grandes bancos. Essas aplicações existem até hoje, mas estão fechadas para novas aplicações. São estes:

Fundos mono-ação da Vale: veja o rendimento

Há um tipo de fundo de investimento que é dedicado a investir exclusivamente em ações de determinada empresa. Ele é chamado de fundo mono-ação.

No caso da Vale, além da possibilidade de investir o FGTS, alguns bancos também oferecem aplicações em fundos compostos apenas pelas ações da mineradora. Veja a rentabilidade dos fundos mono-ação da Vale.

Fundo Itaú Ações Vale

Fundo Ações da Vale Itaú
(Fonte: Comparador de Fundos Magnetis)

Fundo Caixa Ações Vale do Rio Doce

Fundo de ações da Vale Caixa Econômica Federal
(Fonte: Comparador de Fundos Magnetis)

Fundo Santander FI Vale 4 Ações

Fundo de ações da Vale Santander
(Fonte: Comparador de Fundos Magnetis)

O que considerar antes de investir nas ações da Vale?

Antes de investir nas ações da Vale, é importante considerar fatores como o desempenho da empresa, a demanda mundial de minério, entre outros. A seguir, saiba o que você deve ponderar antes de aplicar seu dinheiro na mineradora.

Desempenho da empresa

A Vale é uma grande empresa, com ações listadas em quatro bolsas de valores pelo mundo: Brasil, Nova York, Madrid e Paris. Suas atividades comerciais são realizadas em 38 países, com atividades de extração mineral em 21 deles. Ela também está presente em 14 estados brasileiros e nos cinco continentes.

Além da extração e da comercialização de minérios, a Vale realiza operações com empresas de logística, terminais marítimos, ferrovias, portos, entre outros. Ela também está presente no setor siderúrgico e de energia elétrica.

Contudo, o minério de ferro corresponde a 75% da receita da empresa. Inclusive, por ser uma commodity, seu preço é único e dado em dólar. É importante saber também que a China responde por 41% dessa receita. A Europa ocupa o segundo lugar, com 16%.

Assim, o bom desempenho da empresa depende basicamente de três fatores:

  • crescimento da economia chinesa;
  • preço do minério de ferro;
  • cotação do dólar.

Vale ainda destacar que os dois primeiros fatores estão intimamente relacionados.

Demanda mundial de minério de ferro

Para quem busca exposição ao dólar e ao mercado de commodities, investir nas ações da Vale pode ser uma boa alternativa.

A demanda mundial pelo metal impacta diretamente a Vale, já que ela é líder no setor de produção de minério de ferro. Porém, como essa commodity sofre com a oscilação do mercado, é necessário pesquisar bastante para saber qual é o momento ideal de investir.

Acompanhar as mudanças no cenário das negociações do minério é fundamental para saber qual é o melhor momento de comprar e vender papéis da empresa.

Desempenho da economia chinesa

A força da China é imensa. Tanto é que o fato de a economia do país estar aquecida ou não influencia diretamente o preço do minério de ferro.

A China é o país que mais consome os produtos da Vale, portanto, a queda na demanda pode significar um impacto gigantesco na mineradora. Mesmo que haja redução de custos e o ritmo de produção se mantenha, muitos produtos podem ficar parados no estoque, sem compradores.

Expansões de crédito do governo chinês em setores de infraestrutura, por exemplo, são benéficos para a Vale. Assim, ela pode se manter aquecida no mercado por mais tempo.

Possibilidade de novas tragédias

Além dessas questões, a possibilidade de novas tragédias ambientais pode causar prejuízos bilionários à empresa,além de danos ao meio ambiente.

Os rompimentos das barragens em Mariana e Brumadinho deixaram efeitos irreversíveis, afetando a vida de centenas de pessoas. Aquilo contribuiu para uma perda de aproximadamente R$ 7,4 bilhões em 2019, com queda de 125,5% em comparação com 2018.

As atividades da mineradora normalmente já envolvem muitos riscos, mas sem a devida fiscalização, novas tragédias podem acontecer futuramente. Esse é um dos fatores mais importantes a serem considerados antes de investir nas ações da Vale.

análise de investimentos

Multas e indenizações pagas devido às tragédias 

Como vimos, as tragédias de Brumadinho e Mariana trouxeram prejuízos irreparáveis em diversos cenários. As multas e indenizações chegaram ao valor de R$ 24,1 bilhões, que deverão ser quitados até 2023.

Muitas operações foram paralisadas por ordens da Agência Nacional de Mineração (ANM) ou pela Justiça Federal. Essa diminuição na produção resultou em mais dívidas e prejuízos para a mineradora.

Contudo, mesmo com as várias multas e indenizações, a Vale passa por uma recuperação em 2020. Sendo uma exportadora com receita em dólar, a empresa se beneficia de momentos em que o real está desvalorizado em relação à moeda norte-americana.

Para quem o investimento é indicado?

Quem aplica em ações deve evitar comprar papéis de uma única empresa. Isso é verdade para as ações da Vale e para todas as outras, visando diminuir o risco de sofrer prejuízo.

O ideal é montar uma carteira diversificada, seja por meio do investimento direto em ações, seja por meio de fundos de investimento. Logo, a estratégia é indicada para quem busca aplicar dinheiro em renda variável e pretende acompanhar as oscilações diárias do mercado financeiro.

Uma terceira possibilidade são os ETFs, fundos mais baratos que adotam uma mecânica diferente das aplicações tradicionais. Nesse caso, com uma única cota você consegue investir em uma carteira com dezenas de ações, reduzindo riscos e melhorando a eficiência da sua carteira.

Como comprar ações da Vale?

Para comprar ações da Vale, você deverá seguir alguns passos básicos, indicados a qualquer pessoa que deseja começar a investir.

Abrir uma conta em uma corretora 

O primeiro passo para investir em ações da Vale é abrir uma conta em uma corretora de valores. Você pode fazer uma pesquisa para descobrir quais corretoras têm as melhores taxas. Escolha aquela que oferece os preços mais vantajosos de acordo com as suas reservas financeiras.

É papel da corretora garantir que as negociações sigam as regras impostas pelos órgãos que fiscalizam o mercado de capitais. Assim, optar por uma empresa de confiança, que apresente objetivos claros, é sempre a melhor opção.

Comprar ações pelo home broker 

Após abrir uma conta, é hora de operar dentro do home broker, uma plataforma de negociação de investimentos. É nesse sistema que você terá acesso às ordens de compra e venda das ações da Vale.

A compra e a venda de ativos é realizada por meio de sistemas digitais. Por isso, você precisará de acesso à internet e um computador para acompanhar as operações da bolsa.

Qualquer pessoa pode acessar o home broker, desde que tenha conta em uma corretora. A princípio, pode parecer complicado, mas o procedimento é simples e intuitivo.

Comprar fundos de ações 

Depois disso, você pode comprar os fundos ou as ações da Vale de forma direta. Pela corretora também é possível comprar ETFs, se essa for a sua escolha.

Os fundos de ações são recomendados para quem procura investimentos de longo prazo. Os riscos são maiores, mas a rentabilidade também é mais elevada. Tudo dependerá dos seus objetivos e do seu perfil.

Normalmente, ao comprar fundos de ações, você delega a gestão a um profissional especializado que fará a administração do investimento. Com isso, suas chances de sucesso aumentam consideravelmente.

Afinal, contar com ajuda profissional é uma opção vantajosa, principalmente para quem ainda está inseguro com o mercado de ações.

Por fim, vale ressaltar que as ações da Vale podem trazer proventos, mas também prejuízos. Assim como qualquer organização grande, está sujeita a mudanças na bolsa de valores.

Mesmo com o histórico de tragédias, a empresa apresentou resultados positivos em 2020, e continua arcando com as multas provenientes dos rompimentos das barragens.

Portanto, antes de pensar em investir na empresa, faça uma análise aprofundada e, se possível, peça ajuda a especialistas na área. Comprar ações da Vale pode ser algo vantajoso, mas é importante tomar certos cuidados antes de aplicar o seu dinheiro.

Se você ainda está em dúvida sobre as ações da Vale, mas quer investir na bolsa, que tal experimentar uma ajuda especializada? Baixe grátis o nosso Guia Completo sobre Consultoria de Investimentos e saiba como encontrar os melhores investimentos para você!

O post Afinal, vale a pena investir em ações da Vale (VALE3, VALE5)? Entenda apareceu primeiro em Blog Magnetis.

Como organizar as finanças pessoais: pare de se surpreender ao final do mês!

Pessoa calculando seus gastos mensais

O final do mês sempre chega e, junto dele, muitas vezes uma grande surpresa. Isso acontece devido a falta de planejamento pessoal em relação a ganhos e despesas. 

As finanças pessoais interferem de forma direta na maneira que as pessoas encaram a vida. Ter uma dívida muito alta e não conseguir pagá-la traz muitas preocupações, deixando o cotidiano cansativo.

Ter um planejamento das finanças pessoais bem estruturado é muito importante para conquistar o sucesso financeiro e um pouco mais de tranquilidade no dia a dia. 

Para muitas pessoas, porém, é difícil se organizar por não saberem por onde começar ou por já possuírem tantas dívidas que parece não ser mais possível encontrar uma solução. Caso você se enquadre em um destes casos, este é o post certo. 

Continue a leitura e veja como o processo de organização financeira é possível, mesmo que não pareça simples. 

Coloque tudo na ponta do lápis

Caso você tenha tantas dívidas que não sabe mais o que fazer, comece colocando todas essas questões na ponta do lápis. Por outro lado, se você precisa apenas conseguir uma direção inicial, vá direto para o próximo passo. 

É impossível organizar algo imensurável, já que a todo momento pode surgir uma nova conta que desestruture todo o planejamento feito, por ser algo mais urgente. Por isso, confira quais são as dívidas que você possui, e seus valores. 

Anote tudo de forma respectiva, colocando a dívida, o valor e o número de prestações. Assim fica mais fácil visualizar e estipular o valor total que deve ser pago, além do tempo que você tem para realizar esses pagamento. Feito isso, vem a parte mais difícil: pare de adquirir novas dívidas e estabeleça um prazo para conseguir quitá-las de acordo com suas contas e seus recebimentos. 

Acompanhe seus recebimentos e despesas

Qual é o valor que você recebe mensalmente e qual é o seu gasto físico? É normal possuir mais despesas de saída do que de entrada.

Entenda que o valor recebido, geralmente é o salário, sendo essa a única fonte de entrada. Despesas no entanto, contam com pagamentos recorrentes, como contas de água e luz, telefonia e internet, alimentação e outras.

Saber exatamente quanto você tem disponível e quanto deverá ser pago é necessário para a realização de um bom planejamento. Pode acontecer de o dinheiro ser gasto com despesas variáveis de forma equivocada e as contas não fecharem ao final do mês. 

Saiba exatamente o quanto você ganha, entre salários fixos, freelancers, bicos e outros. Liste quais são as suas despesas e se planeje para os demais gastos.

Analise seus gastos

O interessante de listar os gastos é que você acaba percebendo a quantidade de serviços que você usa pouco ou nem usa mais e que ainda estão ativos e sendo pagos, assim como a quantidade de despesas desnecessárias e que consomem o seu dinheiro, quando colocadas na ponta do papel. 

Ao fazer isso, corte as despesas que são gastos inúteis, como a assinatura da TV à cabo que possui mais de 200 canais liberados enquanto você assiste sempre ao mesmo, ou acompanha um segmento específico. Com certeza haverá um plano que se adequa melhor às suas necessidades.

Planeje suas despesas

Estabeleça valores a serem gastos e guardados ao invés de ficar contando com “sobrar dinheiro”, para realizar algo. 

A verdade é que se não há um planejamento, o dinheiro não sobra, independente do valor do salário. 

Faça o dinheiro sobrar ao invés de esperar que isso aconteça. Determine valores a serem guardados e os encare como uma despesa fixa.

É interessante ter um local separado para a destinação desse dinheiro, de forma que ele saia da sua conta corrente, como, por exemplo, investimentos de baixo risco

Desenvolva o hábito de anotar tudo

Seja através de aplicativos, bloco de notas, planilha, ou agendas de papel, as anotações são de grande importância para a visualização de seus gastos. Desenvolver esse hábito permitirá que você veja onde estão os gastos supérfluos e com o que você tem gastado mais os seus recursos.

Prepare-se para despesas inesperadas

Saiba que a qualquer momento podem acontecer imprevistos e é necessário estar preparado para não passar sufoco. 

Reserve parte da sua renda para arcar com gastos inesperados. É importante ter em mente que esse valor é realmente para emergências. Não caia na ilusão de que por nada estar acontecendo, não é necessário reservar um valor, muito menos que você pode usar o valor guardado para outros fins. 

O controle financeiro requer muito compromisso e equilíbrio, por isso, tenha em mente o seu foco e não desvie dele. 

Essas são algumas dicas para retomar o seu controle financeiro e parar de se surpreender com as despesas no final do mês.

Veja também a importância da educação financeira e entenda por que ela é necessária para a realização de um melhor planejamento.

O post Como organizar as finanças pessoais: pare de se surpreender ao final do mês! apareceu primeiro em Blog da BitcoinTrade.



quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Tudo que você precisa saber sobre fundos imobiliários

Você se interessa pelo mercado imobiliário? Se a resposta for positiva, possivelmente você já sabe que existe uma forma de investir em imóveis sem precisar necessariamente comprar um. Estamos falando dos fundos imobiliários, uma alternativa mais simples e prática para quem deseja explorar as oportunidades do setor.

Eles vêm ganhando bastante popularidade nos últimos tempos, principalmente devido aos rendimentos mensais isentos de Imposto de Renda. Mais adiante, vamos explicar melhor como isso funciona.

A partir de agora, você vai saber tudo sobre o que são fundos imobiliários (também conhecidos como FIIs) e o que esse tipo de investimento oferece. Continue conosco e entenda como funciona essa aplicação, suas vantagens e desvantagens e como começar a investir!

O que são fundos imobiliários?

Os fundos de investimento imobiliário (os famosos FIIs) funcionam como fundos de investimento tradicionais. Sua principal característica, no entanto, é que eles devem aplicar pelo menos 75% de seu patrimônio em imóveis e títulos relacionados ao mercado imobiliário. Por isso, é comum encontrar papéis de LCIs e CRIs compondo suas carteiras.

Uma importante diferença entre os fundos é que os FIIs têm suas cotas negociadas na bolsa de valores, assim como as ações. Ou seja, o preço dessas cotas muda com mais frequência, conforme a demanda do mercado. Tais características fazem com que esses fundos sejam classificados como investimentos de renda variável.

Outra particularidade desses fundos é o pagamento de um rendimento mensal isento de Imposto de Renda (IR). Esses valores são depositados diretamente na conta da corretora em que cada cotista do fundo opera.

Vale destacar que, por serem investimentos de renda variável, o ideal é que quem investe tenha uma certa tolerância a riscos. Isso porque não há garantias de rentabilidade, fazendo dessa uma alternativa não recomendada para quem tem um perfil mais conservador.

Quais são as principais características dos fundos imobiliários?

Como mencionamos, os fundos imobiliários têm um funcionamento distinto dos fundos de investimento comuns. A seguir, apresentamos suas principais características.

Cotas negociadas na bolsa de valores

Os FIIs são um tipo bem específico de fundo de investimento em renda variável, assim como os ETFs ou fundos de índice. Essas particularidades começam pelo fato de que suas cotas são negociadas na bolsa de valores.

Sendo assim, não há livre emissão nem resgate de cotas. Para investir ou vender os ativos, é necessário negociá-los diretamente na B3, a bolsa de valores brasileira. Dessa forma, é possível lucrar ou mesmo ter prejuízo nas operações de compra e venda dessas cotas, conforme o preço negociado no mercado.

Investimento com rendimento mensal

Entre as características dos fundos imobiliários, uma das mais atrativas para muitas pessoas é a distribuição mensal de renda que acontece em alguns deles. Nesses casos, há a exigência de que pelo menos 95% do lucro apurado por meio de proventos seja igualmente partilhado entre as cotas.

Com isso, os fundos imobiliários distribuem rendimentos mensais, em um mecanismo semelhante ao pagamento de um aluguel. Quem quiser ainda pode optar por reinvestir esses valores, aproveitando o efeito gerado pelos juros compostos na rentabilidade.

Duas possibilidades de ganhar com a rentabilidade do fundo

Ao associar o rendimento mensal dos FIIs com a negociação de suas cotas, há duas possibilidades de ganhar dinheiro com esse investimento. São elas: os próprios rendimentos mensais e a valorização das cotas negociadas na bolsa.

É preciso ter em mente, no entanto, que cada tipo de fundo oferece uma perspectiva distinta em relação à rentabilidade desses dois componentes.

Há fundos cuja carteira é composta por ativos já maduros, com boa relação entre o rendimento mensal recebido e o preço das cotas. Esse indicador é conhecido no mercado como yield do fundo.

Por outro lado, há os fundos que focam no desenvolvimento de novos empreendimentos, pagando rendimentos menores. Em contrapartida, eles oferecem maiores chances de valorização das cotas no futuro.

Custos menores do que o investimento em imóveis

Provavelmente, a principal desvantagem do investimento em imóveis de forma direta é o seu alto custo. Isso vale tanto para o momento da aquisição desses bens quanto para sua manutenção e regularização, obrigações que impõem uma série de despesas ao proprietário.

No entanto, quando falamos em fundos imobiliários, seus custos são bem menores do que investir na efetiva compra de imóveis. O principal deles é a taxa de administração, que é descontada automaticamente no momento da venda das cotas. Outra tarifa bastante comum é a taxa de corretagem, que varia dependendo da corretora pela qual você investe.

Dependendo do fundo, podem ser cobradas também outras taxas, como a de consultoria imobiliária, paga a uma equipe especializada que apoia o trabalho do gestor. Ainda assim, o negócio é bem mais acessível, já que não é preciso gastar tanto dinheiro para aplicar em fundos imobiliários.

Para que você tenha uma ideia, em julho de 2019 os preços dessas cotas ficavam em torno de R$ 100. Quanto ao rendimento mensal, um fundo imobiliário com desempenho dentro da média costumava pagar cerca de R$ 0,50 por cota.

Fazendo a conversão do rendimento mensal para anual, a rentabilidade ficaria em 6,1% ao ano, sem considerar a valorização das cotas. Esse resultado é um pouco maior do que um investimento no Tesouro Selic, por exemplo.

biblioteca financeira

Imposto maior sobre o lucro com a venda das cotas

Uma característica dos FIIs que exige atenção por parte de quem investe é a incidência de Imposto de Renda. A alíquota cobrada é de 20% sobre o lucro de cada operação de venda realizada.

É importante destacar que esse valor não é recolhido automaticamente. Ele precisa ser calculado e pago pela própria pessoa que investiu por meio da emissão do DARF (Documento de Arrecadação da Receita Federal).

Assim, esse é um aspecto dos fundos imobiliários que demanda um bom planejamento, seja para avaliar os rendimentos, seja para recolher os impostos corretamente.

Quais são os tipos de fundos imobiliários?

Os fundos imobiliários sãoclassificados com base nos tipos de ativo que compõem a maior parte de sua carteira. Esses ativos são determinados pela política de investimento estabelecida por cada fundo.

Quanto à quantidade de ativos na carteira, esses fundos podem ser classificados como:

  • monoativos: quando possuem um único empreendimento na carteira;
  • multiativos: quando têm a carteira diversificada;
  • híbridos ou multiclasse: fundos que atuam tanto na aquisição de imóveis quanto na compra de títulos ou cotas de outros fundos relacionados ao mercado imobiliário.

Além disso, eles também podem ser classificados pelo tipo de ativo. Vamos ver a seguir.

Fundos de tijolo

Os fundos de tijolo, também chamados de real estate, tijolo ou laje, são fundos que investem na aquisição de empreendimentos imobiliários. Sua remuneração é obtida principalmente por meio do aluguel, podendo haver receita também com a compra e venda de parte dos imóveis da carteira.

Os fundos de tijolo podem ainda ser subdivididos segundo o tipo de empreendimento em que concentram seus investimentos. Os mais comuns são:

  • lajes corporativas ou escritórios;
  • shopping centers;
  • agências bancárias;
  • galpões logísticos;
  • hospitais;
  • hotéis.

Fundos de papéis

Os fundos de papéis têm esse nome por direcionarem seus recursos para títulos de renda fixa ligados a ativos imobiliários. Entre eles, temos as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e as LHs (Letras Hipotecárias).

O rendimento desse tipo de fundo é proveniente do fluxo de pagamentos desses títulos, que em geral são indexados à inflação ou ao CDI. Assim, podemos dizer que essas opções oferecem uma rentabilidade mais segura, uma vez que investem, sobretudo, em ativos de renda fixa.

Quais são as vantagens de investir em fundos imobiliários?

Você já deve ter notado que o investimento em fundos imobiliários traz consigo uma série de benefícios. Para descobrir se o negócio vale a pena para o seu perfil, entenda as principais vantagens dele a seguir.

Exposição ao mercado imobiliário

O investimento em imóveis sempre foi visto como uma forma de aplicar recursos com solidez e segurança. No entanto, se há alguns anos a tendência era fazer isso por meio da aquisição desses bens, atualmente os fundos imobiliários tornaram tudo mais simples. Afinal, eles garantem a possibilidade de aplicar uma parcela do seu patrimônio nesse mercado sem ter que comprar imóveis diretamente.

Evita-se, assim, toda a burocracia envolvida com certidões e escrituras, mobilizando-se apenas uma fração do montante normalmente exigido em uma transação dessa natureza. Também não é preciso lidar com as responsabilidades relativas ao imóvel, que costumam tomar bastante tempo e recursos dos proprietários.

A exposição às oportunidades do mercado imobiliário, que antes era restrita aos que podiam adquirir esses bens, se tornou muito mais democrática com os FIIs.

Liquidez

Quem tem um imóvel e deseja vendê-lo costuma enfrentar dificuldade para encontrar compradores. Além do alto valor envolvido, há uma série de fatores que podem dificultar a negociação, como questões relacionadas à documentação ou à necessidade de reformas. Assim, dizemos que o investimento direto em imóveis tem baixa liquidez, já que é difícil converter esse ativo em dinheiro.

Esse, no entanto, não é um problema para quem investe no mercado imobiliário por meio dos FIIs. Isso porque o ambiente de negociação das cotas é muito dinâmico e os custos envolvidos são bem inferiores. Na bolsa de valores, é normal que haja diversas pessoas interessadas em comprar e vender suas cotas, tornando a liquidez atrativa.

Em outras palavras, é bem mais fácil transformar as cotas de FIIs em dinheiro do que um imóvel propriamente dito. Uma característica como essa faz com que a modalidade seja viável para um número maior de pessoas.

Profissionais especializados

No mercado financeiro, contar com o auxílio de quem é especialista no assunto pode ser um grande diferencial para o sucesso de nossos investimentos. Nesse sentido, a aplicação em FIIs sai na frente por proporcionar aos cotistas uma aplicação gerida por profissionais especializados no setor.

Prestando uma verdadeira assessoria aos que investem, eles são capazes de identificar as melhores oportunidades e administrar com mais eficiência as atividades envolvidas nesse processo. Entre as atividades realizadas por eles, podemos citar as seguintes:

  • busca de inquilinos;
  • negociação de aluguéis;
  • cobrança e execução de garantias;
  • manutenção dos imóveis.

Ou seja, os especialistas no mercado imobiliário se encarregam de todos os detalhes técnicos e operacionais dentro do fundo. Assim, quem investe precisa se preocupar apenas em encontrar o FII mais rentável e adequado ao seu perfil.

Valor mínimo de aplicação baixo

Já dissemos que o investimento em fundos imobiliários tem custos reduzidos. Além disso, os valores mínimos de aplicação também são mais flexíveis. Os interessados podem optar por adquirir a quantidade de cotas que desejarem, usando como referência o seu valor unitário.

Essa é uma característica que permite a diversificação do patrimônio aplicado em vários ativos imobiliários. Ao alocar parte dos recursos em diferentes FIIs, compostos por ativos imobiliários distintos, é possível aproveitar as oportunidades em diferentes setores econômicos e regiões.

Outra vantagem dessa prática é a redução dos riscos envolvidos no investimento, fundamental para quem se preocupa em proteger seu patrimônio.

Regulação e fiscalização

Falando em segurança, é importante ressaltar que os fundos imobiliários são regulados e fiscalizados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O órgão tem como principal responsabilidade disciplinar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários – e até mesmo punir o descumprimento das regras estabelecidas. 

A modalidade foi criada pela Lei 8.668/93 e teve sua regulação registrada na Instrução CVM nº 472/08. Dessa forma, o investimento em FIIs se torna mais seguro, mas é importante destacar que isso não o isenta de risco. Conforme dissemos anteriormente, nesse mercado pode haver perdas e a rentabilidade não é garantida.

Rendimentos mensais

Mais uma vantagem que já vimos e vale a pena relembrarmos é a possibilidade de obter rendimentos mensais ao investir em FIIs. A distribuição periódica das receitas geradas pelos ativos do fundo assegura um fluxo estável de renda para os cotistas sem incidência de IR.

Na prática, essa é uma grande vantagem para quem busca aplicações para complementar sua renda no presente ou até mesmo no momento da aposentadoria.

Quais são os principais riscos envolvidos?

Como destacamos no início do texto, fundos de investimento imobiliário são produtos de renda variável. Assim, o principal fator de risco dos FIIs é, obviamente, a oscilação do mercado imobiliário. Seu valor de mercado está diretamente ligado às flutuações de preço de imóveis e aluguéis, que por sua vez dependem da situação econômica do país.

De forma mais específica, podemos separar os riscos dos fundos imobiliários nas categorias que apresentamos a seguir.

Risco de mercado

Por se tratar de um investimento em renda variável, o principal risco dos fundos imobiliários está associado à flutuação de seu valor de mercado.

É possível haver diminuição do montante aplicado caso ocorra queda no preço pelo qual as cotas estão sendo negociadas.

Risco de liquidez

Também associado à dinâmica de negociação de cotas na bolsa, o risco de liquidez se refere à facilidade de desinvestimento do montante aplicado em FIIs. Ou seja, quanto mais dificuldade existir para transformar as cotas em dinheiro, maior o risco de liquidez envolvido.

Isso pode ocorrer caso não existam interessados em adquirir as cotas ofertadas pelo aportador no momento em que ele deseja resgatar o valor investido. No entanto, esse risco pode ser controlado se forem selecionados os fundos mais negociados na bolsa.

Risco de crédito

Você já viu que a maior parte dos rendimentos dos FIIs vem do recebimento de aluguéis e outras obrigações financeiras. Isso faz com que a eventual inadimplência dos locatários ou emissores de títulos seja um dos principais riscos.

Quando os pagamentos planejados não entram, todo o fluxo de caixa do fundo pode ser comprometido, afetando a distribuição de seus rendimentos.

Risco de vacância

Outro risco muito relevante, específico dos fundos de tijolos, é o de desocupação dos imóveis que compõem sua carteira.

A vacância, além de reduzir os aluguéis recebidos, também aumenta os custos do fundo. Isso acontece porque o conjunto de cotistas passará a assumir despesas que normalmente são repassadas aos locatários, como o IPTU.

Como começar a investir em fundos imobiliários?

O primeiro passo para começar a investir em FIIs é abrir uma conta em uma corretora que ofereça acesso a esse tipo de aplicação financeira. O procedimento de aquisição das cotas é muito similar ao da compra de ações, sendo executado por meio da emissão de uma ordem de compra.

Nessa ordem, será preciso indicar o código do fundo em que você deseja investir e o número total de cotas que quer adquirir. Também é possível informar o valor que está disposto a pagar por cada cota.

É importante salientar que a aplicação em fundos imobiliários só deve ser feita após uma análise criteriosa. Nesse processo, deve-se definir o papel que esse investimento vai desempenhar na sua carteira. É preciso levar em conta o seu perfil e horizonte de investimento, entre outros fatores.

Além disso, a seleção dos fundos deve considerar alguns indicadores relativos ao seu desempenho. Os principais são o preço atual da cota, sua liquidez média, o provento esperado e a qualidade dos ativos no qual ele investe.

Feito isso, ainda é possível tomar algumas medidas para aumentar as chances de bons resultados com esse investimento. Confira as dicas.

Busque apoio de profissionais

Os investimentos em bolsa de valores apresentam características com as quais nem todas as pessoas estão familiarizadas. Por isso, é recomendada aos iniciantes nesse mercado, ao menos em seus primeiros passos, a busca por apoio de profissionais.

Uma boa consultoria de investimentos auxiliará na avaliação do seu perfil e na seleção das opções mais adequadas aos seus objetivos financeiros.

Conheça os ativos do fundo

Um fundo imobiliário é composto por diferentes ativos ligados ao mercado de imóveis. Saber quais deles integram os FIIs em que você investe é fundamental para identificar as melhores oportunidades.

Esses ativos podem estar relacionados a diferentes setores dentro desse mercado, como construção civil, gestão de shopping centers ou prédios de escritórios comerciais. Então, é importante estar atento para saber quais deles estão em alta e quais não vivem seus melhores dias.

Analise os custos

Colocar os custos de um investimento na ponta do lápis é um cuidado que você deve tomar antes de se decidir por qualquer aplicação. Caso contrário, seus rendimentos podem ser impactados de forma significativa.

Você já sabe quais são os custos que devem ser avaliados ao considerar os fundos imobiliários. As taxas de administração costumam ser baixas e existem corretoras que não cobram taxa de corretagem. Sem dúvidas, esse é um grande incentivo para quem ainda não começou a fazer esse investimento.

Diversifique a carteira

A diversificação é uma estratégia essencial para mitigar os riscos dos investimentos, especialmente quando operamos em renda variável. Por isso, o melhor a fazer é distribuir os recursos destinados à aplicação em FIIs entre opções com diferentes composições. Assim, eventuais perdas em algum segmento podem ser compensadas pelos ganhos obtidos em outros.

Se os seus recursos estão todos em aplicações de renda fixa, os FIIs podem ser uma ótima maneira de começar a diversificação do seu portfólio. Com as sucessivas quedas no rendimento dos ativos mais conservadores, investir de forma consciente na bolsa pode ser o caminho certo para aumentar seu patrimônio.

Como você pode perceber, o investimento em fundos imobiliários traz uma série de vantagens para quem quer investir no longo prazo. Eles aliam a valorização decorrente do crescimento do mercado imobiliário com a geração de fluxo estável de renda por meio do pagamento de proventos periódicos.

Tudo isso faz dos fundos imobiliários uma excelente alternativa financeira, principalmente para quem está planejando sua aposentadoria. Além deles, existem outras alternativas que podem ajudar aqueles que planejam essa fase tão importante da vida. Que tal continuar conosco e conhecer outras opções de investimento para a aposentadoria?

O post Tudo que você precisa saber sobre fundos imobiliários apareceu primeiro em Blog Magnetis.

Entenda o que é o código do banco e para que ele serve

Ao fazer pagamentos e transferências, você já deve ter visto uma solicitação para informar o código do banco para o qual o dinheiro será enviado. São três números que identificam a instituição financeira responsável pelo recebimento do valor.

Muito embora seja uma informação comum na rotina de operações financeiras, poucas pessoas entendem o que é o código do banco. Também não sabem por que ele existe, qual é sua função e em que situações é preciso ter essa informação.

Neste post, vamos explicar melhor esses temas, além de fornecer uma lista de códigos dos principais bancos brasileiros. Isso vai facilitar a sua vida e agilizar suas operações de pagamento e transferências bancárias. Por isso, continue a leitura!

O que é o código do banco?

O código do banco é um número formado por três dígitos. Cada banco tem o seu, ou seja, é um código único e que não se repete. O do Banco do Brasil, por exemplo, é 001, enquanto o do Bradesco é 237.

Esse número é conhecido como Compe, que é o Código do Sistema de Operações Monetárias e Compensação de Outros Papéis.

O código faz parte de um Sistema de Operações Monetárias Nacional. O órgão processa diariamente a compensação de cheques e outros documentos que circulam entre as várias instituições bancárias que operam no Brasil.

Assim, ao fazer uma transferência ou emitir um cheque, é pelo processamento no Compe que o dinheiro vai para onde você o enviou. Por isso, o código do banco nada mais é do que um número que identifica a instituição, sem deixar margem para erro.

Se você olhar a relação completa de códigos, verá que alguns bancos têm mais de um número. É o caso, por exemplo, do Itaú. Ele aparece sob o nome Itaú Unibanco, com o código 341, e Itaú Unibanco Holding, com o código 652. Isso também ocorre com o Bradesco, que aparece com diferentes denominações e números.

Daí a importância de verificar com cuidado qual é a operação que está sendo realizada e o dado do banco associado à conta do destinatário.

Mas afinal, para que serve esse código? Será que ele realmente é necessário e deve ser informado em todas as operações de transferência? Confira a seguir!

Para que serve esse código?

Basicamente, o código serve para identificar as instituições bancárias em operações de:

  • compensação de cheques;
  • Transferência Eletrônica Disponível (TED);
  • Documento de Ordem de Crédito, popularmente conhecido pela sigla DOC.

Como o cheque é uma forma de pagamento que está caindo em desuso, podemos dizer que o código se destaca principalmente em transferências bancárias.

É verdade que a TED e o DOC são operações parecidas e ambos exigem o fornecimento do número do banco. Mas é importante saber que eles têm algumas particularidades e diferenças entre si.

A primeira dessas diferenças diz respeito ao prazo para a compensação. No caso da TED, se for feito no horário bancário, o dinheiro cairá na conta de destino no mesmo dia.

Vale lembrar que, se a TED for feita após o encerramento das atividades da instituição bancária, o dinheiro só será creditado no dia seguinte. A regra de compensação no mesmo dia só valerá se a transferência ocorrer dentro do horário do banco.

É diferente do que acontece em operações de DOC, nas quais o dinheiro será creditado na conta de destino apenas no dia seguinte. Além disso, se for feito após as 22 horas de uma segunda-feira, por exemplo, poderá ser creditado na conta de destino só na quarta-feira.

Outra diferença entre as operações diz respeito ao limite de dinheiro que pode ser enviado. No caso do DOC, o valor máximo a ser transferido é de R$ 4.999,99. Já a TED permite transferências superiores a R$ 5.000.

Ao fazer uma transferência via TED ou DOC, você precisa ter em mãos as seguintes informações:

  • nome completo do destinatário;
  • CPF ou CNPJ do destinatário;
  • valor a ser transferido;
  • tipo de conta (se é corrente ou poupança);
  • número da agência;
  • número da conta;
  • código do banco do destinatário.

Sem todas as informações acima listadas, não é possível fazer a operação de DOC ou TED, salvo se realizada diretamente no caixa do banco. É por isso que o código do banco é uma informação essencial e imprescindível em transações de TED e DOC.

O que acontece quando o cliente fornece o código errado?

O código do banco deve ser informado a fim de permitir a correta identificação da instituição financeira para onde o dinheiro será transferido.

Em alguns sistemas, como o caixa eletrônico, por exemplo, pode não ser necessário informar esse código. Entretanto, em operações como aquelas realizadas via internet banking, geralmente ele é exigido.

Se você fizer uma transferência e informar o número do banco errado, provavelmente a transferência será devolvida.

Quando você faz uma operação de TED ou DOC, é importante que todos os dados estejam corretos. Afinal, não é feita uma verificação automática acerca da exatidão do nome e do CPF ou CNPJ do destinatário.

No caso de instituições bancárias que têm nomes parecidos, pense no que poderia acontecer se não fosse informado o código do banco. Você correria o risco de ter o pagamento processado para o banco errado.

Informando o número do banco, isso não acontece. Afinal, por mais que os bancos tenham nomes parecidos, os códigos são únicos e não se repetem.

Quando é necessário informar o código do banco?

Esse dado é solicitado quando vamos fazer uma transferência — via DOC ou TED — para outro banco. Assim, se você tem conta no Banco do Brasil, por exemplo, e quer transferir recursos para a Caixa Econômica Federal, deverá informar o código 104.

Desse modo, na hora da compensação, não haverá dúvida sobre o destino do recurso. É importante sempre conferir essa informação, pois, se ela estiver errada, a transferência será rejeitada e o dinheiro voltará para a sua conta.

Quais são os códigos dos principais bancos brasileiros?

Abaixo segue uma lista com os códigos dos principais bancos brasileiros, para não haver dúvidas quando você precisar inserir essa informação em uma transferência:

  • Código da Caixa Econômica Federal: 104;
  • Código da NuConta: 260;
  • Código do Banco AJ Renner: 654;
  • Código do Banco Bonsucesso: 218;
  • Código do Banco Bradesco: 237;
  • Código do Banco BTG Pactual: 208;
  • Código do Banco BVA: 044;
  • Código do Banco Clássico: 241;
  • Código do Banco Cruzeiro do Sul: 229;
  • Código do Banco da Amazônia: 003;
  • Código do Banco Daycoval: 707;
  • Código do Banco de Crédito e Varejo (BCV): 250;
  • Código do Banco de Pernambuco: 024;
  • Código do Banco do Brasil: 001;
  • Código do Banco do Estado do Pará: 037;
  • Código do Banco do Estado do Rio de Janeiro: 029;
  • Código do Banco do Estado do Rio Grande do Sul: 041;
  • Código do Banco do Nordeste do Brasil: 004;
  • Código do Banco Gerdau: 734;
  • Código do Banco Industrial do Brasil: 604;
  • Código do Banco Inter: 077;
  • Código do Banco J. Safra: 074;
  • Código do Banco JBS: 079;
  • Código do Banco Lemon: 065;
  • Código do Banco Luso Brasileiro: 600;
  • Código do Banco Modal: 746;
  • Código do Banco Morgan Stanley: 066;
  • Código do Banco Neon: 735;
  • Código do Banco Original: 212;
  • Código do Banco Rural Mais: 072;
  • Código do Banco Safra: 422;
  • Código do Banco Santander: 033;
  • Código do Banco Simples: 749;
  • Código do Banco Sumitomo Mitsui Brasileiro: 464;
  • Código do Banco Topázio: 082;
  • Código do Banco Triângulo: 634;
  • Código do Banco Votorantim: 655;
  • Código do Banco VR: 610;
  • Código do Banco Western Union do Brasil: 119;
  • Código do C6 Bank: 336;
  • Código do Citibank: 477;
  • Código do Hipercard Banco Múltiplo: 062;
  • Código do Itaú Unibanco: 341.

Não encontrou o banco de que você precisava nessa lista? Saiba que é possível consultar a lista completa de códigos bancários fornecida pelo Banco Central do Brasil.

Ainda, em caso de dúvidas, você pode acessar o site da instituição financeira de destino e verificar a informação diretamente junto ao banco.

Em qualquer operação financeira, é necessário ter uma atenção especial com relação aos dados informados. Por isso, lembre-se de sempre verificar a veracidade das informações e conferir os dados do destinatário em suas operações.

Com informações incorretas, você corre o risco de transferir valores para contas erradas. Também pode perder o prazo de cumprimento de suas obrigações, em razão da devolução de uma TED ou um DOC.

Como você pode ver, o código do banco nada mais é do que um número que identifica a instituição, sem deixar margem para erro.

Para operações de TED e DOC, é essencial ter em mãos o código do banco de destino. Essa informação ajuda a identificar para onde o dinheiro deve ser enviado, minimizando o risco de erros na operação.

Agora você já sabe o que é o código do banco e qual a sua função. Ao fazer uma transferência, não se esqueça de conferir esse número para evitar que ela seja rejeitada e o dinheiro volte para a sua conta. Aproveite para continuar sua leitura e conhecer quais são os principais bancos digitais e quais são os serviços que eles oferecem.

Aplicativo Magnetis

O post Entenda o que é o código do banco e para que ele serve apareceu primeiro em Blog Magnetis.

juros compostos: aprenda como usar a fórmula dos juros corretamente!

Quem nunca ouviu o famoso jargão financeiro: deixe o dinheiro trabalhar por você? Pois saiba que isso somente é possível por meio dos juros compostos. Eles são a ferramenta mais poderosa quando o assunto é finanças.

Os juros compostos permitem verificar quanto rendem vários tipos de investimento. Também é possível saber qual será o valor final de uma dívida, como um empréstimo consignado ou o financiamento da casa ou carro.

Acontece que muitas pessoas têm dúvidas sobre o conceito e nem todo mundo aprendeu a calcular os juros compostos na escola. Por isso, mostraremos neste post o que é e como usar a fórmula corretamente. Confira a seguir!

O que são juros compostos?

Enquanto os juros são a remuneração de um valor que foi emprestado, os juros compostos são uma das formas de calcular essa remuneração.

Todo investimento, na verdade, é um tipo de empréstimo. As pessoas colocam seu dinheiro à disposição de uma instituição financeira por um determinado período. Em troca, recebem o dinheiro de volta com juros.

Dessa maneira, os juros compostos são o que uma aplicação paga para que você mantenha o seu dinheiro investido nela. Também representam o que terá de pagar a cada mês por um empréstimo ou financiamento.

Os juros incidem sobre o valor inicial aplicado e também sobre os juros acumulados ao longo do tempo. Como resultado, a cada mês você ganha mais do que no mês anterior.

Isso porque a principal característica de uma aplicação que rende a juros compostos é acumular juros sobre juros. Assim, quanto maior for o tempo de uma aplicação, maior será o seu rendimento.

É por conta desse mecanismo que quem investe precisa ter paciência e organização como forma de evitar resgates antecipados de uma aplicação. Ao tomar essa decisão, coloca toda a vantagem dos juros compostos a perder.

Imagine, por exemplo, que você tenha feito um investimento de R$ 100 durante 12 meses. A taxa é de cerca de 0,17% ao mês (equivalente à Selic, atualmente em 2% ao ano).

No primeiro mês da sua aplicação, a taxa de juros incidirá sobre os R$ 100. Porém, a partir do segundo, ela renderá sobre esse valor, mais os juros do período anterior. Ao final dos 12 meses, o resultado do seu investimento será R$ 101,91.

Juros compostos e juros simples: qual é a diferença?

Enquanto os juros compostos incidem sobre o valor do capital inicial e dos juros acumulados, os juros simples são calculados apenas sobre o valor inicial. Logo, basta uma multiplicação básica para saber qual será o resultado desse investimento.

A aplicação de R$ 100 do exemplo anterior renderia, em 12 meses, R$ 101,44 a juros simples. A diferença seria de R$ 0,47. Parece pouco, mas, lembre-se de que quanto maior for o tempo, maior é a diferença entre os juros compostos e os juros simples.

Enquanto os juros compostos são comuns em aplicações financeiras, empréstimos e financiamentos, os juros simples são utilizados no atraso de contas. Em cobranças de água e luz, por exemplo, sobre cada dia de atraso são cobrados juros sobre o valor inicial do débito.

Veja as principais diferenças entre juros simples e juros compostos:

  • juros simples: pagos periodicamente ao credor, são iguais ao longo do tempo e reduzidos pelo efeito da inflação;
  • juros compostos: pagos ao credor apenas no vencimento e crescentes tanto em termos reais (com efeito da inflação) quanto nominais.
biblioteca financeira

Quais fatores influenciam o cálculo de juros compostos?

Antes de entender como funciona a fórmula dos juros compostos, vale a pena conhecer os fatores que influenciam no cálculo.

Valor inicial

O montante sobre o qual incidem os juros compostos é o principal valor que influencia no cálculo da fórmula. Quanto maior a cifra inicial, maior será o efeito multiplicador da taxa.

Imagine, por exemplo, que você queira alcançar o objetivo de viver de renda. Quanto mais dinheiro você aplicar inicialmente, mais chances terá de alcançar uma quantia mais alta no futuro.

Mas, se não houver uma maneira de começar com bastante dinheiro, existe outra ferramenta para potencializar o retorno de um investimento. Falaremos sobre ela a seguir.

Investimento adicional

A aplicação adicional é outro fator que influencia no cálculo dos juros compostos. E, considerando o efeito multiplicador dessa taxa, nem é preciso um valor tão alto para notar a diferença.

Faça um teste: use o simulador de investimentos da Magnetis e saiba quanto tempo você vai levar para atingir seu principal objetivo.

Experimente diferentes valores iniciais de aplicação, com e sem investimentos adicionais. Você verá que não é preciso aplicar valores tão altos para obter o retorno que você precisa.

Taxa de juros

A taxa de juros que incide sobre uma aplicação ou dívida determina com qual velocidade o valor vai crescer. Quanto mais alta for essa taxa, maior será o resultado final do cálculo.

É por esse motivo que uma dívida no cartão de crédito acaba se transformando em uma bola de neve. O valor inicial pode ser até pequeno, mas a taxa costuma ser muito alta.

Tempo

O tempo é outro aspecto fundamental no cálculo dos juros compostos. Afinal, quanto maior for o prazo pelo qual o valor sofre o efeito multiplicador, maior será o montante.

Quando se trata de dinheiro, a regra é simples: quanto mais tempo o dinheiro permanecer sob o efeito dos juros compostos, maior será o valor final.

Qual é a fórmula dos juros compostos?

Agora que entendemos o conceito de juros compostos, vamos ver como se faz o cálculo de uma operação que envolve juros sobre juros.

O primeiro passo é entender as variáveis desse cálculo:

  • principal (P): é o valor inicial da operação. Na fórmula para calcular juros simples, essa variável é chamada de capital (C);
  • montante (S): é o valor total da operação, ou seja, valor inicial + juros;
  • taxa (i): é o fator que será usado para multiplicar o capital. Na fórmula, é representado pela letra i, que vem da expressão em inglês interest rate, isto é, a taxa de juros;
  • tempo (n): é o período pelo qual a taxa incidirá sobre o valor inicial. Na fórmula dos juros simples, é representado pela letra t.

Assim, a fórmula dos juros compostos é a seguinte:

S = P (1 + i)n

Essa fórmula pode ser aplicada tanto em investimentos quanto em dívidas. Aqui, vamos nos concentrar em aplicações financeiras para explorar as vantagens dessa ferramenta.

Vale lembrar também que esse cálculo é utilizado em operações a taxas de juros constantes. As aplicações financeiras que têm essa característica são os investimentos de renda fixa.

Calculadora de juros compostos: passo a passo para usar a calculadora HP

Para calcular os juros compostos, vamos usar a calculadora HP, que está disponível online. Para isso, usaremos a seguinte fórmula:

FV = PV × (1 + i)n

As variáveis cumprem a mesma função da fórmula original dos juros compostos, sendo que:

  • FV: valor futuro (do inglês, future value);
  • PV: valor presente (do inglês, present value);
  • i: taxa de juros (do inglês, interest rate);
  • n: tempo da aplicação (como se trata de um valor exponencial, ele é expresso com a letra n).

Para executar o cálculo, vamos pensar em um exemplo. Suponha que você aplicou R$ 1 mil a uma taxa de 5% ao ano e queira descobrir quanto terá em 5 anos. Então, teremos:

FV = 1.000 × (1 + 0,05)5

FV = R$ 1.276,28

Vale lembrar que a taxa informada em percentual precisa ser dividida por 100 a fim de que o cálculo fique correto.

Usar essa fórmula ao calcular os juros compostos é mais fácil quando se utiliza uma calculadora financeira. No entanto, você consegue fazer essa conta até mesmo na calculadora do seu celular.

Vamos conferir:

  • divida a taxa por 100 (no nosso exemplo, 5 ÷ 100);
  • some 1 (1 + 0,05);
  • multiplique pelo valor inicial (1 mil × 1,05).

Agora, passe para a etapa de potencialização utilizando o prazo, que, no nosso exemplo, é de 5 anos:

  • FV = 1.000 × (1 + 0,05) = 1.050;
  • FV = 1.050 × (1 + 0,05) = 1.102,50;
  • FV = 1.102,50 × (1 + 0,05) = 1.157,62;
  • FV = 1.157,62 × (1 + 0,05) = 1.215,50;
  • FV = 1.215,50 × (1 + 0,05) = 1.276,28.

FV = R$ 1.276,28

Para fazer isso na calculadora HP12C, basta clicar uma vez na tecla de multiplicação (que corresponderá a um ano). Em seguida, quatro vezes na tecla de igualdade. O resultado obtido nessa operação terá o mesmo valor que mostramos anteriormente.

Achou confuso? Você não precisa decorar a fórmula. Existem diversas maneiras de realizar o cálculo online. Uma delas é utilizar a calculadora no site do Banco Central.

A plataforma do Tesouro Direto também permite simular a rentabilidade dos títulos públicos.

Tesouro Direto: como investir?

Como os juros compostos interferem nas aplicações financeiras?

Os juros compostos podem transformar uma dívida em algo impagável. Porém, no caso de um investimento, fazem o dinheiro trabalhar para você. Isso acontece quando o valor recebido com os juros em uma aplicação supera o valor dos aportes realizados.

Os juros compostos incidem sobre a rentabilidade de todas as aplicações de renda fixa, como CDBs, LCIs, LCAs e o Tesouro Direto. Ou seja, enquanto o dinheiro está aplicado, ele rende juros sobre juros.

Vamos imaginar que você tenha R$ 1 mil para investir em uma aplicação que rende 5% ao ano. No ano que vem, o valor aplicado e os rendimentos vão somar R$ 1.049,93.

No próximo, eles serão de R$ 1.102,32, pois os 5% serão calculados sobre os R$ 1.049,93, e não mais sobre os R$ 1 mil iniciais. No terceiro ano, a sua aplicação vai valer R$ 1.157,31, pois os juros serão calculados sobre os R$ 1.102,32, e assim por diante.

Em dez anos, essa aplicação chegará a aproximadamente R$ 1.627,87. Ou seja, seu valor vai aumentar cerca de 60%. Naturalmente, esse cálculo não desconta o Imposto de Renda que incide na aplicação ou eventuais taxas, que reduzem o rendimento obtido.

Você vai perceber que para se chegar a esse resultado não foi necessário nenhum esforço adicional. Bastou aplicar o dinheiro e deixar os juros compostos fazerem o seu trabalho.

Se uma quantia pequena pode aumentar 60% sob o poder dessa taxa, imagine valores maiores. E o potencial é muito maior caso você faça uma aplicação adicional todo mês.

É possível, além de realizar um investimento adicional, reinvestir os rendimentos de uma aplicação. Dessa forma, o efeito dos juros compostos é potencializado ao longo do tempo.

Apesar de investimentos de renda variável (como ações) não pagarem juros diretamente a quem investe, também dá para aproveitar a vantagem dos juros compostos. Basta reinvestir os dividendos distribuídos pelo papel periodicamente.

Como calcular a rentabilidade dos investimentos?

Agora que você já sabe como calcular os juros compostos, é hora de aprender a medir a rentabilidade das aplicações financeiras. Desse jeito, será possível comparar os rendimentos com os índices que são referências do mercado, como o CDI.

Saber a rentabilidade de uma aplicação consiste em incluir no cálculo os impostos, as taxas cobradas pelas instituições financeiras e a inflação. Veja as principais formas de calcular a rentabilidade de um investimento!

Rentabilidade

Para calcular a rentabilidade de um investimento, é necessário usar a seguinte fórmula:

rendimentos (descontados impostos e inflação) × 100 ÷ valor investido

Vamos considerar um investimento de R$ 1 mil. Ele tem um rendimento nominal (sem descontar a inflação) de R$ 100. Sobre ele incide a alíquota de 17,5% do IR e nenhuma taxa adicional. Então, temos:

(100 – 16,5 de 100) × 100 ÷ 1.000 = 83,5 × 100 ÷ 1.000 = 8,35%

Portanto, a rentabilidade da aplicação nessa situação hipotética é de 8,35%.

Rentabilidade real

Toda aplicação tem uma rentabilidade real e uma rentabilidade nominal. A rentabilidade real nada mais é do que o rendimento com a taxa de inflação descontada em um determinado período.

Para calcular a rentabilidade real de uma aplicação, basta seguir a fórmula abaixo:

(1 + rentabilidade nominal) ÷ (1 + inflação) – 1

Considerando que um investimento rendeu 5% ao ano e a inflação no ano foi equivalente a 3%:

  • (1 + 0,05) ÷ (1+ 0,03) – 1;
  • 1,05 ÷ 1,03 – 1;
  • 0,019 = 1,9%.

Aqui, a rentabilidade real será equivalente a 1,9%.

Rentabilidade média anual

Se você tem dinheiro aplicado em um investimento no qual a rentabilidade oscilou durante três anos, como é possível calcular a média anual?

É só utilizar novamente a fórmula dos juros compostos. Considere um investimento que rendeu 10% no primeiro ano, que perdeu 13% no segundo e que registrou rentabilidade de 17% no terceiro ano:

(1+0,05) × (1 – 0,08) × (1+ 0,08)^(1/3 meses) = 1.038

Depois, basta converter o resultado para porcentagem:

(1.038 – 1) × 100 = 3,8% ao ano

Ou seja, a rentabilidade média anual do investimento é de 3,8%.

Rentabilidade mensal

Os investimentos de renda variável, como as ações, podem oscilar muito em apenas um mês. Então, como calcular a rentabilidade mensal do investimento?

Vamos dividir o valor final da ação no fim do mês pelo valor no início do mês e multiplicar por 100. Por fim, basta subtrair 100. Considere a seguinte fórmula:

(preço atual ÷ preço anterior) × 100 – 100

Por exemplo, se um papel iniciou o mês negociado a R$ 8 e encerrou o mês cotado a R$ 10:

(10 ÷ 8) × 100 – 100 = 25%

Portanto, a rentabilidade da ação no mês foi equivalente a 25%.

Qual é a importância de avaliar a rentabilidade para inserir investimentos na carteira?

Em um cenário de taxa de juros na mínima histórica, é importante saber calcular e comparar a rentabilidade dos investimentos. Isso porque, agora, cada percentual a mais de rendimento conta. Logo, entender esse cálculo pode ser a diferença entre um portfólio que rende pouco e outro de sucesso.

E não há desculpa! Atualmente, todas as corretoras oferecem ferramentas para comparar a rentabilidade das aplicações. As plataformas também permitem simular os efeitos dos juros compostos em seu patrimônio futuro.

É possível ter um portfólio diversificado mesmo com um perfil conservador. A diferença vai estar no percentual de risco adicionado à carteira, que será menor do que o de um portfólio mais moderado, por exemplo. Dessa forma, dá para aproveitar ao máximo o efeito dos juros compostos sem arriscar a perda do seu patrimônio.

Agora você já tirou as suas dúvidas sobre o que são os juros compostos e como usar a fórmula corretamente. Mas ainda precisa de ajuda para escolher as aplicações certas? Que tal simular alguns investimentos? Encontre as melhores alternativas de acordo com o seu perfil de risco e necessidades!

O post juros compostos: aprenda como usar a fórmula dos juros corretamente! apareceu primeiro em Blog Magnetis.