Existem diversas empresas no mercado acionário. Na busca pelas melhores oportunidades, você pode se deparar com as small caps. Essas companhias de baixa capitalização podem ser promissoras, e a melhor forma de equilibrar seus retornos e riscos é diversificando aplicações. O SMAC11 é uma maneira de garantir essa variedade.
Abaixo, em mais detalhes, explicaremos o que são as small caps. Também mostraremos as principais características do fundo SMAC11, incluindo vantagens e desvantagens. Por fim, elencaremos as diferenças entre os fundos SMAC11 e SMAL11.
O que é SMAC11?
Antes de falarmos sobre o SMAC11, é preciso saber que as small caps são empresas negociadas na bolsa e com baixa capitalização. O valor de mercado médio delas fica entre 300 mil dólares e 2 bilhões de dólares. A cifra representa o preço de cada ação multiplicado pelo número de papéis comercializados.
Apesar do nome, muitas empresas brasileiras conhecidas são small caps. BR Malls, Camil, CVC, Fleury e Movida são alguns exemplos. Um dos diferenciais delas é o potencial de valorização maior do que o de companhias que já estão maduras, chamadas de blue chips.
Existem duas formas de aplicar seus recursos em small caps: comprar individualmente suas ações ou terceirizar essa gestão para um fundo. O SMAC11 faz parte da segunda opção, por ser um Exchange Traded Fund (ETF).
Os ETFs são fundos de investimento que acompanham índices e têm suas cotas negociadas em pregões, como se fossem uma ação. Os gestores desses fundos mudam suas composições para que elas sejam similares às dos indicadores acompanhados.
Quais são as suas principais características?
Criado neste ano pelo Itaú, o SMAC11 replica uma carteira teórica do Índice de Small Caps da B3, mais conhecida pela sigla SMLL. Mostraremos as principais características do SMLL a seguir.
Ativos
Além de terem uma baixa capitalização, as empresas precisam cumprir mais alguns requisitos para fazer parte do SMLL (e do SMAC11). As ações devem representar, juntas, até 15% da capitalização de todas as companhias abertas na B3.
Os papéis também devem fazer parte dos 99% mais negociados nos pregões. Ainda, não podem ser consideradas penny stocks, com cotação abaixo de R$ 1. Por fim, as empresas donas das ações não podem estar em processo de recuperação judicial.
Custos
Mesmo acompanhando o SMLL, a rentabilidade do SMAC11 pode oscilar em relação ao índice. Isso, porque os ETFs combinam tributações comuns aos fundos e às ações. Existe a taxa de administração, cobrada por todos os fundos de investimentos.
Mas, como nas ações, os ETFs pedem o pagamento da taxa de corretagem à corretora e de taxas de negociação conhecidas como emolumentos à B3. Os ETFs também sofrem incidência de 15% sobre os ganhos, por conta do Imposto de Renda.
Liquidez
Um ponto de atenção nas small caps é sua falta de liquidez. Isso quer dizer que há certa dificuldade de compra e venda dos papéis.
Essas empresas de baixa capitalização são menos negociadas do que companhias mais amadurecidas, dificultando achar compradores dispostos a pagar o preço esperado na hora certa. Por isso, as small caps são indicadas para quem pensa em deixar o dinheiro aplicado no longo prazo.
Quais são as vantagens?
Aplicar seus recursos no SMAC11, em vez de comprar small caps de maneira individual, pode apresentar alguns benefícios. A seguir, elencamos os três principais ganhos com essa estratégia.
Setores e diversificação
As small caps atuam em diversos setores, como construção civil, consumo, energia elétrica e saúde. A diversificação de segmentos garantida pelo SMAC11 faz com que sua carteira não esteja exposta aos maus resultados de alguma atividade específica.
Praticidade
Aplicar recursos em qualquer ETF é uma forma de montar uma cesta de ativos diversificada sem precisar comprar individualmente as ações que compõem um índice.
No caso do SMAC11, por exemplo, você não precisa adquirir os papéis de todas as small caps que participam do SMLL. Basta comprar uma cota do SMAC11, como você faria com uma ação.
Também não é preciso rebalancear constantemente o peso que cada uma das companhias terá na sua carteira. Os gestores do ETF cuidam da atualização dos percentuais para que ele continue replicando fielmente o índice acompanhado.
Ganhos
O SMAC11 aplica em empresas de menor capitalização, mas com potencial de valorização maior do que o das organizações maduras. Você, provavelmente, verá saltos percentuais mais significativos do que os de um ETF que acompanha o Ibovespa, por exemplo.
Esse índice, que reúne as companhias com maior negociação na bolsa brasileira, teve uma rentabilidade de 31,58% em 2019. No mesmo período, o SMLL valorizou 58,20%. Lembre que rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura, porém.
Quais são as desvantagens?
Também existem desvantagens em aplicar no SMAC11, em comparação com comprar small caps por conta própria ou com ETFs que olham para empresas maduras. Confira três contras de aportar seus recursos no SMAC11.
Gestão passiva
Como vimos, uma das vantagens de ETFs é ter gestores que cuidam da compra de ações segundo um índice a ser espelhado. Mas, para quem busca ter uma participação mais ativa na escolha de suas aplicações financeiras, a gestão passiva pode ser uma desvantagem.
Você não terá poder de decisão sobre quais small caps comporão sua carteira e em qual porcentagem. O SMAC11 acompanha a proporção ditada pelo SMLL, sem avaliar os fundamentos das empresas listadas.
Taxa de administração
Como também já comentamos, existe uma diferença tributária entre ter cotas do SMAC11 e adquirir ações que compõem o SMLL. O SMAC11 é um fundo e cobrará uma taxa de administração anual em troca de sua gestão, ainda que passiva.
Volatilidade
Companhias com menos tempo de mercado ou baixa capitalização têm maior probabilidade de flutuação percentual nos ganhos.
A falta de liquidez das small caps também faz com que alguns vendam os papéis por um preço abaixo do sugerido. Portanto, essas empresas veem mais volatilidade em suas cotações do que as blue chips, ainda que você invista em ETFs nos dois casos.
Quais são as diferenças e semelhanças entre SMAC11 e SMAL11?
O SMAC11 não é o único Exchange Traded Fund que replica o índice de small caps da B3. Veremos uma comparação com o SMAL11, ETF oferecido pela gestora americana BlackRock desde 2008.
Taxa de administração
O SMAC11 surgiu cobrando uma taxa de administração de 0,5% ao ano. O SMAL11 pede a mesma taxa em troca de sua gestão.
Aluguel
O fundo criado pelo Itaú é mais vantajoso para os que veem o aluguel de ações como uma possibilidade de maximizar ganhos. O SMAC11 permite que até 50% do fundo seja usado para o aluguel de papéis. Já o SMAL11 tem, no máximo, 30% do portfólio destinado a esse tipo de operação.
O SMAC11 é uma maneira simples de diversificar aplicações na classe de small caps e aproveitar o potencial de crescimento dessas companhias de baixa capitalização. Porém, é preciso ficar de olho na liquidez das small caps e nas taxas cobradas por qualquer ETF. Agora que você já sabe tudo sobre o SMAC11, conheça o fundo de empresas americanas IVVB11.
O post Será que realmente vale a pena investir no SMAC11? Veja aqui! apareceu primeiro em Blog Magnetis.