Quem lida com o mercado nacional de ações provavelmente já ouviu falar na sigla CBLC. Porém, além de conhecer a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia, é preciso saber como ela funciona.
Essa instituição trabalha com sistemas modernos e que garantem a segurança das transações feitas por quem compra e vende ações na bolsa de valores. Por isso a entidade é tão importante, de modo que é fundamental conhecer as suas especificações para tirar o melhor proveito do sistema.
Preparamos este post para ajudar você a entender melhor como a CBLC funciona, quais são suas especificações e os benefícios que ela oferece aos clientes. Vamos esclarecer essas e outras dúvidas a fim de contribuir para a garantia dos bons rendimentos de suas finanças. Por isso, continue a leitura!
O que é a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia?
A Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia é a instituição que garante a segurança das transações efetuadas entre vendedores e compradores na bolsa de valores. Ela é responsável por liquidar, custodiar e assegurar todas as negociações operacionais de ativos nesse ambiente.
Em outras palavras, sempre que uma pessoa que deseja investir compra ações na bolsa de valores, os títulos ficam sob a responsabilidade da CBLC. Assim, caso a corretora de valores decrete falência ou haja qualquer outra complicação, os investimentos poderão ser recuperados sem nenhum prejuízo para o cliente.
A CBLC foi criada em 1997 como uma empresa independente e com a finalidade de ajudar a melhorar a estrutura do mercado financeiro brasileiro. Hoje, porém, a instituição é uma entidade autorregulada e supervisionada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), com gestão da B3.
Vale dizer que em 2008 o órgão passou por algumas mudanças e, atualmente, leva o nome de Câmara de Ações e Renda Fixa Privada. Algumas pessoas também costumam chamar a instituição de Central Depositária. De qualquer forma, a sigla CBLC continua sendo a mais usada.
Quais são as funções da CBLC?
Mesmo lidando com a segurança das transações de todos os tipos de ações na Bolsa de Valores, a CBLC apresenta algumas funções principais.Entre elas, podemos destacar:
- compensação e registro de operações;
- quitação de transferências de recursos entre pessoas que investem;
- custódia e guarda dos ativos, como títulos públicos e privados, ações, entre outras possibilidades;
- administração de riscos, tanto operacionais quanto financeiros;
- Serviço de Custódia Fungível por meio do Banco de Títulos CBLC — BTC.
Vale ressaltar que os serviços são prestados com base em práticas realizadas no exterior. Mas eles oferecem alta flexibilidade para atender às Small Caps do mercado brasileiro.
Em termos práticos, o sistema da CBLC oferece informações em tempo real sobre esses serviços, o que garante agilidade e segurança aos processos de corretagem.
Além disso, o sistema funciona com sua base de informações completa, não necessitando de confirmações extras de terceiros, como corretoras, por exemplo. Ele atua de forma invisível, ou seja, controla riscos operacionais e financeiros e desempenha suas demais funções sem precisar da intervenção de quem investe.
A CBLC também oferece segurança quando um short selling é feito com títulos emprestados de terceiros. Isso ocorre por meio do Banco de Títulos, onde quem aplica pode disponibilizar suas ações para empréstimo em troca de uma garantia.
Como a CBLC beneficia quem investe?
A CBLC desempenha um papel fundamental em garantir a segurança das transações realizadas na bolsa de valores. De certa forma, essa segurança vale até para o Tesouro Direto, pois a instituição visa assegurar o dinheiro investido pelos clientes em renda fixa.
A CBLC é bastante confiável. Atualmente, ela cuida de aproximadamente 6 trilhões de títulos e ações dos mais variados tipos e de diversas empresas. O órgão também é responsável por liquidar cerca de 95% das transações negociadas dentro da bolsa de valores do mercado brasileiro.
De qualquer forma, a garantia para quem investe é de que seus rendimentos estão protegidos e que suas transações também são feitas em segurança. Mesmo que eventuais problemas aconteçam, o cliente não sofre nenhum tipo de dano.
Quem controla a CBLC?
Desde 2008, com a fusão entre a Bovespa e a BM&F, sua administração foi transferida para a bolsa de valores.A bolsa, por sua vez, faz essa administração em parceria com mais três câmaras de liquidação no mercado.
É importante lembrar também que a instituição é uma organização autorregulada e supervisionada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), gerida diretamente pela B3.
Como funciona a taxa de custódia da CBLC?
Quando uma pessoa faz uma compra de títulos na bolsa de valores, obrigatoriamente deve pagar a taxa de custódia da CBLC. Essa taxa funciona como uma cobertura dos custos da própria CBLC relativos à guarda dos títulos e à disponibilização de informações das operações.
De todo modo, a taxa de custódia da CBLC é uma tarifa cobrada para que a entidade mantenha os investimentos seguros. Essa proteção garante que, mesmo no caso de imprevistos, como a falência da corretora, por exemplo, o cliente não sofrerá prejuízo.
O valor da taxa de custódia varia de acordo com cada título. Se uma pessoa investe no Tesouro Direto, por exemplo, o valor anual cobrado é de 0,30% sobre o montante. No caso de outros títulos privados, a cobrança ocorre de maneira progressiva e é feita pelas próprias corretoras.
Em geral, as cobranças são fixas de acordo com cada operação. Há também a possibilidade de pagamento de valores mensais, ou ainda corretoras que isentam o cliente da taxa de custódia. Ela também pode ser antecipada quando a pessoa fizer o resgate antes ou no dia do vencimento do título.
É fundamental que o cliente esteja atento quanto às tarifas cobradas não só no caso da taxa de custódia. Afinal, a variedade de cobranças, bem como seus valores, podem gerar impactos no seu investimento. Desse modo, quanto mais informação, maior o controle sobre os resultados.
Agora que você já sabe exatamente o que é e como funciona a CBLC, faça uma análise do seu investimento e descubra como seu dinheiro pode render mais!
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