Você sabe o que é CDS? Trata-se do Credit Default Swap, um contrato ou derivativo de crédito bastante utilizado no mercado financeiro. O conceito é simples: o CDS permite fazer uma troca (swap) com outra pessoa disposta a compensar os riscos de crédito de certos investimentos.
E como o CDS funciona, na prática? Como é realizado o swap entre as partes? Quais são os benefícios dessa prática? Acompanhe a leitura!
O que é CDS?
O CDS é um derivativo que permite a troca ou compensação do risco de crédito com outra pessoa ou empresa. Por exemplo: caso um credor esteja preocupado com a inadimplência de um empréstimo, pode optar pelo CDS para compensar ou trocar esse risco. Um swap de inadimplência é a forma mais comum de derivativo, podendo envolver títulos municipais, títulos lastreados em hipotecas e títulos corporativos, entre outras opções.
Esse tipo de swap foi criado no final dos anos 90 para servir de proteção contra inadimplência em investimentos seguros. Os pagamentos mensais de prêmios tornaram esses swaps uma fonte constante de fluxo de caixa extra para os emissores. Como resultado, eles se tornaram cada vez mais populares entre os grandes bancos.
Qualquer pessoa confiante na saúde financeira de uma empresa pode comprar swaps de vendedores e obter prêmios de compradores. Em contrapartida, quem duvida de uma empresa pode comprar swaps de compradores, efetuar pagamentos de prêmios sobre os swaps e descontá-los se a empresa falir. É como especuladores comprando e vendendo apólices de seguro.
Hoje, o CDS apresenta mais funções e tornou-se um dos principais indicadores de risco de crédito.
Como funciona o Credit Default Swap?
O CDS envolve a transferência do risco de crédito de títulos municipais, de mercados emergentes, lastreados em hipotecas ou dívidas corporativas. É parecido com a apólice de seguro: fornece a possíveis compradores proteção contra inadimplência, rebaixamento da classificação de crédito ou outros tipos de eventos negativos.
O CDS é, portanto, um contrato bilateral negociado em particular. Por exemplo: uma parte A, geralmente conhecida como comprador da proteção, paga uma taxa ou prêmio à parte B, chamada de vendedor da proteção. Consequentemente, o comprador do CDS faz uma série de pagamentos ao vendedor. Em retorno, se o ativo for inadimplente, pode esperar receber um pagamento. Essa transação é conhecida como evento de crédito.
Em resumo, quem opta pelo CDS obterá proteção ou lucro, dependendo do objetivo da transação. O comprador deve entregar em dinheiro o valor dos títulos referenciados ou dos títulos reais ao vendedor da proteção. Entretanto, nesse tipo de negociação, existem termos contratuais que devem ser considerados por ambas as partes.
O CDS pode ser encarado como um swap que diminui riscos. Mas, em casos de falência, quem vende o contrato pode não cumprir com as obrigações previstas. Portanto, o derivativo de crédito nem sempre é uma opção vantajosa aos iniciantes na área de finanças.
Como ele se tornou um indicador?
Esse derivativo se tornou um indicador porque confere preços aos títulos de crédito. Dessa maneira, é possível verificar se os investimentos internacionais apresentam fatores de risco. Os CDSs também podem ser utilizados para checar se um país apresenta alguma ameaça ao mercado financeiro. Logo, funcionam como medidor do risco-país.
Vale ressaltar que cada país oferece um risco diferente. Os Estados Unidos, por exemplo, apresentam o menor índice de todos, alcançando o posto de um dos mercados mais seguros do mundo.
Quais são as vantagens de um CDS?
Agora que você já sabe o que é CDS, listamos as principais vantagens desse contrato. Veja:
- os pagamentos periódicos são menores;
- o prazo para a vigência dos contratos é de 1 a 10 anos, com a maior parte da liquidez concentrada em um período de 5 anos;
- são investimentos em títulos de emissores de outro país, sem que haja preocupação com risco cambial;
- o CDS tem maior liquidez, tornando-se uma opção de investimento convidativa;
- os derivativos de crédito podem ser usados para medir o desempenho do spread no mercado à vista e o sentimento do mercado no curto prazo;
- podem ser usados para proteger o risco de crédito de ativos no balanço patrimonial;
- um swap de inadimplência de crédito protege os detentores de títulos e os credores contra o risco de inadimplência do mutuário;
- fornecem um fluxo constante de pagamentos com pouco risco de queda.
Após pontuar as principais vantagens de um CDS, agora vamos entender um pouco mais sobre os tipos de negociação desses derivativos de crédito.
Como os CDSs são negociados?
Geralmente, os CDSs são negociados e documentados por meio de contratos publicados pela Associação Internacional de Swaps e Derivativos (ISDA). Os contratos da ISDA fornecem termos e disposições contratuais consistentes, que podem variar para atender às necessidades das partes.
A maioria dos CDSs exigirá um pagamento de prêmio contínuo para manter o contrato, que funciona como uma apólice de seguro. Inclusive, aqueles que compram um CDS podem negociar dentro e fora de seus contratos — algo que não é possível no mercado de seguros.
Então, em negociações de CDS, o comprador do swap efetua pagamentos ao vendedor até a data de vencimento do contrato. Em compensação, o vendedor concorda que pagará o valor da garantia ao comprador. Ele paga também os juros que seriam quitados entre esse período e a data de vencimento do título.
Os CDSs são importantes porque protegem os detentores de títulos e os credores contra riscos de inadimplência. Nesse sentido, é importante que a contraparte seguradora avalie completamente o recurso de risco, para garantir que esteja recebendo uma compensação justa.
O mercado de swaps de crédito está em constante expansão. Embora seja menor do que o mercado de derivativos de taxa de juros, tornou-se uma ferramenta interessante para quem deseja garantir mais proteção em investimentos. Os Credit Default Swaps são alternativas para aqueles que desejam entender os diferentes títulos de crédito, para além dos papéis negociados na bolsa de valores.
Agora que você já sabe o que é Credit Default Swap e suas formas de negociação. Que tal então conhecer o serviço financeiro que cresce cada vez mais no Brasil? Baixe gratuitamente o nosso Guia de Consultoria de Investimentos e aprenda como aplicar seu dinheiro da maneira certa.
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