SÃO PAULO – Dados do Escritório Nacional de Estatísticas da China divulgados na madrugada de hoje (noite de ontem na Ásia) mostram que a economia chinesa começa a se recuperar da crise provocada pela pandemia de coronavírus.
O índice dos gestores de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria ficou em 52 pontos em março, após ter afundado a 37,5 pontos em fevereiro. Analistas consultados pela Reuters esperavam que o PMI oficial chegasse a 45, depois de uma baixa recorde de 35,7 no mês anterior.
O índice PMI composto, formado por indústria mais serviços, foi de 52.3 pontos. Em fevereiro, o indicador estava em 29,6 pontos.
Os dados positivos levaram as bolsas de valores da Europa a abrir em alta nesta terça-feira e trouxeram algum alívio aos preços do petróleo.
Por volta das 6h40, o índice Dax, da Bolsa alemã, subia 2,5%, enquanto o FTSE, do Reino Unido, ganhava 1,9%. O contrato futuro do petróleo WTI tinha alta de quase 6% (US$ 21,27 o barril). Já o petróleo Brent avançava 2,6% (US$ 23,54 o barril).
Os futuros de Nova York estão subindo em torno de 1% na manhã de hoje.
O avanço das bolsas da Ásia foi pequeno nesta terça-feira. Em Xangai, a alta foi de 0,1%. O índice Nikkei-225, de Tóquio, fechou em queda de 0,9%.
A explicação é que a China agora teme uma segunda onda da epidemia e pode sentir novos impactos da crise, já que a doença está derrubando a demanda por seus produtos no resto do mundo.
O avanço da epidemia no mundo também impede um maior otimismo. A Universidade Johns Hopkins, de Baltimore (EUA), informa na manhã de hoje que o número de pessoas infectadas pelo coronavírus subiu a 787 mil casos, com os Estados Unidos em primeiro lugar (164 mil casos), seguidos por Itália (101 mil), Espanha (87,9 mil) e China (82,2 mil). O número de mortos pela doença está em 37.829.
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