quarta-feira, 8 de julho de 2020

Como começar a investir em 8 passos

Você já tentou aprender algo novo? Pode ser um idioma, tocar um instrumento ou mesmo dirigir. No início, não sabemos direito o que fazer, erramos e nos atrapalhamos. O caminho para o sucesso, no entanto, não é nenhum segredo: estudo e persistência. Se você quer saber como começar a investir, a lógica é exatamente a mesma!

Aprender a investir é muito importante. Afinal, são suas aplicações que vão permitir que você tenha recurso necessário para enfrentar imprevistos, tirar um plano do papel e ter uma aposentadoria tranquila.

Pensando nisso, elaboramos este guia bem prático. O objetivo é ajudar você a entender como começar a investir e alcançar os objetivos que traçou para a sua vida. Veja quais passos seguir!

1. Faça um planejamento financeiro

Você já deve ter ouvido uma máxima que diz que o que não pode ser medido não pode ser gerenciado. Em certas áreas da vida, isso é bem óbvio.

Se alguém vai ao médico, não chega e pede o melhor remédio que ele tem. Na verdade, a pessoa explica o que está sentindo, é examinada, faz exames e, só então, o especialista fecha um diagnóstico e prescreve um tratamento.

A mesma coisa vale para quem vai reformar um imóvel. O arquiteto vai estudar a planta, a metragem, o estado geral da construção, suas necessidades e desejos e, a partir daí, propor um projeto.

Desses exemplos podemos tirar duas conclusões. A primeira é que precisamos ter um bom conhecimento da situação atual, com um mapeamento detalhado sobre o que vamos trabalhar. O segundo aprendizado é que o ideal para uma pessoa pode não ser o melhor para outra.

Por isso, conheça bem sua situação financeira: anote todas as suas receitas e despesas com atenção. Temos a tendência de deixar de fora pequenos gastos que não parecem relevantes, mas que, somados, fazem muita diferença. Se você usa aplicativo de transporte para ir trabalhar todos os dias e gasta R$ 8 em cada corrida, são R$ 352 por mês. Na ponta do lápis não é tão pouco assim, concorda?

Nesse sentido, seja uma pessoa honesta consigo mesma. Se precisar, gaste algum tempo observando cada gasto e conta, de modo que o orçamento fique mais realista. Como muita gente tem dificuldade em contabilizar pequenas compras, como aquele chiclete ou o cafezinho, uma dica é separar um valor semanal e ater-se a isso.

Feito o levantamento, analise o que pode ser eliminado ou reduzido. Não tenha medo de cortar aquele gasto que não produz um grande benefício para você. Ter um dinheiro para investir vai trazer vantagens muito maiores!

2. Destine parte do que ganha aos investimentos

Muita gente acha que dinheiro para investir é o que sobra no fim do mês. O problema é que dificilmente sobra, não é? Se existe um valor restando na conta, a pessoa aproveita para comprar alguma coisinha que estava querendo. Ou quem sabe para jantar fora com a família ou trocar um aparelho doméstico que já está velho. 

É a mesma coisa que tentar criar o hábito de se exercitar, mas ir à academia só quando dá tempo. A temporada nova da série, o barzinho com os amigos ou o cansaço do fim do dia sempre vão sobrepor o treino.

Então, para dar certo tem que haver comprometimento. Você precisa separar uma quantia determinada da sua renda para investir. O percentual vai depender da sua condição e do planejamento mencionado no tópico anterior. 

O importante é que você se comprometa: quando receber seu pagamento, já separe o valor e invista imediatamente. Não importa que seja pouco, com R$ 30 ou R$ 50 por mês já dá para começar.

análise de investimentos

3. Defina metas de curto, médio e longo prazo

Não adianta ter apenas um objetivo solto ou investir sem um propósito bem delineado. Portanto, vale a pena atentar para três motivos principais pelos quais investimos. Veja a seguir!

Curto prazo — reserva de emergência

O primeiro deles é ter uma reserva de emergência para imprevistos. Em momentos de crise, como a pandemia do novo coronavírus, muita gente perdeu parte ou toda sua renda. 

Essa atitude, no caso, torna-se uma espécie de margem de garantia. Afinal, quem tem uma boa reserva consegue atravessar esses períodos de forma bem menos traumática. Não tem necessidade de cancelar o plano de saúde ou interromper os estudos.

Já quem que não guarda nada do que ganha corre sérios riscos. E essa prática não vale apenas para um momento tão atípico como uma crise mundial. Há questões que, infelizmente, são relativamente comuns ao longo da vida. Pode ser uma doença que exija tratamento ou medicamentos caros ou um período de desemprego, por exemplo.

A ideia é ter algo em torno de três a seis vezes a sua renda mensal. Quanto mais compromissos financeiros você tem, maior deve ser o valor reservado.

Longo prazo — aposentadoria

A segunda razão para investir é a aposentadoria, uma meta de longo prazo. O valor pago pela Previdência Social é baixo e muitas vezes insuficiente para garantir uma vida digna. Além disso, o país já passou por algumas reformas que tornaram as regras ainda mais rígidas.

A população também está vivendo cada vez mais. Segundo dados do IBGE, a expectativa de vida do brasileiro atualmente é de 76 anos. Mas é bem comum que as pessoas vivam 80 ou 90 anos. 

Isso quer dizer que, se você parar de trabalhar aos 65 anos, vai precisar de dinheiro para viver mais uns 20 ou até 30 anos. Construir um patrimônio que garanta renda por um período tão prolongado exige disciplina e planejamento — então, quanto mais cedo começar, melhor.

Médio prazo — seus objetivos de vida

Agora, vamos falar das metas de médio prazo. Elas variam de pessoa para pessoa. Pode ser fazer uma viagem para o exterior, pagar uma pós ou comprar um carro, por exemplo.

Separar os valores por prazo ou objetivo vai facilitar sua vida na hora de decidir como investir o dinheiro. Isso porque as aplicações mais indicadas para metas de curto prazo não são as mesmas daquelas recomendadas para o longo prazo.

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4. Descubra qual é o seu perfil de investidor

Aqui, podemos usar de novo a comparação com o médico e com o arquiteto. As pessoas são diferentes umas das outras, com características, necessidades e perfis psicológicos próprios. Quando aplicamos isso ao mundo dos investimentos, estamos falando principalmente da forma como lidamos com o risco.

Existem pessoas para quem isso não é um problema. Elas consideram que, para ter a possibilidade de ganhar mais no longo prazo, é preciso aceitar perdas no curto prazo. Já outras não querem ver sua carteira no negativo nunca e, quando isso ocorre, sentem desconforto e até mesmo pânico.

Além do aspecto emocional, ou seja, da tolerância ao risco, o perfil também deve levar em consideração a capacidade de tomar risco. Alguém pode se sentir absolutamente tranquilo com as oscilações do mercado, mas tem muitos compromissos financeiros e uma reserva de emergência baixa. Então, então, nesse momento, deve adotar um perfil mais conservador.

De forma geral, os especialistas costumam classificar os perfis em três categorias:

  • conservador: é aquele que não gosta de ver seus investimentos com variação negativa e prioriza a segurança, mesmo que isso signifique uma rentabilidade menor;
  • moderado: aceita colocar parte do dinheiro em aplicações com algum risco, em troca da possibilidade de ter um retorno maior. Mas ainda quer segurança para a maior parcela de sua carteira;
  • agressivo: procura maior rentabilidade no longo prazo e entende que as oscilações de curto prazo fazem parte dos movimentos normais de mercado.

É importante destacar que uma mesma pessoa consegue mudar de perfil com o tempo. Ela pode ganhar mais conhecimento e passar a se sentir mais confortável com o risco. Ou as suas condições podem permitir que ela faça investimentos mais ousados (ou o contrário).

5. Conheça as principais terminologias do mercado financeiro

Conhecer os principais termos próprios do mercado financeiro vai ajudar você a tomar decisões mais fundamentadas. Confira!

Renda fixa

Um investimento de renda fixa é aquele em que o rendimento é conhecido no momento da aplicação. Isso pode se dar de duas formas. A primeira delas é quando você sabe exatamente quanto vai ganhar se ficar com aquela aplicação até o seu vencimento. Nesse caso, é uma aplicação de renda fixa prefixada.

A outra é quando sabemos que o rendimento daquela aplicação vai acompanhar o desempenho de algum indicador, como o CDI, a Selic ou o IPCA. Nesses casos, dizemos que se trata de renda fixa pós-fixada.

Taxa Selic

A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia, definida pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central (BC) a cada 45 dias. Essa é a porcentagem que o governo paga para quem compra os títulos públicos federais que são indexados à Selic, chamados de Tesouro Selic. É também uma referência no mercado financeiro.

CDI

Por norma do BC, os bancos precisam terminar o dia sempre com saldo positivo. Como às vezes sai mais dinheiro do que entra no caixa, eles fazem empréstimos entre si, de curtíssimo prazo, normalmente de um dia apenas. Esses empréstimos ocorrem por meio dos CDIs (Certificados de Depósito Interbancário).

Todos os dias é calculada a média das taxas de juros praticadas nessas operações, que é a taxa CDI. Por sua vez, CDI e Selic costumam andar muito próximas. Da mesma forma que a Selic é usada como referência nos títulos públicos, o CDI é a principal referência dos títulos privados.

Assim, você sabe que um CDB pós-fixado indexado ao CDI é um título privado emitido por um banco cujo rendimento está atrelado ao CDI.

Renda variável

Por oposição, os investimentos de renda variável são aqueles em que não é possível saber de antemão qual será o rendimento que vão ter. O principal exemplo é o mercado de ações. Quando você compra uma ação, a cotação daquele ativo pode subir ou cair e voltar a subir ou cair com o tempo.

6. Acompanhe o noticiário econômico

Os investimentos são afetados pelo que acontece no mundo real. Uma alta na taxa Selic, por exemplo, eleva a rentabilidade dos títulos de renda fixa. Ao mesmo tempo, tira dinheiro da economia e torna o crédito mais caro. Isso pode ser negativo para o ambiente de negócios — tanto para empresas quanto para o mercado de ações.

Uma grande crise econômica pode afetar o mercado, mas alguns setores serão mais impactados do que outros. Da mesma forma, mudanças na legislação ou na regulamentação de determinados segmentos podem mudar totalmente o cenário, aumentando a concorrência ou restringindo a atuação de empresas.

Isso não significa que você deva mudar sua carteira de investimentos a cada notícia. No entanto, é sempre importante saber o que está acontecendo e analisar se é preciso fazer algum ajuste ou mesmo se há alguma oportunidade nova.

7. Diversifique seus investimentos

O mandamento número um do mundo dos investimentos é: não coloque todos os ovos na mesma cesta. Como vimos acima, os eventos afetam o mercado financeiro de diferentes formas. Então, diversificar é a melhor maneira de reduzir os riscos e, ao mesmo tempo, de aumentar as chances de ganhos.

Aqui é preciso fazer uma observação importante: para formar uma carteira balanceada é preciso ter aplicações com riscos diferentes. Diversificar não é colocar um pouco do dinheiro em Tesouro Selic e outro tanto em CDB pós-fixado indexado ao CDI. Isso porque ambos têm a rentabilidade atrelada à taxa de juros.

8. Conte com um parceiro estratégico

O mercado financeiro é vasto e variado. Para formar uma carteira virtual de investimentos que seja a mais adequada para os seus objetivos, o ideal é contar com um parceiro estratégico.

Um profissional da área conhece todas as possibilidades disponíveis no mercado. Ele é capaz de indicar uma carteira balanceada de acordo com as condições de mercado e suas particularidades. Além disso, vai levar em conta tanto as suas necessidades quanto o seu perfil de aplicação.

Com isso, você já sabe como começar a investir e tem as ferramentas básicas para sair da teoria e partir para a ação. Para isso, conte com a Magnetis. Nós ajudamos nesse processo desde os primeiros passos. Entre em contato conosco e converse com um de nossos especialistas!

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