segunda-feira, 13 de julho de 2020

Entenda o que é o mercado de capitais e quais são seus tipos

O mercado de capitais é a próxima parada daqueles que já conhecem aplicações de renda fixa e buscam se aprofundar no mundo das aplicações financeiras. Afinal, comprar ações pode ajudar na busca por maior rentabilidade em longo prazo. 

Para atingir esse objetivo, é preciso entender o que é o mercado de capitais. Vamos explicar a seguir qual é sua estrutura, quais são os tipos e como você pode começar a investir na bolsa de valores. Acompanhe a leitura!

O que é o mercado de capitais?

O mercado de capitais é uma maneira de conectar a oferta daqueles que poupam recursos (aplicadores) com a demanda de quem precisa de dinheiro (tomadores).

Ao comprar um ativo no mercado de capitais, você está na verdade emprestando seu dinheiro para o dono desse ativo. Esse dono pode ser uma empresa pública, uma empresa privada ou outra Pessoa Física. 

Em troca, você recebe uma remuneração conhecida como juros ou rendimento. Já os donos dos ativos conseguem obter recursos imediatos para diversos fins. Por exemplo, uma empresa pode vender uma parte do seu negócio e usar o dinheiro recebido para comprar maquinários. Ou, ainda, para contratar mais funcionários e abrir mais unidades de negócio.

Diversos ativos financeiros passam pelo mercado de capitais. O mercado de ações, ou participações em uma empresa, é a subdivisão mais conhecida do mercado de capitais. Mas commodities (matéria-prima), debêntures (títulos de dívida empresarial), fundos imobiliários, moedas e títulos de renda fixa públicos e privados também são intermediados pelo mercado de capitais.

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Qual é a estrutura do mercado de capitais?

Diversas entidades fazem parte da estrutura do mercado de capitais, com o objetivo de dar segurança e organização à negociação dos ativos financeiros. Os ativos são negociados e administrados por meio de ambientes virtuais de compra e venda, centralizados nas bolsas de valores.

A bolsa de valores brasileira é chamada de B3. No ambiente virtual que ela oferece, acontecem pregões eletrônicos nos quais se negociam ativos financeiros. A B3 garante a liquidação das operações, ou seja, a disponibilização do título no nome de quem compra e a disponibilização do dinheiro para quem vende.

Mas como negociar e executar ordens de compra e venda de ativos? É preciso se associar a bancos, corretoras ou outras instituições financeiras habilitadas a distribuir e guardar esses títulos. O papel fica no nome e no CPF do comprador.

Do lado dos tomadores de recursos, os bancos de investimento ajudam a estruturar a emissão dos seus ativos financeiros em troca do capital desejado. As negociações são fiscalizadas e reguladas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), reforçando a segurança da B3.

A CVM garante que as empresas cumpram normas de compliance, ou seja, garantam que estão de acordo com as normas de operação em seu segmento. Uma exigência é que os emissores de ativos divulguem informações financeiras frequentemente, por exemplo.

Quais são os tipos de mercado de capitais?

O mercado de capitais pode ser dividido em dois tipos: o mercado primário e o mercado secundário.

No mercado primário, você compra um ativo financeiro diretamente do emissor. Um exemplo é quando uma empresa abre seu capital pela primeira vez, uma operação conhecida como oferta pública inicial de ações (na sigla original, IPO). É quando a empresa de fato capta recursos, e é daí que se originam os ativos financeiros.

Já o mercado secundário permite a negociação de ativos financeiros entre quem investe, depois que o emissor original já captou o dinheiro de que precisava. Por exemplo, você pode comprar ações durante um IPO (mercado primário). Depois, pode revender esses papéis para outro participante da bolsa de valores (mercado secundário), recuperando seu capital. 

No mercado secundário, o emissor original não recebe mais capital. O grande volume de negociações de ativos financeiros acontece no mercado secundário. 

Como investir?

Para ter acesso ao mercado de capitais e operar na bolsa de valores, você precisa abrir uma conta em um banco ou corretora. Pesquise avaliações dessas instituições financeiras e veja qual é o suporte oferecido aos clientes. Também, pesquise quais taxas serão cobradas a cada operação, como a de corretagem.

A instituição financeira precisa disponibilizar uma plataforma chamada de home broker, terminal onde se negociam os ativos financeiros presentes na bolsa de valores. Assegure-se de que o home broker funciona bem antes de aplicar grandes quantidades de recursos.

É importante também conhecer o seu perfil. Quanto risco está disposto a correr, ou quanta flutuação no valor das suas aplicações financeiras você pode suportar? A resposta vai determinar quanto do seu capital será destinado à renda variável. Além da segurança do banco ou da corretora, verifique também a solidez do emissor do ativo financeiro.

Há uma regra permanece a mesma se você aplica 5% ou 50% dos seus recursos na renda variável: diversificação. Uma carteira diversificada é o melhor caminho para maximizar os retornos e minimizar os riscos.

Por isso, sempre procure ativos financeiros complementares. Quando um título se desvaloriza, outro pode permanecer no mesmo preço ou até se valorizar. Dessa maneira, você fica protegido de grandes baques no mercado de capitais.

Outro ponto importante são seus objetivos. Saber se você precisará do dinheiro daqui a um ou dez anos é fundamental para escolher ativos que permitam essa retirada.

Geralmente, um maior prazo dá acesso a taxas mais rentáveis. As ações costumam ser investimentos para um longo prazo, dada sua volatilidade. Por isso, considere se você precisará dos recursos em breve antes de comprar participações em empresas.

Finalize o cadastro em seu banco ou corretora e transfira o dinheiro para a sua conta. Depois, selecione os ativos com base em seu perfil, seus objetivos, a diversificação da sua carteira e o prazo de retirada dos recursos.

O mercado de capitais é uma oportunidade para comprar e vender diversos ativos financeiros, das ações até títulos de renda fixa públicos ou privados. Acessá-lo garante que sua carteira de aplicações financeiras fique mais diversificada, mas escolha bancos ou corretoras confiáveis e emissores sólidos de títulos. Para dar mais um passo em direção à bolsa de valores, simule um plano de investimentos de acordo com seus objetivos!

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