terça-feira, 7 de julho de 2020

Saiba o que é e quais investimentos permitem aporte mensal

biblioteca financeira

Atingir seus objetivos financeiros fica um pouco mais fácil quando seus esforços podem ser dosados. Realizar aportes mensais é uma estratégia amplamente usada por aqueles que buscam concretizar suas metas de curto, médio e longo prazo. 

Ao aplicar seu dinheiro mensalmente, você pode avaliar os melhores investimentos e montar uma carteira diversificada de aplicações. Também é possível alcançar a melhor relação entre retorno e risco, de acordo com sua tolerância aos altos e baixos em seus rendimentos.

Saiba mais a seguir sobre o que é o aporte mensal, suas vantagens, como aplicar mensalmente e como conferir a rentabilidade das suas aplicações financeiras.

O que é o aporte mensal?

O aporte mensal é uma aplicação financeira feita todos os meses em uma carteira. Ao colocar o seu dinheiro à disposição dos gestores dessas aplicações, você recebe juros, ou rendimentos em troca. É como estar na posição de um banco que empresta dinheiro a credores em troca de uma remuneração.

Quais são as vantagens de investir mensalmente?

A vantagem mais clara de colocar dinheiro mensalmente nas aplicações é que essa é a estratégia mais eficaz para fazer seu dinheiro trabalhar por você

Gerar juros todos os dias faz com que você atinja uma rentabilidade maior do que ao deixar os recursos parados para depois investir uma quantidade acumulada. Se esse dinheiro fica estocado, os juros não vão atuar mensalmente sobre suas aplicações e sobre os juros que elas já produziram. Esse efeito é conhecido como juros compostos.

Outro benefício de aplicar mensalmente é facilitar a diversificação da carteira. Essa é uma atitude essencial para os que buscam atingir seus objetivos financeiros com segurança. Afinal, colocar dinheiro em aplicações complementares pode protegê-lo de uma queda em algum ativo específico.

Você pode dosar seu dinheiro em aplicações de renda fixa e renda variável, por exemplo. Dessa forma, as altas e as baixas de cada um desses mercados não comprometerão uma parte relevante da sua reserva financeira.

Quanto deve ser o valor do aporte mensal?

Registre receitas e despesas, e considere que a diferença entre esses dois valores será sua margem para aportes mensais. Caso não sobre dinheiro no final do mês, é hora de aumentar seus ganhos ou cortar seus gastos. Estabeleça o mínimo e o máximo que você vai separar mensalmente e avalie opções que se encaixam nesses valores.

Mesmo um pouquinho de dinheiro sobrando é um bom começo no mundo das aplicações financeiras. Especialmente quando falamos de contribuições mensais, a consistência importa mais do que o valor dos seus aportes. Por exemplo, o Tesouro Direto, plataforma sobre a qual falaremos daqui a pouco, permite investir a partir de R$ 30.

Uma dica: separe o dinheiro para o aporte mensal assim que receber seu salário. Automatizar esse hábito vai garantir uma vida financeira saudável.

Como fazer aportes mensais?

Fazer um planejamento é o primeiro passo para ter disciplina nos aportes mensais. Por isso, estabeleça seus objetivos e quanto será preciso separar para atingi-los em um prazo determinado. Pode ser juntar para comprar um imóvel, alcançar a independência financeira, pagar a faculdade de um filho ou se aposentar.

Essas metas e o seu perfil (conservador, moderado ou agressivo) nas aplicações financeiras deverão guiar a composição da sua carteira de investimentos. Mas em qual ativo dessa carteira você deve escolher investir mês a mês? A regra é investir sempre na aplicação que teve a maior queda no mês anterior.

Este é um dos grandes princípios do mundo das escolhas financeiras: aproveitar para comprar quando um ativo está em baixa. Não apenas porque o potencial de valorização futura dessa aplicação é maior. Mas também porque você estará devolvendo à sua carteira o equilíbrio estabelecido no planejamento, o que é conhecido como rebalanceamento de carteira.

Entenda o rebalanceamento de carteira

Imagine que sua carteira tenha 50% dos investimentos em títulos de renda fixa e 50% em ações, totalizando R$ 10 mil. Depois de doze meses, suponha que sua renda fixa tenha tido uma alta de 10% e suas ações uma alta de 20%.

Sua carteira ficou com R$ 5,5 mil em títulos de renda fixa e R$ 6 mil em ações. Sendo assim, seu próximo aporte deverá ser nos títulos de renda fixa. O objetivo é que a proporção volte a ser a mesma entre renda fixa e ações.

Parece contraintuitivo aportar justo na aplicação que menos cresceu. Mas imagine que essas mesmas ações caiam 50% daqui a alguns meses. Se você sempre investiu na aplicação que mais valorizava, o tombo representará boa parte da sua carteira.

Mantendo uma carteira diversificada e proporcional, você mantém possíveis quedas sob controle. Os aportes mensais garantem que a relação entre risco e retorno continue a melhor possível para o seu perfil de tolerância a volatilidades.

Para facilitar a estratégia de investimento, há quem adote técnicas. Uma delas é a do aporte dobrado. Quando uma parte de sua carteira apresentar resultado negativo, faça um aporte dobrado em relação às outras aplicações. Quando apresentar resultado positivo, faça seu aporte dividido pela metade em relação às outras aplicações. 

Assim, sua carteira tende ao equilíbrio. Esses valores devem respeitar os limites mínimo e máximo de aportes mensais que você estabeleceu no seu planejamento.

Aplicativo Magnetis

Quais investimentos permitem aporte mensal?

Poupança

O investimento em poupança costuma ser o primeiro passo para quem busca atingir objetivos financeiros, e ela permite que você faça aportes mensais

Um de seus benefícios é a alta liquidez, que se refere à facilidade para sacar esse dinheiro caso você precise cobrir alguma emergência financeira.

Outro benefício é a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Essa é uma organização que protege contra possíveis calotes e falências das instituições financeiras que abrigam seu dinheiro. A cobertura vai até R$ 250 mil investidos por CPF e por instituição.

Lembre-se, porém, que a rentabilidade da poupança costuma ser menor do que a vista em aplicações de renda fixa ou variável. Ela rende 70% da taxa básica de juros, também conhecida como Selic, enquanto essa mesma taxa estiver abaixo de 8,5% ao ano. Inclusive, não há cobrança de Imposto de Renda.

Você também precisa saber que a rentabilidade da poupança é computada uma vez por mês, não diariamente. Seus ganhos só contam quando a poupança faz seu “aniversário mensal”, contado a partir do dia em que você depositou o aporte. Se você faz aportes mensais em dias diferentes, cada um terá um aniversário próprio.

Tesouro Direto

O Tesouro Direto é uma plataforma pública para a compra de títulos de renda fixa, como o Tesouro Selic e o Tesouro IPCA. Esses papéis acompanham indicadores como a Selic e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo.

Outros títulos de renda fixa vêm de instituições privadas, como o CDB (títulos de renda fixa associados ao setor de bancos). Também é o caso da LCA (ao setor de agronegócio) e da LCI (ao setor imobiliário). 

Você pode comprar títulos públicos e privados mensalmente, transformando-os em aportes mensais. O Tesouro Direto oferece inclusive o agendamento da compra periódica de títulos por sua plataforma. 

Lembre-se de que cada aporte será a compra de um novo título, não uma adição a títulos antigos. Assim, o mesmo título pode não estar disponível no próximo mês. Cada título terá sua própria liquidez, rentabilidade, prazo de vencimento e alíquota de Imposto de Renda correspondente.

Alguns entregam o rendimento divulgado apenas se você mantiver o dinheiro até o vencimento indicado no título, como é o caso dos títulos IPCA. Outros têm até mesmo a retirada do dinheiro travada até os papéis vencerem, como ocorre com alguns CDBs e algumas LCAs e LCIs. 

O Imposto de Renda varia de aplicação para aplicação. Títulos Selic, IPCA e CDBs são guiados pela tabela regressiva do IR, variando de 22,5% a 15% de taxa cobrada sobre os rendimentos. Já LCAs e LCIs não costumam ter cobrança de imposto. Todos contam com a garantia do FGC, também até o limite de R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira.

Uma vantagem da renda fixa é oferecer um rendimento geralmente maior que o investimento em poupança. Mas é importante escolher instituições seguras, especialmente quando falamos de títulos privados.

Tente aliar segurança e rentabilidade, procurando títulos que devolvam anualmente 100% ou mais do CDI. Essa é uma taxa gerada quando os bancos fazem operações entre si e com rentabilidade similar à da Selic.

Fundos de investimento

Os fundos de investimento captam investimentos de várias pessoas, conhecidas como cotistas. Os gestores do fundo distribuem todo o dinheiro de acordo com as estratégias de cada fundo.

Os fundos podem colocar o dinheiro em aplicações de renda fixa e variável, ganhando um nome de acordo com essa composição. A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) classifica os fundos em quatro categorias: renda fixa, ações, multimercado e cambiais.

É possível realizar aportes mensais no mesmo montante sem data de vencimento, o que não acontece na compra de títulos de renda fixa.

O diferencial dos fundos de investimento é que eles aplicam o capital de várias pessoas e contam com o olhar de gestores especializados. Com mais recursos, os fundos acessam aplicações mais interessantes do que você conseguiria sozinho. 

Em troca, esses fundos cobram uma taxa de administração. Em alguns casos, há também uma taxa de performance, quando obtêm valorizações acima do determinado por sua estratégia. Os fundos não têm proteção do FGC e são considerados mais arriscados do que os títulos de renda fixa. O grau de volatilidade varia de acordo com a estratégia de cada fundo.

A liquidez, a rentabilidade e a incidência do Imposto de Renda variam de fundo para fundo. O IR costuma variar de 22,5% a 15% sobre os rendimentos obtidos. Alguns podem cobrar o imposto de forma adiantada semestralmente, o que conhecemos como come-cotas.

Entenda bem o regulamento de cada aplicação e as taxas envolvidas para decidir se fundos de investimento são uma boa opção para seus aportes mensais.

Ações

As ações são a aplicação mais arriscada desta lista. Isso significa que também são as mais voltadas para quem vai precisar do dinheiro depois de um longo prazo. Você pode comprar fatias de várias empresas negociadas na Bolsa de Valores e diversificar sua carteira. 

Com papéis representando suas ações, você ganha dinheiro ao vender participações que estão valendo mais do que você pagou inicialmente, o que chamamos de valorização. Também é possível obter rendimento com dividendos, ou partes do lucro da empresa, que são compartilhadas com os acionistas.

É importante ter uma reserva de emergência pronta antes de começar a colocar recursos na compra de fatias de empresas negociadas na Bolsa de Valores. Afinal, fazer aportes mensais em ações significa comprar novos papéis todos os meses, com preços que podem variar minuto a minuto. 

Sempre existem ações à venda e você também pode comercializar seus papéis. Apesar dessa liquidez, o preço pode não estar como você desejaria em determinado momento. O Imposto de Renda é de 15% sobre o lucro obtido, e as ações não são garantidas pelo FGC. 

Preste atenção também à taxa de corretagem cobrada a cada negociação. Se elas forem muito altas, talvez seja melhor desistir de aportes mensais e fazer compras maiores. Assim, as taxas de corretagem ficam proporcionalmente menores.

Robôs de investimento

Os robôs de investimento ganharam força no último ano. Assim como em fundos de investimento, você pode aplicar todos os meses no mesmo montante. A reunião de diversas pessoas também permite o acesso a aplicações mais sofisticadas

No lugar dos gestores, porém, estão algoritmos que entendem seus objetivos financeiros e os traduzem em uma carteira diversificada, da mais conservadora à mais arriscada. Os próximos aportes serão alocados de forma equilibrada, para manter a proporção desejada para sua carteira. 

Os robôs de investimento cobram uma taxa de administração em troca da gestão da sua carteira. Inclusive, essa aplicação não é coberta pelo FGC. Liquidez, rentabilidade e recolhimento de Imposto de Renda variam de acordo com cada robô de investimento e cada carteira escolhida.

análise de investimentos

Como calcular a rentabilidade da carteira?

Para fazer esse cálculo, é preciso levar em consideração o investimento inicial, o valor dos aportes mensais, a taxa de rentabilidade e o período de investimento. Lembrando que é importante ser conservador, uma vez que rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.

Para facilitar essa conta, a Magnetis disponibiliza uma calculadora que compara a rentabilidade do seu dinheiro na poupança com a de outras aplicações financeiras.

O aporte mensal traz diversos benefícios para quem busca atingir objetivos de curto, médio e longo prazo. Agora que você já sabe que a constância é a chave para garantir bons rendimentos, acesse nosso questionário exclusivo! Nele, você pode fazer seu planejamento financeiro e dar os próximos passos na concretização das suas metas.

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