Conforme nos aprofundamos em temas relacionados ao mercado financeiro, é comum nos depararmos com termos e conceitos que não conhecemos muito bem. O swap, por exemplo, é constante motivo de dúvidas entre aqueles que investem o seu dinheiro.
Em tempos de incertezas econômicas, esse pode ser um recurso fundamental para garantir a segurança do seu patrimônio. Contudo, é importante entender bem os aspectos dessa operação para avaliar quando ela pode ser um bom negócio.
Neste post, vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre swap. Confira!
Afinal, o que é swap?
Uma boa forma de começar a entender o que é o swap no contexto financeiro é por meio da própria tradução do termo: troca. Ou seja, essa é uma operação de substituição de indexador de um ativo.
Vale destacar que o indexador é o índice responsável por definir os rendimentos de uma aplicação. Como exemplos, podemos citar taxas de juros, taxas de inflação, valor de contratos de commodities e variação cambial.
Assim, quem realiza um contrato de swap faz com que os rendimentos de seus ativos passem a estar referenciados por outro indicador financeiro. Se você tem aplicações atreladas ao CDI, por exemplo, é possível fazer com que elas acompanhem a variação do dólar por meio dessa operação.
Os contratos de swap surgiram nos anos 1970, após o fim do acordo que lastreava em ouro todo o dinheiro em circulação. Foi um reflexo do dinamismo do mercado financeiro. A ideia era evitar a volatilidade das diferentes moedas ao redor do mundo e possibilitar as relações comerciais nesse período.
Qual é o objetivo dessa operação?
O grande objetivo de fazer uma operação de swap é alterar os riscos e os rendimentos de um ativo financeiro. Essa é uma forma de reduzir os efeitos da variação de rendimentos e conseguir maior previsibilidade nos resultados das aplicações.
Empresas que dependem da variação de ativos internacionais, como moedas ou commodities, utilizam esse recurso para se proteger das oscilações do mercado. Uma companhia que tenha posições financeiras atreladas ao dólar, por exemplo, pode recorrer ao swap a fim de reduzir sua exposição aos riscos de câmbio.
Da mesma forma, essa operação pode ser interessante para pessoas que têm compromissos financeiros em moeda estrangeira. Ao estabelecer um contrato de swap para seus investimentos, é possível proteger esse patrimônio em relação ao câmbio, à inflação ou a qualquer outro referencial.
Devido às suas características, o conceito de swap também costuma ser utilizado por tradersem suas operações na bolsa de valores. Essa é uma forma de especular para buscar lucro no curto prazo na negociação de ações em moeda americana.
Como o swap funciona na prática?
Os contratos de swap são estabelecidos entre duas partes, que devem se comprometer a assumir posições inversas em relação aos seus ativos. Desse modo, cada um dos envolvidos terá de pagar ao outro a variação dos ativos no período acordado.
Vamos analisar um exemplo prático. Pense em uma empresa que recebe em dólares por suas exportações, mas tem todos os seus custos relativos à produção em reais. É fundamental que ela busque formas de se proteger contra a variação cambial para garantir os ganhos esperados.
Imagine que ela tenha uma receita prevista de 200 mil dólares por uma venda e que o custo de produção tenha sido de R$ 600 mil. Se a cotação do dólar for de R$ 5 na data da negociação, poderia se esperar um lucro de R$ 400 mil.
No entanto, sendo os dois compromissos para datas futuras, fica impossível garantir a mesma rentabilidade quando houver a efetiva liquidez. Dessa forma, a empresa pode realizar uma operação de swap para trocar o indexador de seus ativos para a variação da moeda americana. Isso evita que ela seja afetada pelo movimento da taxa de câmbio, seja ele positivo ou negativo.
Quais são os tipos de swap?
Os contratos de swap podem ser realizados com base em diferentes ativos. Veja agora os principais tipos.
Swap cambial
Essa é a principal modalidade de swap no mercado financeiro. Consiste na troca de um indexador predefinido pela taxa de variação cambial, sobretudo do dólar.
Assim, enquanto uma parte assume a obrigação de pagar a oscilação da cotação de uma moeda, a outra deve arcar com a taxa de juros determinada. Também conhecido como hedge cambial, essa operação se torna atrativa para as duas partes quando uma delas busca se resguardar da alta da moeda.
O swap cambial também é um recurso muito empregado pelo nosso Banco Central, que busca um equilíbrio entre oferta e demanda por moedas no mercado interno. Assim, a autoridade monetária faz esforços para frear a queda ou a alta repentina dessas moedas em comparação ao real.
Swap de taxas de juros
Alternativa aos que pretendem trocar o índice de rendimento de seus ativos entre taxas de juros prefixadas e pós-fixadas. É uma opção indicada para evitar os efeitos de uma possível alta nessas taxas.
Swap de commodities
Bastante popular em empresas que atuam na importação e exportação de materiais, os contratos de swap de commodities trocam os rendimentos associados à cotação desses ativos. Entre os tipos mais comuns, temos petróleo, ouro, milho, café, boi gordo etc.
Swap de índices
Nesse tipo de swap, é feita a permuta entre a rentabilidade associada a um índice de preços ou índice de ações. Por exemplo, o Ibovespa ou o IBrX 50.
Swap de inadimplência
Também é conhecido como CDS ou swap de inadimplência. Essa modalidade permite a troca de indicadores com outra pessoa ou instituição disposta a assumir as posições de determinado investimento.
É uma boa opção para mitigar os riscos de operações de empréstimo com alto índice de inadimplência, garantindo o fluxo de caixa necessário à saúde financeira.
Quais são as vantagens e desvantagens desse instrumento?
Ao longo deste texto, vimos diversas vantagens de optar pelo swap para proteger o patrimônio das oscilações do mercado financeiro. Esse recurso se torna especialmente importante quando ativos internacionais estão envolvidos.
Por um lado, o swap é uma operação mais simples do que realocar o capital investido, representando praticidade e controle de custos aos envolvidos. Por outro, é preciso avaliar também as desvantagens envolvidas. Afinal, é possível que o novo indexador não se valorize, ao passo que o índice original das aplicações pode subir.
Isso tudo indica que o conceito de swap precisa ser operado com muito cuidado, planejamento e conhecimento de mercado. Quer uma ajuda para dominar esse tema? É só entrar em contato conosco. Conte com o auxílio de nossos especialistas para tomar as melhores decisões envolvendo o seu dinheiro!
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