O termo private equity (PE) é usado com frequência em temas ligados ao mercado financeiro. Esse tipo de fundo de investimento é comum na relação entre grandes e pequenas empresas, especialmente em negociações de compra e venda.
O private equity é um fundo que acumula uma alta soma de dinheiro de acionistas, companhias e pessoas que investem. Após juntar até mesmo bilhões de dólares, esses valores são utilizados para obter participações em empresas.
Mas, afinal, como ele funciona? Quem pode adquirir? Como realizar esse tipo de negociação? Continue a leitura e descubra!
O que é private equity?
Private equity é o termo que designa os fundos utilizados para comprar empresas públicas ou investir em companhias privadas. O PE é uma classe de investimento alternativa, que não está listada em bolsa pública, como a B3.
Geralmente, instituições e empresas de varejo fornecem capital para private equity. Ele pode ser utilizado para fazer aquisições, investir em novas tecnologias, expandir o capital de giro e até reforçar um balanço patrimonial.
O investimento em PE auxilia empresas a custear suas próprias operações. Logo, quem opta por tipos de investimentos como esse prefere negócios que apresentam perspectiva de crescimento.
Um fundo de private equity tem parceiros limitados (limited partners), que possuem 99% das ações de um fundo e responsabilidade limitada. Mas existem também os parceiros gerais (general partners), que dispõem de 1% de ações e responsabilidade total. Inclusive, os parceiros gerais são responsáveis por executar e garantir a operação do investimento.
Qual é a diferença entre private equity e venture capital?
Existem algumas diferenças entre private equity e venture capital: o venture é um dos fundos de investimento utilizado por empresas menores e jovens.
Já os fundos de private equity são mais indicados para companhias reconhecidas no mercado.
Na verdade, o venture capital é uma espécie de private equity. Nesse fundo, quem investe fornece capital aos empreendedores. Tecnicamente, o venture capital é patrimônio privado. O private equity, por sua vez, é frequentemente associado aos fundos para empresas maduras geradoras de receita que precisam de alguma revitalização.
Logo, o venture capital é recomendado a empresas que estão no começo, como startups em fase de crescimento. Portanto, torna-se um investimento de risco, pois as companhias ainda não fazem parte de um mercado estabelecido.
Quem busca um risco menor para o investimento pode optar pelo private equity voltado a empresas conhecidas com alto faturamento. No entanto, o investimento nesse tipo de fundo deve ser pensado no longo prazo: são pelo menos dez anos até obter um retorno satisfatório.
Como funcionam os fundos de private equity?
Para exemplificar como funcionam esses fundos, vamos pensar em um gerente de investimentos que trabalha em uma empresa de private equity. Essa empresa está à procura de negócios menores e mais novos com chance de crescimento nos próximos meses. A partir disso, o gerente de investimentos encontra uma startup de tecnologia que acredita ter um grande potencial.
Após receber a proposta, a startup solicitou 250 mil dólares em troca de 15% da empresa. Esse dinheiro será gasto em instalações de novos equipamentos e softwares, com o propósito de melhorar o atendimento aos clientes. Então, o gerente vê uma oportunidade e aproveita para oferecer seus serviços e experiência à pequena empresa. A estratégia consiste em colher os resultados do investimento de 15% em até 10 anos.
O presidente da empresa de private equity, satisfeito com o acordo, oferece ao gerente um grande bônus como incentivo. Ele deverá fazer uma estratégia agressiva para melhorar as margens da startup, isto é, gerar grandes fluxos de caixa. Negociações desse estilo são comuns em empresas de private equity.
Muitas vezes, quando há uma compra imediata, o fundador da startup pode continuar administrando o negócio, mas nem sempre isso acontece. Outras estratégias de private equity incluem a troca do proprietário, o fornecimento de capital de expansão ou a recapitalização de um negócio em dificuldades.
Vale a pena investir em fundos de private equity?
Os fundos de private equity têm algumas vantagens, tais como:
- acesso à liquidez como alternativa aos mecanismos financeiros convencionais, por exemplo, empréstimos bancários ou cotação em mercados públicos;
- algumas formas de private equity, como o venture capital, financiam ideias em empresas jovens;
- esses fundos ajudam negócios menores a tentar estratégias alternativas de crescimento, longe dos mercados públicos;
- os recursos de pequenas empresas podem aumentar, melhorando os serviços;
- os fundos oferecem aberturas a novos tipos de mercados.
Porém, como qualquer investimento, também há desvantagens. Por exemplo: pode ser complicado liquidar as participações em private equity. Diferentemente dos mercados públicos, não está disponível uma carteira de pedidos pronta — que combina compradores com vendedores. Portanto, uma empresa precisa buscar um possível comprador para realizar uma venda.
Por se tratar de capital privado, também existem desafios. Os direitos dos acionistas de private equity são decididos caso a caso, por meio de negociações. Isso pode ser uma desvantagem por não fazer parte de uma ampla estrutura de governança, que normalmente determina os direitos de contrapartes nos mercados públicos.
Para saber se vale a pena investir nesse fundo, é importante avaliar seus objetivos pessoais: você prefere investimentos no longo ou curto prazo? Capital privado ou público? Tudo depende do seu perfil.
Como investir em private equity?
Embora não seja uma regra, a maioria das empresas de private equity procura pessoas que possam investir milhões de dólares. Algumas exigem valores menores, como até 250 mil dólares. Ainda assim, são somas altas de dinheiro.
As maneiras mais comuns de investir em private equity são:
- comprar ações públicas de empresas que administram fundos de PE;
- utilizar ETF (fundos de índice) de private equity — investimento simples, pois você pode comprá-los em uma bolsa de valores, sem quantia mínima;
- optar pelos fundos de fundos (FOFs) — fornece um mecanismo eficiente para reduzir o investimento inicial mínimo necessário. Também serve como instrumento de diversificação e hedge, pois permite investir em centenas de empresas privadas de diferentes setores.
Apesar de algumas desvantagens, se quiser correr um pouco mais de risco na sua carteira, o retorno sobre o investimento poderá ser bem grande.
Agora você sabe como funciona o private equity e conhece suas principais vantagens e desvantagens. Então, vale a pena considerar se esse investimento suprirá suas expectativas. E para tirar mais dúvidas sobre temas do mercado financeiro, baixe gratuitamente o nosso Guia para Consultoria de Investimentos! Com ele, você entenderá como esse serviço faz diferença na hora de aplicar seu dinheiro da maneira correta.
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