Os futuros de Nova York estão em terreno negativo na manhã de hoje, após as bolsas da Ásia terem fechado sem direção definida – Tóquio avançou, mas Seul e Hong Kong fecharam em baixa.
O governo chinês informou que o número de pessoas atingidas pelo coronavírus passou de 9.600, com 217 mortes. A China divulgou mais cedo dados da indústria e dos serviços que vieram em linha com a expectativa dos mercados, que aguardam para mais tarde nesta manhã indicadores de renda e gastos dos consumidores nos EUA.
Na Europa, embora tenham aberto em alta, os mercados viraram para o terreno negativo às vésperas do Brexit. Confira os destaques desta sexta-feira (31):
1. Bolsas mundiais
Os futuros de Nova York estão hoje em terreno levemente negativo. As bolsas da Ásia fecharam sem direção definida com Tóquio em alta, mas Seul e Hong Kong em baixa. Os mercados continuam a prestar atenção na China, onde o governo atualizou para 9.600 o número de pessoas atingidas pelo coronavírus, com 217 mortes.
O governo chinês divulgou os índices PMI da indústria e dos serviços em janeiro, mas eles vieram dentro das projeções dos mercados, informam CNBC e CNN. A avaliação é que o surto terá impacto em cheio nos índices de fevereiro.
Além disso, embora o comunicado de alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) ontem tenha sido visto como moderado, decretando o coronavírus como emergência global, mas sem restrições, os EUA e o Japão recomendam a seus cidadãos que evitem viagens à China. A volta do feriado chinês na próxima segunda-feira também gera expectativa. O Goldman Sachs vê vírus afetando o crescimento econômico dos EUA, enquanto o Reino Unido confirma primeiros casos do vírus.
No radar de resultados, o balanço da Amazon supera estimativas e investidores checam bateria de dados americanos, que inclui renda e despesas pessoais.
Veja o desempenho dos mercados, às 7h21 (horário de Brasília):
Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), -0,39%
*Nasdaq Futuro (EUA), -0,45%
*Dow Jones Futuro (EUA), -0,33%
*Dax (Alemanha) , -0,08%
*FTSE (Reino Unido), -0,55%
*CAC 40 (França), -0,20%
*FTSE MIB (Itália), -1,04%
*Nikkei (Japão), +0,99% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), -1,35% (fechado)
*Hang Seng (Hong Kong), -0,52% (fechado)
*Xangai (China), -2,75% (Feriado – sem pregão)
*Petróleo WTI, +1,48%, a US$ 52,91 o barril
*Petróleo Brent, +1,18%, a US$ 58,98 o barril
**A Bolsa de Dalian está fechada pelo feriado na China. Em 23 de janeiro, contratos futuros do minério de ferro negociados em Dalian fecharam com queda de 2,33%, cotados a 649,500 iuanes, equivalentes em 31/01/2020 a US$ 93,65 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 6,9367 (-0,01%)
*Bitcoin, US$ 9.358,71, -1,52%
2. Indicadores econômicos
O IBGE divulga hoje a PNAD contínua relativa a dezembro do ano passado às 9h: a taxa de desemprego de dezembro deve cair de 11,2% para 11%, segundo consenso da Bloomberg. Ainda no Brasil, o Banco Central divulga às 9h30 a dívida líquida do setor público em dezembro. O setor público deve registrar déficit primário de R$ 21 bilhões em dezembro, segundo estimativa mediana de economistas pesquisados pela Bloomberg, depois de déficit de R$ 15,3 bilhões no mês anterior e de R$ 41,133 bilhões em dezembro de 2018.
O Banco Central fará leilão de linha de até US$ 3 bilhões para rolagem. Ontem, dólar fechou na máxima histórica, a R$ 4,2576 na compra e R$ 4,2589 na venda após aversão global ao risco levar a moeda a atingir R$ 4,2716.
Já na União Europeia, o Eurostat divulgou o PIB do quarto trimestre da Zona do Euro, bem como a prévia da inflação de janeiro nos 19 países. O Produto Interno Bruto cresceu 0,1% no quarto trimestre de 2019 ante o terceiro trimestre, segundo dados preliminares divulgados hoje pela Eurostat, a agência de estatísticas da União Europeia. O resultado ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam alta de 0,2% no período.
Nos Estados Unidos, serão divulgados os dados de renda e gastos do consumidor em dezembro, às 10h30; às 11h45, sai o índice de compras da manufatura (PMI) na região de Chicago.
3. Política
O presidente Jair Bolsonaro deve se reunir hoje com Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil, o que pode ser definidor para ele continuar no comando da pasta, informa matéria do jornal O Globo. Onyx antecipou a volta das férias para a reunião em Brasília (DF). Uma opção, segundo a matéria, é que Onyx seja deslocado para o comando do Ministério da Educação.
As demissões de funcionários próximos a Onyx e as perdas de funções da pasta esvaziaram a Casa Civil. Bolsonaro tirou de Onyx a coordenação do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) que cuida de privatizações, o que seria uma vitória de Paulo Guedes. A avaliação é que sem o PPI e sem a coordenação política, a Casa Civil está enfraquecida. Matéria do jornal Valor Econômico afirma que a demissão do ministro é iminente.
Ontem, o presidente Jair Bolsonaro deu entrada no Hospital das Forças Armadas em Brasília para uma “avaliação programada”, citando a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto. A assessoria da Presidência diz que “não há cirurgia”.
4. Infraestrutura
Em março, Bolsonaro fará uma viagem a Miami para assinar dois acordos com o governo dos Estados Unidos: um deles, para parcerias entre indústrias dos dois países na área da Defesa; o outro, para que o Brasil seja incluído no programa “América Cresce”, de investimentos de Washington em infraestrutura e energia na América Latina e no Caribe. Argentina e Chile já participam deste programa, informa coluna do jornal O Globo. O objetivo do “América Cresce” é limitar a expansão chinesa na região.
5. Noticiário corporativo
A BR Distribuidora (BRDT3) informou ontem que recebeu o valor de R$ 37,4 milhões da estatal Eletrobras, referente a uma dívida que a empresa e suas subsidiárias têm com a companhia. Segundo a BR – que não informou qual é o valor total da dívida – a Eletrobras e suas subsidiárias já pagaram R$ 4,2 bilhões. Já a operadora de telefonia Oi (OIBR4), que está em recuperação judicial, comunicou ao mercado que venderá um imóvel pelo preço de R$ 120,5 milhões, localizado no bairro do Botafogo, Rio de Janeiro.
O Cade instaura processo sobre práticas JBS, BRF com preço de milho. A investigação baseia-se em falas na qual os CEOs da JBS, Gilberto Tomazoni, e da BRF, Lourival Luz, disseram que para compensar impacto da disparada do milho no mercado doméstico, o preço será repassado ao consumidor. BRF afirmou em nota que atua de forma ética e íntegra em todos os negócios; JBS disse que rechaça qualquer alegação de prática de cartel.
A oferta de 54 milhões de ações da Positivo movimenta R$ 353,7 milhões. No radar da Vale, a Litela reduziu participação acionária, passando a ter 10,13%.
(Com Bloomberg)
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