Quer investir na bolsa de valores, mas não tem tempo para acompanhar os negócios das empresas que emitem os papéis? Pois saiba que existe um jeito simples de aplicar dinheiro em mais de 60 ações das maiores empresas do país, que serão monitoradas diariamente por um profissional. Basta comprar cotas do ETF BOVA11!
A forte queda da taxa básica de juros, a Selic, impulsiona os mais conservadores a buscarem em aplicações de renda variável, como as ações, em uma tentativa de aumentar a rentabilidade da carteira.
Isso porque as aplicações de renda fixa passaram a render menos, a exemplo de títulos públicos e da poupança. Como resultado, os fundos de índice de ações (ETFs, na sigla em inglês) têm sido cada vez mais procurados por quem quer aumentar o risco do seu portfólio de aplicações financeiras de forma controlada.
Em 2019, os ETFs de renda variável captaram cerca de R$ 5 bilhões. Apesar de ainda representarem menos de 1% do total aplicado em fundos de investimento no país, o patrimônio líquido desses ETFs dobrou em 2019: passou de 11 bilhões em janeiro para 22 bilhões em dezembro.
Conheça neste post por que o BOVA11 é frequentemente recomendado para diversificar o risco da carteira!
O que é o BOVA11?
O iShares Ibovespa Fundo de Índice (BOVA11) é um ETF de ações que busca ter performance igual ou melhor do que o Ibovespa, o principal índice da bolsa de valores.
O indicador reflete o desempenho das ações mais negociadas na B3, a maioria grandes empresas brasileiras, como Itaú, Vale, Ambev, Gerdau e Petrobras.
Entre os ETFs listados na B3, o BOVA11 é o que tem o maior volume de negócios, equivalente a cerca de 80% do total dos ETFs. Em 2019, foram negociados R$ 125 bilhões em cotas do fundo.
O BOVA11 foi criado em 2008 e foi um dos ETFs que inauguraram o mercado da aplicação no Brasil, que só ficou mais conhecido nos últimos dois anos. Esse longo período de negociação permitiu ao fundo ganhar liquidez e ter um patrimônio elevado em relação aos concorrentes.
Como funciona esse ETF?
O BOVA11 é gerido pela BlackRock, uma das maiores gestoras de investimentos do mundo, e funciona de forma semelhante aos fundos de investimento indexados. A principal diferença é que os fundos de índice têm cotas negociadas na bolsa de valores, enquanto os fundos indexados não.
O fundo de índice cobra uma taxa de administração de 0,30% ao ano para quem investe, valor menor do que o cobrado em outros tipos de fundos. Isso porque o ETF tem gestão passiva. Ou seja, não busca retornos muito acima da média do índice de referência.
Por conta do alto volume negociado de suas cotas, a liquidez do BOVA11 é alta, o que facilita a tarefa de revender a aplicação no mercado caso quem investe precise do dinheiro aplicado.
Assim como na compra de uma ação, é necessário ter conta em corretora. Algumas corretoras não cobram taxa de corretagem na compra de cotas do fundo, e é possível acompanhar as oscilações do valor da cota pelo mesmo sistema que permite monitorar o sobe e desce de uma ação: o home broker.
No dia 24 de dezembro, as cotas do fundo custavam em torno de R$ 111. O lote mínimo para compra equivale a 10 cotas. Ou seja, custa cerca de R$ 1,1 mil.
Contudo, quem quiser aplicar menos dinheiro no fundo pode optar pelo lote fracionário, inserindo a letra F após o código do fundo no sistema da corretora. Por exemplo, quem quiser comprar apenas 5 cotas basta digitar o código BOVA11F e o número 5 na quantidade de cotas desejadas.
Como é composta a carteira do BOVA11?
O BOVA11 é composto majoritariamente por ações que fazem parte da carteira do Ibovespa, em proporções similares às do índice. A composição não é idêntica porque o intuito do gestor do fundo é buscar o melhor desempenho em linha com o objetivo do fundo, que é seguir o índice.
O fundo investe no mínimo 95% do patrimônio em ações do Ibovespa e posições do índice no mercado futuro, e 5% patrimônio em ativos que não estejam relacionados ao índice.
BOVA11 × BRAX11: qual é a diferença?
O BRAX11 também é um ETF de renda variável. Mas, diferentemente do BOVA11, ele segue o Índice Brasil 100 (IbrX-100), que é composto pelos 100 papéis mais negociados na bolsa.
O fundo de índice também é gerido pela BlackRock e cobra uma taxa de administração de 0,20% ao ano. Contudo, por ter sido criado mais recentemente, ainda tem uma liquidez menor do que a do BOVA11.
Vale a pena investir no BOVA11?
Comprar cotas do BOVA11 é uma forma de aumentar o retorno da carteira de investimentos e investir na bolsa de forma segura, cômoda e pagando pouco.
Entre as principais vantagens do fundo, está a segurança. O investimento em diversos papéis diminui o risco que a pessoa correria caso comprasse diretamente poucos papéis.
Além disso, comprar as 60 ações que refletem o Ibovespa de forma independente teria um custo muito elevado, já que em cada operação de compra e venda geralmente é cobrada uma taxa de corretagem.
Além disso, o fundo reinveste os dividendos distribuídos pelas empresas emissoras dos papéis de forma automática. Ou seja, quem investe não precisa se preocupar em aplicar esses valores, como teria que fazer na compra direta de papéis.
Entre as desvantagens do BOVA11, está a impossibilidade de escolher os papéis que compõem a carteira do fundo, além de não se saber ao certo qual será a composição do índice. Por isso, o BOVA11 é indicado para iniciantes, que não têm tempo para fazer uma análise mais aprofundada sobre cada papel.
Além disso, diferentemente da compra direta de ações, a aquisição de cotas de um ETF não tem isenção de Imposto de Renda para operações de menos de R$ 20 mil a cada mês. A alíquota incidente na aplicação é equivalente a 15% do lucro.
Agora que você conhece o BOVA11 e entendeu a importância desse ETF para a diversificação da carteira, quer saber qual é a composição ideal de ativos para o seu perfil de risco? Conheça o serviço de consultoria de investimentos no nosso Guia completo sobre o assunto!
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