SÃO PAULO – Após valorização da ordem de 36% do Ifix, índice que acompanha os principais fundos imobiliários, em 2019, investidores se questionam se ainda vale a pena entrar na classe e quais segmentos podem continuar oferecendo uma boa relação entre risco e retorno.
Para comentar o desempenho da indústria de FIIs no último ano e o cenário do mercado para 2020, o professor do InfoMoney Arthur Vieira de Moraes recebeu Eduardo Levy, diretor da Kilima Gestão de Recursos, no programa “Fundos Imobiliários” .
Na avaliação do gestor, apesar do bom desempenho dos fundos de laje corporativa em 2019, ainda há espaço para que o segmento continue entregando bons resultados, visto que há “muita revisional pela frente não precificada”.
Com um crescimento maior do que o esperado para a economia este ano, diz, os valores dos aluguéis tendem a ser revisados para cima, com potencial de valorização de 20% a 30%. “Como muitas renegociações aconteceram em 2017 e no começo de 2018, é provável que elas voltem no início de 2020 e 2021. Com o mercado aquecido, se o locatário não quiser pagar e [decidir] sair, vai ter quem pague”, afirma.
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Outra classe interessante, segundo Levy, é a de fundos de fundos, conhecidos como FOFs. “Como a maioria desses fundos pegou posições a preços mais baixos, ainda tem esse ganho adicional, do valor represado do lucro, que [o fundo] vai realizar e, obrigatoriamente, distribuir aos cotistas”, diz.
Ele destaca que a classe é uma opção interessante de diversificação para o investidor que quer ficar exposto ao mercado de FIIs, mas não sabe exatamente em quais produtos alocar.
E a queda do Ifix?
Apesar do sucesso em 2019, os fundos imobiliários começaram o ano no vermelho, com o Ifix registrando até o dia 27 de janeiro queda de 3,3%. Para Levy, a baixa é apenas um ajuste. “É normal que em um mercado saudável haja correções. Isso deve acontecer com mais frequência e o investidor precisa ter isso em mente.”
Segundo ele, o mercado de fundos imobiliários ainda tem espaço para se apreciar, mas o investidor precisa entender os fundos não são iguais nem têm o mesmo valor, por isso é necessário estudar bem o ativo antes de investir.
“Este é um momento de extrema euforia. Novos gestores, novos ativos e novas subclasses precisam ser estudadas corretamente. Mas você pode – e deve – tomar riscos diferenciados, porque hoje você precisa colocar o seu dinheiro para funcionar, para ganhar o mesmo que ganhava lá atrás ou algo parecido”, diz Levy.
Confira o programa completo no vídeo acima.
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