quinta-feira, 12 de março de 2020

Após superar os R$ 5,00, dólar diminui alta com leilões do BC, mas renova máxima de fechamento

SÃO PAULO – O Banco Central fez uma série de leilões de dólares à vista nesta quinta-feira (12), que ajudou, junto com o anúncio de estímulos promovidos pelo Federal Reserve, a conter o ímpeto comprador na moeda dos EUA.

O dólar comercial abriu cotado a R$ 5,00, chegando à máxima de R$ 5,0280, em meio à derrota do governo no Congresso com a derrubada do veto de Jair Bolsonaro e com as falas do presidente dos EUA Donald Trump, mas amenizou os ganhos ao longo do pregão.

Hoje, o dólar comercial subiu 1,377% a R$ 4,784 na compra e a R$ 4,7857 na venda, ainda assim renovando a máxima histórica de fechamento. O contrato futuro do dólar para abril, que ainda está aberto para negociações, tem baixa de 0,94%, a R$ 4,782.

Logo pela manhã, o BC já teve uma postura mais firme para mitigar a volatilidade da divisa, ao elevar a oferta nos leilões de US$ 1,5 bilhão, como tinha sido anunciado ontem para US$ 2,5 bilhões.

No primeiro leilão o BC vendeu US$ 1,28 bilhão. Foi chamado um segundo pleito, no qual foram vendidos US$ 332 milhões. Logo depois foi anunciado um terceiro leilão, de US$ 1 bilhão, para o qual não se aceitou nenhuma proposta. Em um leilão posterior foram vendidos US$ 168 milhões.

Com isso, foram ofertados um total de US$ 4,785 bilhões e vendidos US$ 1,78 bilhão. Este mês já foram vendidos US$ 13 bilhões pelo BC.

Além disso, ajudou a atenuar o movimento de alta do dólar o programa do Federal Reserve de Nova York de oferecer liquidez para o mercado monetário através de programa de recompras reversas, o que também estancou as perdas das bolsas americanas. Contudo, o alívio durou pouco e elas logo voltaram a registrar forte baixa, no pior pregão para os índices da NYSE desde 1987.

 

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