sábado, 29 de fevereiro de 2020

Ações da Eucatex, da família Maluf, vão a leilão para pagar cofres públicos de SP

Condenado por lavagem de dinheiro e preso em regime domiciliar, o ex-prefeito de São Paulo, ex-governador e ex-deputado federal Paulo Maluf viu, ao longo dos últimos 20 anos, promotores do Brasil, Europa e Estados Unidos rastrearem recursos que saíram de obras públicas, percorreram paraísos fiscais e foram parar em ações da empresa de sua família, a Eucatex. Agora, no processo para devolução dessa verba para os cofres públicos, seus herdeiros podem ficar sem a firma.

Uma ação de cobrança internacional da Prefeitura de São Paulo para recuperar cerca de US$ 230 milhões atribuídos a Paulo Maluf resultará no leilão de quase metade das ações da Eucatex, a empresa de pisos e laminados da família do ex-prefeito. O dinheiro, segundo o Ministério Público de São Paulo e a Procuradoria Geral do Município, é fruto do superfaturamento de obras entre 1993 e 1996.

Se tiver sucesso, a ação resolverá um entrave ao processo iniciado há mais de 20 anos para recuperar o dinheiro: o fato de que a maior parte dos recursos identificados como fruto de crimes se convertera em ações e não estava disponível para saques ou transferências.

Embora muito do que foi desviado ainda esteja bloqueado, a Prefeitura de São Paulo já recebeu de volta parte da verba. Até ano passado, cerca de US$ 35 milhões atribuídos a Maluf e descobertos nas contas de duas empresas suas voltaram à cidade. Em fevereiro, outros US 8,4 milhões, relacionados a uma terceira firma, também foram repatriados. Além disso, quatro bancos que participaram das movimentações dos recursos fizeram acordos com São Paulo para evitar indiciamentos – e concordaram com o pagamento de multas que somaram outros US$ 55 milhões, também devolvidos à cidade entre 2014 e 2017.

Maluf por anos negou que tivesse contas no exterior. Viraram bordões as frases em que ele dizia que, caso alguém achasse contas dele no exterior, poderia ficar com o dinheiro. O ex-prefeito foi condenado, em 2017, por lavagem de dinheiro. Ano passado, foi para prisão domiciliar por apresentar problemas de saúde. Sua defesa não quis comentar o leilão. A Eucatex também foi procurada, e não se manifestou sobre a liquidação de parte das ações.

Cobrança

O leilão das ações da empresa de Maluf tem origem em ação de falência nas Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe. Entre setembro e dezembro do ano passado, a Prefeitura de São Paulo obteve da Justiça do país estrangeiro o direito de se inscrever na lista de credores das empresas Kildare e Durant, registradas nas Ilhas Virgens. Essas companhias, segundo o Ministério Público, foram usadas por Maluf e seus familiares para ocultar recursos que teriam sido desviados de obras, como a construção da Avenida das Águas Espraiadas (atual Jornalista Roberto Marinho) e do Túnel Ayrton Senna.

Ao longo de dez anos de investigações, essas empresas foram identificadas como destinatárias finais de recursos que Maluf teria levado para os Estados Unidos por meio de doleiros. Dos EUA, o dinheiro foi transferido para Jersey, uma ilha no Canal da Mancha ligada à Grã-Bretanha, para contas em nome das duas empresas caribenhas. Essas transações ocorreram de 1993 a 1998, segundo apontam as investigações.

A Kildare aplicou parte dos recursos em seis fundos de investimentos. Todos os fundos compraram ações da Eucatex: 44,5% das ações ordinárias da empresa (com direito a voto) e 50% das ações preferenciais. Para os investigadores do caso, esse esse esquema foi montado para Maluf tentar lavar o dinheiro desviado dos cofres públicos e poder usufruir da riqueza.

Foram as autoridades de Jersey as primeiras a reportarem, em 2001, suspeitas sobre o dinheiro dessas empresas.

Ainda no início do século, diante da descoberta das contas, investigadores do Brasil e de Jersey propuseram ações para que o dinheiro desviado ilegalmente de São Paulo voltasse à cidade. Em 2013, o processo em que a Prefeitura pedia a devolução transitou em julgado (os recursos judiciais para o processo se encerraram, restando a execução da sentença). Mas essa execução tinha um limite: o dinheiro que estava parado nas contas, que era menos do que o desviado. O restante já havia virado investimento nas empresas de Maluf.

Havia a opção de tentar reaver as ações. “Mas seria um processo muito caro”, diz o procurador do município Celso Coccaro, um dos envolvidos no caso. Seria preciso contratar advogados em todos os países ligados ao processo. A alternativa foi, diante da constatação da dívida, cobrar as empresas na Justiça. Como não houve pagamentos, os tribunais das Ilhas Virgens decretaram a falência de Kildare e Durant.

Com a indicação de um administrador da massa falida, as autoridades paulistas foram informadas da realização de um leilão das ações, que foram compradas nos anos 1990 por US$ 92 milhões. Ainda será definido como isso será feito: uma única oferta, lotes diferentes e até o melhor momento para a oferta. Como a Prefeitura está na lista de credores, será paga com parte do que for arrecadado. “MP e Prefeitura estão atuando em diversas frentes para recuperar pelo menos US$ 344 milhões”, diz o promotor Silvio Marques.

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Pediatra saudita acumula fortuna com IPO de US$ 5 bi

estetoscópio e notebook

Um pediatra saudita agora é um dos médicos mais ricos do mundo. A empresa de assistência médica fundada por ele conseguiu precificar a oferta pública inicial no topo da faixa indicativa.

A participação de 49% de Sulaiman Abdulaziz Al-Habib na empresa homônima vale 8,5 bilhões de riais (US$ 2,3 bilhões), segundo o Índice de Bilionários Bloomberg, com base no preço de venda anunciado de 50 riais por ação.

O médico planeja vender 17,4 milhões de ações no IPO, segundo o prospecto. A empresa não respondeu a um pedido de comentário.

A Dr. Sulaiman Al Habib Medical Group é uma das maiores prestadoras de serviços de saúde na Arábia Saudita e opera em hospitais, ambulatórios, farmácias e laboratórios médicos em todo o reino, além de Dubai e Bahrein.

O IPO é o primeiro na Arábia Saudita desde que a estatal de petróleo Saudi Aramco levantou quase US$ 30 bilhões em dezembro.

A empresa tenta aproveitar os planos do governo de aumentar a participação do setor privado em assistência médica, como também as tendências demográficas do país.

A população da Arábia Saudita é desproporcionalmente jovem e relativamente insalubre. Mais de 30% dos adultos são obesos e 18,5% sofrem de diabetes, segundo estatísticas da Organização Mundial da Saúde.

Al-Habib, de 68 anos, fundou a empresa em 1993, depois de atuar como diretor médico e chefe de pediatria em dois hospitais do governo em Riad. Formado pela Universidade Rei Saud, ele ganhou uma bolsa para estudar pediatria no Royal College of Physicians, no Reino Unido. O médico também investe em imóveis comerciais por meio de uma holding, de acordo com o prospecto.

Poucos médicos estão entre as pessoas mais ricas do mundo. Thomas Frist, cofundador e ex-cirurgião de voo da Força Aérea dos EUA, é o mais rico, com patrimônio líquido de US$ 13,1 bilhões, segundo o índice Bloomberg. Patrick Soon-Shiong, empresário e médico de biotecnologia, tem fortuna de US$ 9,2 bilhões.

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Grupos japoneses compram dona do papel higiênico Personal por R$ 2,3 bi

Os grupos japoneses Daio Paper e Marubeni anunciaram nesta quinta-feira, 27, a compra da empresa de papel Santher, que está há três gerações nas mãos da família Haidar. O valor do negócio é de R$ 2,3 bilhões, sem incluir as dívidas. Dona das marcas de papel higiênico Personal e papel toalha Snob, a companhia passou por uma reestruturação financeira no início de 2018, para alongamento de dívidas de cerca de R$ 500 milhões.

A empresa paulista, que foi colocada à venda no ano passado, intensificou as conversas com os grupos japoneses nas últimas semanas, segundo fontes a par do assunto. O anúncio do negócio foi feito pela Daio Paper e Marubeni, que terão 100% do controle da empresa de papel brasileira, por meio de uma joint venture firmada entre os dois grupos.

A Daio Paper, maior produtora japonesa de papel tissue (usado para fazer papel higiênico e guardanapo, por exemplo), terá 51% do negócio e a Marubeni, que atua em diversos setores, como energia e alimentos, ficará com os 49% restantes.

Em comunicado ao mercado, a Daio e Marubeni informaram que fizeram a parceria para investir no Brasil por considerar “o mercado nacional atraente, à luz do significativo crescimento populacional e do desenvolvimento econômico do País”. As duas companhias também acreditam no potencial crescimento da demanda por bens de consumo (incluindo produtos para cuidados pessoais). Além das marcas Personal e Snob, a Santher também produz absorventes femininos, fraldas descartáveis e tem linhas voltadas para o mercado corporativo.

O mercado global de produtos de higiene e cuidados pessoais é avaliado em aproximadamente US$ 180 bilhões, com uma taxa de crescimento anual em torno de 3% nos próximos anos. O Brasil é o quarto maior mercado consumidor do mundo, atrás dos Estados Unidos , Europa e China, com média de crescimento de 5,6% (produtos de papel doméstico) e 5,4% (fraldas descartáveis) nos últimos cinco anos.

Grupo familiar

Com a aquisição, a família Haidar sai do negócio. Fundada há 82 anos pelo empresário libanês Fadlo Haidar, formado em medicina, a empresa da Zona Leste da cidade de São Paulo começou a operar com produção para papel para embalagens. Haidar, que chegou ao Brasil em 1921, comprou um terreno na Penha, para construir a Fábrica de Papel Santa Therezinha.

Com três fábricas em operação, a companhia apostou na diversificação de produtos para garantir sua sobrevivência. Em 2016, contudo, afetada pela crise, a família decidiu fechar a unidade de Governador Valadares (MG) – considerada obsoleta. Em 2017, o grupo promoveu um processo de reestruturação financeira para reverter os resultados negativos dos últimos anos.

No ano passado, a Santher encerrou com receita líquida de R$ 1,56 bilhão, alta de 5,4% sobre 2018, e lucro de R$ 30 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 5,2 milhões do ano anterior. O Ebitda (geração de caixa) alcançou R$ 179,8 milhões, crescimento de 49% ante o ano anterior. O atual presidente da companhia, José Rubens de la Rosa, deverá permanecer na gestão.

O Pinheiro Neto Advogados assessorou a Santher no negócio. O escritório Mattos Filho e o banco BNP Paribas atuou pela Daio e Marubeni.

Consolidação

A compra da Santher pela Daio e Marubeni reforça o interesse de grupos estrangeiros pelo mercado de papel e celulose brasileiro. Os grupos japoneses vão disputar mercado com a gigante Kimberly- Clark, dona da marca de papel higiênico Neve. No ano passado, a empresa Softys, filial da chilena CMPC, comprou a paranaense Sepac por R$ 1,3 bilhão. Outras empresas do País estão no alvo de multinacionais, que buscam expansão em mercados emergentes, segundo fontes.

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As 5 ações do Ibovespa que caíram mais de 20% em fevereiro – e as 4 únicas que conseguiram subir no mês

SÃO PAULO – Fevereiro foi marcado por uma forte queda do Ibovespa, de 8,43%, na maior queda mensal desde maio de 2018, quando o índice recuou 10,87% por conta da greve dos caminhoneiros no Brasil.

Desta vez, a questão que levou à forte baixa do mercado não foi interna, mas global. Boa parte das maiores quedas do Ibovespa tem relação com o surto de coronavírus, que atingiu novo patamar como fonte de preocupação nos mercados com o caso da Covid-19 se espalhando fortemente por países fora a China, com destaque na Europa para o aumento na Itália,

A pior queda do índice no mês ficou com a CVC (CVCB3), com baixa de 29,51%, conforme dados da Economatica. Também entre as maiores baixas do mês, estiveram as ações da Gol (GOLL4, -25,26%) e da Azul (AZUL4, -25,01%), refletindo justamente esse período de incerteza sobre o impacto da doença na demanda de viagens. Apesar de serem poucos

Os papéis das três empresas tiveram expressiva queda especialmente nos últimos três pregões do mês, com a expectativa de que os resultados das companhias possam ser deteriorados também a depender do impacto da doença para a economia brasileira.

Segundo Betina Roxo, analista da XP Investimentos, o setor aéreo sofre como um todo. Contudo, pondera, no Brasil, ainda não se vê um impacto tão direto porque a economia ainda não está sofrendo, como aconteceu na China, por exemplo, onde houve cancelamento de voos.

“Além disso, essas empresas aéreas nacionais não têm participação no mercado lá fora, mas são empresas que 50% do custo são dolarizados”, explica a analista. “Estamos falando de empresas que cada 5% de depreciação do real, a margem cai 1 ponto percentual, o que atrapalha bastante os resultados”.

Em relatório do fim de janeiro, o Bradesco BBI havia apontado esperar que o coronavírus tivesse impacto primeiramente sobre a demanda de tráfego internacional. “Também acreditamos que preocupações crescentes com viagens internacionais podem desviar a demanda para viagens domésticas de lazer, beneficiando empresas como Gol, Azul e e CVC. No entanto, se novos casos de coronavírus forem confirmados em mais países, a demanda doméstica também pode estar em risco”, afirmaram os analistas.

No caso da CVC, o analista Richard Cathcart ressaltou ainda que o impacto dependeria também se o surto se tornasse uma pandemia (e em que regiões) e que as viagens domésticas poderiam ganhar força ante viagens internacionais.  A ponderação foi que, caso fosse confirmada a doença no Brasil (o que ocorreu efetivamente na quarta-feira, 26), o cenário seria mais negativo. “No auge do zika em 2015-16, o tráfego aéreo doméstico e as vendas nas mesmas lojas da CVC enfraqueceram, embora seja difícil saber exatamente quanto disso foi causado pelo zika e quanto se deve ao enfraquecimento da economia”, avaliou.

Outra ação que é impactada fortemente pelo surto de coronavírus, assim como todo o setor dela, é a JBS (JBSS3), com baixa de 17,69% em fevereiro, que sofreu com o impacto do coronavírus no consumo de carnes global (e especialmente da China). Conforme relatório do Rabobank divulgado nesta sexta, as importações de carne bovina pela China recuarão no primeiro semestre deste ano devido à doença, com potencial de reprimir o movimento positivo recente das exportações de carne por conta da peste suína africana no gigante asiático.

Amplos estoques chineses de carne bovina congelada, armazenados em mercados locais em meio aos preparativos para o feriado do Ano Novo Lunar, não foram consumidos em janeiro por causa do coronavírus, destacou o banco em análise.

Minerva, JBS e Marfrig estão entre alguns dos principais exportadores de carne bovina do Brasil. Enquanto Minerva (BEEF3) teve baixa, mas não tão expressiva, a JBS também foi de longe a pior ação do setor.

Além do cenário com o coronavírus e da forte alta recente dos ativos, algumas notícias da companhia também impactaram a visão dos investidores. No último dia 21, a Pilgrim’s Pride (PPC), da JBS, divulgou resultado do quarto trimestre, com receita líquida de US$ 3,06 bilhões (alta de 15,3% na base de comparação anual) e Ebitda em US$ 162 milhões (alta de 45,6% na comparação anual).

A receita líquida ficou 5% acima do consenso enquanto que, por outro lado, o Ebitda ficou 16% abaixo do consenso. A PPC apresentou uma margem Ebitda de 5,3% (alta de 1,1 ponto percentual), 1,4 ponto abaixo do consenso.

“Comentando os aspectos negativos do trimestre, a PPC destacou que os preços no México estavam abaixo das expectativas sazonais, dadas as fracas condições macroeconômicas”, destacou o Bradesco BBI, também avaliando que, após olhar os números da subsidiária americana da companhia, a avaliação é de que estavam um pouco otimistas em relação ao resultado do quarto trimestre da JBS, embora isso não mudasse a visão positiva sobre as ações.

Além disso, o Credit Suisse destacou que os números do quarto trimestre a serem apresentados pela JBS, no dia 25 de março, não serão tão positivos. “A operação local deve sofrer com o aumento de preços de gado em dezembro e de negociações mais difíceis com os operadores de China. Enxergamos o nível de margem próximo de 6,3%, contração frente aos 8,5% do terceiro trimestre de 2019”, afirmaram os analistas do banco suíço em relatório.

“De forma geral, houve uma combinação pouco favorável da [concorrente] Tyson voltando a operar a planta de Kansas, preços de porco em dólar retornando a preços normalizados, produção de aves nos Estados Unidos maior que a demanda e preços de gado no Brasil acima do patamar de 1 ano atrás. A Seara também deve sofrer um pouco com preços de grãos mais altos. O primeiro trimestre não deve ser muito fácil para a JBS, mas continuamos com o nosso call positivo para o papel”, disseram.

Saindo um pouco do noticiário sobre coronavírus, quem esteve nos holofotes dos investidores em fevereiro, e fechou o mês com forte queda, foi o IRB (IRBR3), com forte baixa de 25,83%. Os ativos foram fortemente impactados por duas cartas da gestora Squadra, que apontou inconsistências nos números da companhia, ao falar que existem indícios que reforçam que os lucros normalizados (recorrentes) estão significativamente inferiores aos lucros contábeis reportados nas demonstrações financeiras do IRB.

No dia 19, a resseguradora apresentou seus números de 2019, registrando um lucro 44,7% no ano passado maior que o registrado em 2018. Em teleconferência após o balanço, José Carlos Cardoso, CEO da empresa, afirmou: “Não temos dúvidas de que o guidance [expectativa para o ano] será atingido e que 2020 será o melhor ano da companhia”.

Mas o grande foco estava nas explicações da companhia sobre o caso Squadra. Até então, o IRB havia se pronunciado, mas sem grandes detalhes, pois estava em período de silêncio antes da divulgação do balanço. Os resultados do trimestre vieram com informações adicionais sobre alguns dos pontos questionados pela Squadra, como mais detalhes sobre sinistros, salvados e ressarcidos e compra e venda de shopping centers. Também foram auditados por duas das Big Four (as empresas contábeis especializadas em auditoria mais prestigiosas do mundo): PwC e Ernst & Young.

Nos últimos dias do mês, o IRB voltou a ganhar destaque por conta de duas notícias. No dia 27, os ativos subiram 6,66% com a notícia do jornal O Estado de S. Paulo (não confirmada) de que a Berkshire Hathaway, do megainvestidor Warren Buffett, teria triplicado sua posição na resseguradora brasileira. De acordo com a publicação, as compras teriam ocorrido entre os dias 6 e 18 de fevereiro.

Ainda ontem, foi veiculado no Valor a notícia de que o presidente do Conselho de Administração do IRB, Ivan Monteiro, teria pedido demissão do cargo no último dia 20, um dia após a teleconferência de resultados da empresa. Monteiro estaria “desconfortável” com a administração da companhia. Apesar da empresa ter divulgado um fato relevante na noite de ontem negando a renúncia do presidente do Conselho de Administração, a notícia teria sido confirmada por fontes próximas do jornal.

“A forte queda das ações em 2020 após as cartas da Squadra pode ter significado uma oportunidade de entrada para quem ainda permanece confiante na empresa. No entanto, entendemos que IRB manterá a alta volatilidade no curto prazo diante da maior incerteza sobre a veracidade de seus números contábeis e da menor previsibilidade dos lucros no futuro”, destaca a Levante Ideias de Investimento.

Outro papel com forte queda no mês foi a Ultrapar (UGPA3), com queda de 23,51%. Além da maior aversão ao risco do mercado, as ações UGPA3 sofreram com os resultados do quarto trimestre, revelados no dia 19 de fevereiro e que fizeram com que os papéis caíssem mais de 7% após o balanço.

A Ultrapar teve um prejuízo de R$ 259,5 milhões no quarto trimestre do ano passado, após ter tido lucro líquido de R$ 495 milhões em igual período do ano anterior. Embora o desempenho da Ipiranga, Ultragaz e Oxiteno tenha se mantido na média, o grupo teve uma redução do valor recuperável de ativos (“impairment”) de R$ 593 milhões na Extrafarma, o que prejudicou o Ebitda e outros resultados da holding.

Já a Ambev (ABEV3) fechou em forte queda no mês em meio aos temores de maior concorrência e de desafios para precificação que podem levar à compressão de margens. Os receios foram confirmados depois com o resultado do quarto trimestre, que fez a empresa perder R$ 20,7 bilhões em valor de mercado. Veja mais clicando aqui.

Confira as 5 maiores quedas do Ibovespa em fevereiro:

Empresas Ticker Cotação  Queda no mês
CVC Brasil CVCB3 R$ 25,73 -29,51%
IRB IRBR3 R$ 33,25 -25,83%
Gol GOLL4 R$ 25,60 -25,26%
Azul AZUL4 R$ 44,44 -25,01%
Ultrapar UGPA3 R$ 19,08 -23,51%

Apenas 4 altas no mês

Ironicamente, uma das únicas altas ficou com a ação de um frigorífico: trata-se da Marfrig (MRFG3), que viu seus papéis subirem na expectativa por um resultado bastante positivo, que foi divulgado no dia 19. A companhia registrou lucro líquido de R$ 27 milhões no quarto trimestre de 2019, ante prejuízo líquido de R$ 1,257 bilhão em igual período de 2018. No acumulado do ano, o lucro líquido caiu para R$ 218 milhões, ante R$ 1,4 bilhão no ano anterior.

Outra ação que subiu forte em um mês de queda do Ibovespa foi a Weg (WEGE3), na esteira de revisões de recomendações. No final de janeiro, o HSBC elevou a recomendação para a ação de manutenção para compra, enquanto o JPMorgan elevou a recomendação de venda para neutra no dia 21, destacando que a companhia poderia se beneficiar da tendência mundial de eletrificação, como veículos elétricos e automação, que deve ajudar a empresa a continuar crescendo a taxas fortes.

A equipe do JP diz acreditar que o desempenho recente da companhia mostra que os investidores devem comparar a companhia às empresas de alta qualidade e crescimento da B3, devido ao seu histórico e execução. “Ainda que a Weg não seja totalmente comparável a qualquer empresa doméstica, vemos que sua avaliação continuará acompanhando de perto os pares domésticos (qualidade e crescimento) e não os estrangeiros, que são maiores e têm negócios mais complexos que a Weg, limitando seu potencial crescimento”, apontam os analistas.

Antes do relatório do JP, contudo, a companhia divulgou os resultados do quarto trimestre, considerados fortes. O lucro líquido da empresa cresceu 49,3% para R$ 500 milhões no período – sobre igual trimestre de 2018. A receita líquida de vendas avançou 20,9% para R$ 3,77 bilhões, expansão de 20,9% sobre igual trimestre do ano anterior.

“A WEG reportou avanços significativos e vem sequencialmente reforçando sua capacidade de gerar valor tanto via as aquisições quanto de forma orgânica. Apesar de reconhecermos o histórico sólido de execução da companhia, que continua a se reforçar ao longo do tempo, nós mantemos preferência relativa por nomes que (i) negociam em níveis de valuation mais atrativos e (ii) possuem uma alavancagem mais direta à atividade econômica local dentro do universo de cobertura”, ressaltou a XP Investimentos em relatório de análise do balanço da companhia.

Em seguida, mas com altas menos expressivas, estiveram a Equatorial (EQTL3), com alta de 3,44%, enquanto o Itaú Unibanco (ITUB4) conseguiu fechar no azul, com ganhos de 0,26%.

Confira as 4 altas do Ibovespa em fevereiro: 

Empresas Ticker Cotação  Alta no mês
Marfrig MRFG3 R$ 12,07 +10,03%
Weg WEGE3 R$ 43,15 +9,86%
Equatorial EQTL3 R$ 24,66 +3,44%
Itaú Unibanco ITUB4 R$ 32,00 +0,52%

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Coronavírus faz empresas perderem bilhões em valor de mercado por redução de previsão de lucro

SÃO PAULO – O impacto do coronavírus, causador da Covid-19, tem gerado prejuízos bilionários no mercado global. O avanço da doença em todo mundo e a China, epicentro do surto, ainda paralisada por quarentenas e restrições que refletem na diminuição de produção e do consumo, fez com que grandes multinacionais reduzissem suas estimativas de receita para o primeiro trimestre deste ano.

A última a anunciar queda nas projeções, a Microsoft perdeu US$ 62 bilhões em valor de mercado no pregão desta quinta-feira (27), um dia depois de comunicar que não conseguiria atingir as receitas previstas entre US$ 10,75 bilhões e US$ 11,15 bilhões para os seus negócios da linha “More Personal Computing”. O segmento depende diretamente da China, já que é lá que a maioria dos componentes são fabricados.

A Apple, que tem a China como um dos seus maiores mercados, também sentiu o impacto da restrição da oferta e demanda do país. Após fechar todas as suas lojas no país, a gigante fundada por Steve Jobs, afirmou que não iria mais cumprir suas expectativas de receita para o trimestre, o que significou uma perda de US$ 26 bilhões em valor de mercado. A empresa prevê escassez temporária de itens para a produção do iPhone devido ao ritmo mais lento que o esperado das atividades das Foxconn.

Os dispositivos montados no país – por conta da mão de obra barata – são responsáveis pelo abastecimento dos estabelecimentos em mercados estratégicos pra Apple, como Estados Unidos, Europa e a própria China. A suspensão da produção, segundo a Reuters, pode atrasar até o lançamento do novo iPhone.

Para compensar as perdas e conseguir suprir a demanda de novos dispositivos, as fábricas da Foxconn na China têm oferecido bônus apara seus funcionários e abriu novas vagas para aumentar a sua produção.

A Coca-Cola anunciou aos seus investidores que a empresa estima um redução no lucro de até US$ 0,02 centavos por ação no trimestre inicial deste ano. O surto perturbou a cadeia de suprimentos, incluindo o envio de adoçantes artificiais da China – 3º maior mercado da companhia. No pregão seguinte ao anúncio, a Coca-Cola perdeu US$ 6 bilhões em valor de mercado.

Já a Mastercard, além de reduzir suas previsões do primeiro trimestre também cortou as projeções anuais. Citando os impactos do vírus no segmento de viagens e comércio eletrônico, a empresa de cartão de crédito espera que a receita trimestral diminua de 2% a 3% se o surto continuar a crescer no ritmo atual.

“Há muitas incógnitas quanto à duração e gravidade da situação e estamos monitorando de perto”, disse a empresa, acrescentando que atualizaria os investidores novamente em sua apuração de lucros no primeiro trimestre.

A empresa norueguesa de cruzeiros Royal Caribbean International estima uma perda de US$ 0,90 por ação em 2020 por conta do coronavírus. A empresa, que perdeu US$ 1,5 bilhão em valor, cancelou diversas viagens para Ásia e modificou o itinerário na região, acrescentou ainda que o cancelamento de todas as viagens ao continente até abril adicionaria perdas de mais US$ 0,30 na rentabilidade dos seus papéis.

Terceira maior linha aérea dos Estados Unidos, a United Airlines também sentiu o impacto das restrições de viagens para o país mais populoso do mundo. A companhia perdeu US$ 1,2 bilhão em valor de mercado após divulgação de um relatório que revelou “queda de aproximadamente 100% na demanda de curto prazo para a China” e uma queda de 75% na demanda para outras rotas transpacíficas.

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Super Terça, PIB do Brasil e coronavírus: o que acompanhar na próxima semana

SÃO PAULO – Enquanto o novo coronavírus segue no centro das atenções dos investidores no mundo todo, a agenda de indicadores ganha força, com destaque para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. No exterior, a atenção se volta para a corrida eleitoral com a “Super Terça”.

Na quarta-feira (4) o mercado volta suas atenções para o dado do PIB do Brasil do quarto trimestre e acumulado de 2019. Segundo projeções compiladas pela Bloomberg, a economia brasileira deve registrar leve alta de 0,6% na comparação trimestral.

Apesar disso, o mercado já está de olho nos números deste início de ano, tentando avaliar os impactos do coronavírus na economia. Para isso, na segunda-feira (2) sai o relatório Focus com as novas projeções dos economistas, além do PMI manufaturas e da balança comercial.

Diante dos dados fracos dos meses passados (antes do coronavírus), se estes novos números seguirem indicando um desempenho menor, o mercado pode elevar as apostas de um novo corte na Selic em breve.

Enquanto isso, o câmbio segue um dos principais itens no radar, com a moeda chegando a superar R$ 4,50 durante o último pregão. O Banco Central tem feito atuações relativamente pontuais com swaps, que analistas consideram mais focadas em suavizar o movimento do que em segurar o câmbio.

Na política, nos próximos dias o Congresso volta aos trabalhos após a longa pausa de Carnaval e os investidores ficarão atentos ao ambiente após a polêmica entre o presidente Jair Bolsonaro sobre o protesto marcado para 15 de março.

Este cenário deve ajudar o mercado a entender o clima, principalmente com a pauta das tributária e administrativa no caminho. Entre as propostas, a autonomia do Banco Central pode ser votada na terça-feira (3) e marco regulatório do Saneamento Básico também pode ser votado na semana.

No radar corporativo, a temporada de resultados do quarto trimestre volta a ganhar força, com pelo menos 18 balanços sendo divulgados. Entre os destaques, BRF apresenta seus números de fim de ano na terça, enquanto na quarta será a vez de CSN e Arezzo.

Já na quinta-feira (5), Iochpe-Maxion, Natura, Randon, Odontoprev, CCR, B3 e entre outras divulgam seus resultados.

Eleições agitam o exterior

No mercado internacional, atenção especial para a Super Terça, considerado o dia mais importante das primárias. Neste dia, 14 estados e um território irão às urnas na corrida eleitoral democrata, sendo que apenas neste dia estará em disputa um terço dos delegados totais.

Comumente, esta data tende a trazer definições para a disputa. Neste ano, com ainda tantos candidatos democratas, é possível que no dia seguinte alguns nomes retirem suas candidaturas enquanto, caso um deles consiga uma grande quantidade de delegados, pode encaminhar a sua escolha como o candidato do partido.

O senador Bernie Sanders segue como favorito, mas nada está definido. A Super Terça ganha um fator especial desta vez porque marcará também a entrada do ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg nas primárias. Ele já bateu recorde de gastos em uma campanha, mas não foi bem nos debates que participou, o que deixa dúvidas sobre a força de sua campanha.

Entre os indicadores, atenção ainda para o relatório de emprego (Payroll) nos Estados Unidos, além dos PMIs chineses e europeu de fevereiro. Todos estes dados podem trazer alguma indicação dos primeiros impactos do coronavírus na economia ao redor do mundo.

Clique aqui para conferir a agenda completa de indicadores e resultados.

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Ibovespa sobe 1%, mas não evita pior semana desde 2011 com coronavírus; dólar bate máxima aos R$ 4,48

SÃO PAULO – O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira (28), porém despencou 8,37% na semana que foi marcada pelo pânico global em relação ao coronavírus. Esta foi a pior queda semanal do índice em nove anos. A última vez em que a Bolsa caiu tanto foi na semana encerrada em 5 de agosto de 2011 quando houve a crise das dívidas soberanas de países europeus como a Itália.

No mês, o índice brasileiro recuou 8,43%, no seu pior desempenho mensal desde maio de 2018, mês em que ocorreu a greve dos caminhoneiros, que paralisou o Brasil por semanas e enfraqueceu ainda mais o governo Temer.

Segundo Júlio Erse, gestor-chefe da Constância Investimentos, o principal motivo para o sell-off que atingiu em cheio o mercado brasileiro e global nos últimos dias é a imprevisibilidade acerca do que vai acontecer com o coronavírus. Embora o número de novos casos esteja desacelerando na China, o epicentro da doença, no mundo há uma disseminação que torna o ambiente bastante incerto.

“O impacto econômico da Covid-19 depende do alastramento e das medidas tomadas para conter a doença. Se, a exemplo da China, realizarem proibições de circulação e fechamento de fábricas na Europa e outras regiões afetadas, terá um efeito duplo na oferta e demanda”, explica o gestor.

Para ele, a volatilidade dos últimos dois pregões, em que o principal índice da B3 abriu em forte queda, chegou a virar para alta, mas depois encerrou a sessão em baixa, foi consequência dessas incertezas. “Essa volatilidade foi em linha com o que aconteceu no mundo inteiro”, aponta.

Nesta sexta, contudo, o Ibovespa registrou alta de 1,15%, aos 104.171 pontos, com volume financeiro negociado de R$ 39,759 bilhões. O movimento de ganhos veio após o índice chegar a recuar 2,95% na mínima, em 99.950 pontos. Lá fora, as bolsas americanas chegaram a cair 3%, mas terminaram o dia com quedas próximas de 1%. O Nasdaq fechou com leve alta de 0,01%.

Ajudando tanto o benchmark da Bolsa brasileira quanto os mercados internacionais esteve a fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmando que está “monitorando de perto” a epidemia do coronavírus e seu potencial em desacelerar o crescimento econômico dos Estados Unidos.

Com isso, aumentaram as apostas de dois cortes de juros na taxa básica dos EUA nas próximas reuniões da autoridade monetária. Se isso for confirmado, a maior economia do mundo será estimulada, ao passo que o diferencial de juros entre os títulos da dívida americana e os brasileiros diminuirá, aumentando a atratividade dos ativos brasileiros ao investidor estrangeiro.

Na quarta-feira (26), a B3 teve sua maior saída diária de capital estrangeiro da história, em R$ 3,068 bilhões. Em fevereiro, o saldo acumulado de recursos estrangeiros na Bolsa está negativo em R$ 15,750 bilhões, resultado de compras de R$ 190,150 bilhões e vendas de R$ 205,900 bilhões.

Enquanto isso, o dólar futuro com vencimento em março teve leve alta de 0,23%, a R$ 4,499. O dólar comercial registrou ganhos de 0,13%, a R$ 4,4801 na compra e R$ 4,4811 na venda. O Banco Central atuou novamente no câmbio nessa sexta, vendendo 20 mil contratos de swap. Mesmo assim, na semana o dólar subiu 2% e no mês, 4,56%.

Já entre os juros futuros, o contrato com vencimento em janeiro de 2022 teve queda de 22 pontos-base a 4,48%, enquanto o de vencimento em janeiro de 2023 recuou 22 pontos-base a 5,12%, seguido pela baixa de 17 pontos-base do vencimento em janeiro de 2025, a 6,02%.

Vírus

Os efeitos econômicos do coronavírus são cada vez mais sentidos, a Hyundai fechou sua fábrica de carros na cidade de Ulsan, na Coreia do Sul, após um trabalhador ter o diagnóstico positivo do coronavírus. A agência de notícias Yonhap informa que o governo de Seul pediu a todas as igrejas e templos no país que suspendam cerimônias para evitar a propagação do vírus.

Ontem, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou para a possibilidade de o avanço do coronavírus se tornar uma pandemia, mas ponderou que o surto ainda pode ser contido. “Estamos em um ponto decisivo”, afirmou durante entrevista coletiva em Genebra, na Suíça.

Entre os indicadores, hoje a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) mostrou que o desemprego ficou em 11,2% no trimestre até janeiro deste ano contra 11% no trimestre até dezembro e 12% ante o trimestre até janeiro de 2019. A estimativa mediana dos economistas de acordo com o consenso Bloomberg era de 11,3%.

Política 

Em sua live semanal na Internet, o presidente Jair Bolsonaro cobrou do Congresso a aprovação das reformas enviadas pelo governo, mas negou que tenha incitado a população a ir às ruas em manifestação contra o Legislativo. Sob críticas de parlamentares e do Judiciário, Bolsonaro é pressionado a aplacar uma crise política que ele mesmo provocou, ao compartilhar vídeos em apoio a uma manifestação contra o Congresso marcada para 15 de março.

Ele pediu “serenidade” e “responsabilidade” e refutou informações de que estaria apoiando atos que teriam, entre as pautas anunciadas, de acordo com as notícias, pedidos de fechamento do Legislativo e do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Eu não vi nenhum presidente de Poder falar sobre essa questão do dia 15, que eu estaria estimulando um movimento contra o Congresso e contra o Judiciário, não existe isso. Não falaram porque não existe isso. Agora, nós não podemos nos envenenar com essa mídia podre que nós temos aí, em grande parte, podre que nós temos ai. Eu apelo a todo mundo, serenidade, patriotismo, responsabilidade, verdade. Nós podemos mudar o destino do Brasil. Não vou falar bem do meu governo, você que julga na ponta da linha. Pode ter certeza que, cada vez mais, os chefes de Poderes vão se ajustando, porque a nossa união, são quatro homens, quanto mais ajustados nós tivermos, nós juntos podemos fazer um Brasil melhor para 210 milhões de pessoas”, afirmou.

Sobre a alta do dólar, Bolsonaro diz que não interfere no BC: “no Brasil, o dólar está R$ 4,44 e nós lamentamos, porque isso, mais cedo ou mais tarde, vai influenciar naquilo que nós importamos, até no pão, no trigo”.

PIB 

O Ministério da Economia deve revisar a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) até a próxima semana, informa o jornal O Estado de S. Paulo. A revisão ocorre por causa do avanço do surto do coronavírus no mundo, principalmente na China, de onde o Brasil importa grande parte dos produtos manufaturados e peças para a indústria. A falta de componentes industriais vindos da China faz com que fábricas brasileiras, principalmente de eletroeletrônicos, deem férias coletivas e adiem o lançamento de produtos.

Na véspera, o Bank of America reduziu, por conta do coronavírus, pela segunda vez no mês, a projeção de crescimento do Brasil em 2020, que passou de 2,2% para 1,9%. Na quarta, o JP Morgan cortou a estimativa para o PIB brasileiro neste ano de 1,9% para 1,8%.

Noticiário corporativo 

A Petrobras anunciou na noite de ontem uma série de desinvestimentos, o mais aguardado dos quais é a venda dos 51% restantes que possui de participação na Gaspetro. A estatal publicou o teaser para a venda da sua participação na distribuidora de gás natural, que possui mais de 10 mil quilômetros de gasodutos no Brasil. A Japonesa Mitsui é dona dos 49% restantes na Gaspetro. Em outro negócio, a Neoenergia aprovou a emissão de debêntures no valor de R$ 300 milhões e com vencimentos em 2045.

Já a Vale pediu à Petrobras cessão de navios para eventual vazamento. A mineradora divulgou comunicado sobre incidente com o navio MV Stellar Banner, de propriedade e operado pela empresa sul- coreana Polaris. A embarcação está encalhada a cerca de 100 quilômetros da costa de São Luís (MA), fora do canal de acesso do Terminal Marítimo Ponta da Madeira, de onde partiu na última segunda-feira.

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Agravamento do coronavírus leva a nova onda de corte de projeções para PIB do Brasil e do mundo

SÃO PAULO – O abalo causado pelo coronavírus na economia global está se mostrando bem maior do que se pensava em um primeiro momento. Isso provoca uma onda de reduções nas projeções dos economistas para o crescimento da economia global.

A equipe de análise do Credit Suisse, por exemplo, entende que o Produto Interno Bruto (PIB) mundial não crescerá mais 2,6% como previam antes, mas 2,2%. “A disseminação do surto no Japão, Coreia do Sul, Itália e outras economias significa quarentenas e restrições na atividade econômica fora da China”, afirmam os analistas James Sweeney, Neville Hill, Yi David Wang, Hiromichi Shirakawa e Alonso Cervera. Para eles, é provável que o PIB desses países, assim como o da zona do euro, sofra contração ao longo deste ano.

Matthew Hope, também do CS, escreveu em relatório que a China está vencendo a guerra contra o coronavírus, como demonstra a estabilização na província de Hubei em 430 novos casos por dia e o declínio no número de novos diagnósticos em outras regiões. O problema, na visão dele, é o alastramento do Covid-19 em outros países.

“A Europa pode não ser capaz de fechar cidades como a China fez, o que facilitará a disseminação”, destaca. O impacto disso na demanda por commodities, embora ainda não seja quantificável, seria muito relevante, especialmente para cobre e alumínio, que sofreriam com a menor venda de carros e a desaceleração na construção civil globalmente.

Por outro lado, o minério de ferro – que é muito importante para o Brasil – e o carvão mineral deverão ser mais resilientes, uma vez que o investimento em infraestrutura na China deve seguir firme. Há esperança também que a mudança da estação, com o fim do inverno e chegada da primavera no hemisfério norte, desacelerem o avanço do coronavírus. “Se a nova doença se comportar como outros vírus, os casos devem retroceder no verão.”

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Outro ponto levantado pelo Credit é que o medo do coronavírus e a resposta das autoridades a ele devem concentrar os efeitos econômicos negativos, bem mais do que as mortes decorrentes da doença. “A população mais jovem, trabalhadora e consumidora é menos afetada. Desse modo, uma pandemia não deverá afetar diretamente o consumo”, explica o analista.

Já a equipe de análise do Bank of America (BofA) cortou sua projeção de crescimento econômico global este ano de 3,1% para 2,8%. “O momentum de expansão da economia já era pouco animador mesmo antes do choque do coronavírus. A resposta agressiva da China à Covid-19 agora nos mostra que o primeiro trimestre de 2020 deve ser muito fraco”, avaliam os analistas.

Um ponto citado com muita ênfase é que a disrupção econômica provocada pela doença está se prolongando por mais tempo do que se esperava, com impactos nefastos para a economia real. “Muitos trabalhadores migrantes ainda estão para retornar às suas casas, o que impossibilita que as fábricas operem com toda a capacidade.”

O Fundo Monetário Internacional (FMI) já afirmou que deve reduzir sua perspectiva de crescimento global nos próximos dias, em decorrência do agravamento do surto de coronavírus no mundo.

Brasil

Especificamente para o Brasil, o BofA cortou sua projeção de crescimento em 2020 de 2,2% para 1,9%. Na mesma toada, o JPMorgan reduziu a estimativa de avanço do PIB brasileiro de 1,9% para 1,8%.

Os analistas Dalton Gardimam, Ricardo Mauad e Bernardo Keiserman, do Bradesco BBI, também revisaram suas projeções para o PIB brasileiro em 2020, cortando de 2,3% para 1,9%. “Clara e inegavelmente, a estimativa de 2,3% tem perspectiva negativa, mas para sermos honestos, não vemos o Brasil voltando ao nível de crescimento de 1% visto nos últimos anos mesmo após as revisões”, escreve a equipe do Bradesco.

Apesar disso, os analistas ressaltam que há boas notícias para o Brasil nesse caso. Por mais que o baque nos preços das commodities não seja algo fácil de se contornar devido à dependência brasileira da exportação desses produtos, o País está distante do epicentro da epidemia e é uma economia relativamente fechada, além de ter um clima tropical, que é menos propício para a disseminação de doenças respiratórias.

Fora isso, o turismo nunca foi tão relevante para a economia brasileira quanto para outros países que estão sendo impactados pelo coronavírus.

Na avaliação dos analistas do Bradesco, duas coisas para serem observadas de perto nos próximos dias são a evolução dos casos fora da China e as medidas iniciais do governo brasileiro para conter a proliferação do vírus conforme novos casos forem se confirmando no nosso território.

Antes mesmo da nova onda de aversão ao risco dos investidores nessa semana, diversos bancos já haviam cortado a previsão para a economia brasileira. O BNP Paribas reduziu sua previsão de crescimento do PIB 2020 de 2% para 1,5%, enquanto o Fator derrubou a projeção de 2,2% para 1,4%.

Previsão oficial

Além dos bancos e das casas de análise, o próprio Ministério da Economia deve revisar a previsão de alta do PIB até o fim da próxima semana, segundo informações do Estado de S. Paulo. Atualmente, o cenário-base de crescimento brasileiro do governo é de 2,4%.

O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia (SPE), Adolfo Sachsida, disse que o melhor “remédio” para enfrentar os efeitos negativos da epidemia no crescimento econômico é avançar nas reformas no Congresso.

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Mercados estão crescentemente precificando pandemia e recessão, diz Danske Bank

Os mercados mundiais estão “crescentemente precificando” uma pandemia do coronavírus no planeta e uma recessão mundial, avalia nesta sexta-feira, 28, o banco dinamarquês Danske Bank.

“Há pouca dúvida de que a percepção dos agentes e os preço do mercado estão colocando uma probabilidade de rápido crescimento do surto de coronavírus para uma pandemia e uma subsequente recessão global”, destaca relatório.

“Os mercados aguardam agora as respostas de políticas econômica dos governos”, afirma o Danske.

Nos Estados Unidos, por exemplo, eles acreditam que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pode ter de agir rapidamente e lembram que a próxima reunião de política monetária será nos dias 17 e 18 de março.

Na Ásia, China e Cingapura já anunciaram medidas fiscais e monetárias, mas a zona do euro parece mais relutante. A expectativa é que a Alemanha adote estímulos fiscais, mas a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, minimizou ontem as chances de resposta imediata e disse que a instituição “não deve agir agora”.

Se os casos do coronavírus parecem crescer menos dentro da China, o Danske destaca que em outras regiões os números mostram o contrário, com rápida disseminação na Europa e em países como Coreia do Sul.

Nesse ambiente, as bolsas mundiais estão em forte queda desde segunda-feira e o mercado futuro em Chicago já precifica três cortes de juros pelo Fed este ano.

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Companhias aéreas usam desinfetantes potentes para matar vírus

(Bloomberg) — Companhias aéreas têm recorrido aos desinfetantes mais potentes do mundo para eliminar o coronavírus dos aviões.

Qantas Airways, Korean Air Lines e a Scoot, unidade da Singapore Airlines, estão entre as aéreas que ajudaram a retirar pessoas do epicentro do surto, a cidade chinesa de Wuhan, e de um cruzeiro na costa do Japão. As empresas intensificaram medidas de higienização de aeronaves como resultado e tentam garantir que os aviões usados nas missões de resgate sejam seguros para serem novamente usados em operações comerciais.

A limpeza padrão das aeronaves com aspiradores a bordo se transformou em esterilizações de nível hospitalar, com produtos capazes até de evitar doenças sexualmente transmissíveis e a superbactéria MRSA. Como isso foi feito? Há riscos para passageiros que usam os aviões quando estes fazem novos voos? Aqui estão algumas respostas:

Quais produtos de limpeza são usados?

A Qantas usa o Viraclean, um desinfetante fabricado pela Whiteley, com sede em Sydney. É um líquido cor de rosa com cheiro de limão que mata uma variedade de bactérias e vírus, como hepatite B e herpes simplex, de acordo com o fabricante. Superfícies com muito sangue ou suor devem ser limpadas com Viraclean não diluído. Recomenda-se luvas e proteção para os olhos, embora não seja classificada como substância perigosa, segundo a Whiteley.

A Korean Air optou pelo MD-125. É uma versão diluída do D-125, uma solução de limpeza fabricada pela Microgen e usada em setores como assistência médica e avicultura. A empresa diz que o MD-125 age contra 142 bactérias e vírus, como salmonela, gripe aviária, HIV e sarampo.

Como os aviões são limpos?

A Qantas usou o mesmo Boeing 747 em seus dois voos de Wuhan e outro de Tóquio de volta à Austrália. A limpeza durou 36 horas. Almofadas, cobertores, revistas e fones de ouvido foram jogados fora, disse a companhia aérea. A cabine foi pulverizada duas vezes com desinfetante, usado em todos os assentos, pisos, braços dos assentos, mesas, compartimentos de bagagem e paredes. Os filtros de ar do avião, semelhantes aos usados nas salas cirúrgicas, também foram substituídos. O 747 estava de volta à rota comercial Sydney-Santiago nesta semana, de acordo com dados da flightaware.com.

A Korean Air usou um Boeing 747 em dois voos de Wuhan e um A330 da Airbus para o terceiro. Além de borrifar e limpar a cabine, as equipes de limpeza substituíram as capas dos assentos e desinfetaram o compartimento de bagagem, segundo a companhia aérea. Os aviões só foram autorizados a retomar os voos com a aprovação dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia.

E o futuro?

Pode ser possível desinfetar o interior de um avião sem nenhum produto químico. A ACT.Global, cujo sistema de limpeza foi usado em hotéis e em navios de cruzeiro, desenvolveu um filme em spray que permite que uma cabine de avião faça uma autolimpeza por 12 meses contínuos. Quando o revestimento transparente é exposto à luz, ocorre uma reação fotocatalítica que mata micróbios e purifica o ar, de acordo com a empresa dinamarquesa. O diretor técnico Christopher Lüscher disse que o produto, chamado Premium Purity, mostrou eficácia contra cepas de coronavírus.

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Bolsas da Argentina avaliam fusão em meio à queda de volume

(Bloomberg) — As bolsas da Argentina estão nos estágios iniciais para uma fusão em meio à crise econômica do país que encolhe o volume de negócios em um mercado fragmentado.

A Bolsa y Mercados Argentinos, a maior plataforma de negociação do país, lidera a iniciativa de combinar forças com suas três rivais mais próximas, Matba-Rofex, Mercado Abierto Electrónico e Mercado Argentino de Valores. As conversas sobre o trabalho conjunto foram iniciadas para garantir a sobrevivência, disse Ernesto Allaria, presidente da BYMA, em entrevista.

O passo sinaliza uma drástica mudança nas relações entre as quatro operadoras, que têm sido fortes concorrentes para dominar diferentes segmentos do mercado de capitais argentino. Mas a ideia de fazer isso sozinhas pode parecer menos sustentável depois que o colapso da moeda argentina, a grave recessão e os controles de capital reduziram o volume. A negociações de títulos de dívida caíram em mais de 80% nos últimos dois anos, para apenas US$ 500 milhões por dia.

“O mercado argentino é muito pequeno, e não vale a pena ter quatro bolsas no país”, afirmou Allaria. “Você precisa tentar integrar ou fazer alguns negócios juntos.”

A BYMA, que tem capital aberto e registrou receita de 5,2 bilhões de pesos (US$ 84 milhões) em 2019, é a principal bolsa de valores do país. O MAE é o maior mercado de câmbio. O Matba-Rofex negocia principalmente contratos futuros e o MAV é especializado em instrumentos financeiros utilizados por pequenas e médias empresas, como notas promissórias e recebíveis.

Representantes do Matba-Rofex e MAV confirmaram as negociações. O MAE reconheceu que estava em discussões com outras bolsas, mas o presidente Fernando Negri enfatizou que o foco era a cooperação, não uma fusão.

A ideia de combinar esforços se torna mais atraente depois de a Argentina ter sofrido a pior fuga de capitais em 16 anos entre 2018 e 2019. O governo implementou controles rígidos de capital em outubro passado para conter a sangria, mas a medida não ajudou muito para aumentar o volume, pois investidores parecem estar ganhando tempo antes de poder retirar o dinheiro do país.

O volume de negociação de títulos caiu para uma média diária de US$ 514 milhões em fevereiro no MAE em relação aos US$ 1,3 bilhão em julho de 2019 e US$ 4 bilhões em julho de 2018. A negociação de moedas no MAE despencou 75% em relação a julho de 2019 em dólares, e as transações com ações na BYMA caíram mais da metade nesse período.

Allaria diz que a desaceleração deixou claro que as operadoras de câmbio precisam cortar custos para sobreviver à crise e estar posicionadas para o crescimento quando a demanda retornar.

“Houve boas discussões para recuperar a confiança e desenvolver novos produtos juntos”, disse Allaria. “O mais eficiente seria ter apenas uma bolsa e não, por exemplo, os três mercados futuros que temos hoje.”

Já existe alguma cooperação em andamento. A BYMA possui uma participação de 4% no Matba-Rofex e procura adicionar membros ao conselho da empresa e, futuramente, adquirir uma fatia majoritária. A BYMA possui participação de 20% no MAV, e o MAV possui cerca de 2% da BYMA.

Uma etapa preliminar antes de uma fusão poderia incluir a união de data centers e a criação de um único agente de liquidação, acrescentou Allaria.

“Deveríamos ser um”, disse. “Não é uma questão de colonização, mas sim de sinergia.”

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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

“Crash” mais rápido da história é preço de otimismo exagerado em Wall Street

(Bloomberg) — A situação é tão chocante que se torna difícil de acreditar: em um século que abrange a Grande Depressão e a crise financeira, a correção atual é a mais rápida já registrada. Para entendermos como isso aconteceu, precisamos lembrar o nível de euforia dos mercados recentemente.

Pode ser difícil lembrar, mas há duas quartas-feiras, com manchetes de coronavírus por todos os lados, a Apple liderava um rali que havia elevado seu valor de mercado em US$ 600 bilhões em oito meses. Ganhos semelhantes de grandes empresas de tecnologia levaram os valuations do Nasdaq 100 ao maior nível em duas décadas. Em apenas três meses, o valor de mercado da Tesla deu um salto de US$ 40 bilhões para US$ 170 bilhões, enquanto um grupo de microcaps, que vendem férias espaciais e células de combustível, negociava centenas de milhões de ações por dia.

Movimentos como esses atraíam especuladores aos montes, armados com contas de corretagem sem comissão e embriagados com opções baratas. Alguns desses investidores sentem, pela primeira vez, o amargo sabor da realidade. O fato de a causa ser uma pandemia sem tratamento que desafiou todos os esforços para contê-la ajuda a explicar por que o rali de 11 anos está subitamente em risco.

Para o mercado altista terminar, o S&P 500 teria que cair outros 9%, para 2.708,92 pontos, um nível alcançado pela última vez em fevereiro de 2019. Em termos de calendário, é um período relativamente curto para ser desfeito. Compare com o final de 2018, quando o chamado “bull market” chegou mais perto do fim. A queda de 20% em relação ao recorde da época exigia a eliminação 17 meses de ganhos, um período 40% mais longo do que agora.

“As coisas mudaram muito rápido nas duas direções”, disse Mike Stritch, diretor de investimentos da BMO Wealth Management, em entrevista telefone. “Existe uma possibilidade crescente de que seja um evento muito mais perturbador e até potencialmente um mercado baixista.”

Lori Calvasina, chefe de estratégia de renda variável dos EUA na RBC Capital Markets, viajou para seis cidades para visitar clientes e observou uma clara mudança no tom dos investidores.

“A primeira coisa que notamos nesta semana foi um alto nível de nervosismo sobre o coronavírus e os planos pessoais de viagem em particular”, escreveu Calvasina em nota aos clientes. “Se os investidores de ações dos EUA ainda estavam imóveis na semana passada, nesta semana se contorciam nas cadeiras.”

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Cerveja Corona também é “vítima” de coronavírus

(Bloomberg) — O novo coronavírus tem uma vítima inesperada: uma das cervejas mais populares do mundo.

A cerveja Corona virou alvo de memes e vídeos compartilhados nas redes sociais com o maior número de vítimas do vírus em todo o mundo. Dados sobre o aumento das buscas na Internet por “vírus da cerveja corona” e “coronavírus da cerveja” mostram que a cerveja mexicana não conseguiu escapar da associação. A chamada intenção de compra entre adultos nos EUA caiu para o menor nível em dois anos, segundo dados da YouGov.

O impacto se agravou nos últimos dias com o aumento das infecções. As ações da Constellation Brands, fabricante da cerveja Corona, despencaram 8% nesta semana em Nova York. A pontuação de percepção da marca Corona – que monitora se adultos nos EUA cientes da marca ouviram coisas positivas ou negativas sobre ela – caiu para 51 em relação ao pico de 75 no início do ano, segundo a YouGov.

A marca Corona, cujo nome faz referência à coroa solar em espanhol e não tem nada a ver com o vírus, é a terceira cerveja mais popular dos EUA, de acordo com o ranking da YouGov. A Guinness é a primeira, seguida da Heineken.

Outro motivo para a queda da intenção de compra pode ser a percepção da cerveja Corona como uma bebida de verão associada a férias na praia, escreveu o jornalista de dados comerciais da YouGov, Graeme Bruce, em artigo publicado na quarta-feira. Portanto, há flutuações sazonais significativas, disse.

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Petrobras anuncia quedas de 4% para preço da gasolina e de 5% para o diesel

A Petrobras (PETR3;PETR4) anunciou nesta sexta-feira, 28, aos seus clientes que a gasolina vendida em suas refinarias vai ficar 4% mais barata a partir do sábado, 29, e o diesel, 5%. Já o litro do diesel S500 para térmicas e do diesel marítimo foi reduzido em 5,1% e o S10 para térmicas, 5,2%.

“O preço internacional do petróleo está desabando por causa do coronavírus. Os da gasolina e do diesel estão seguindo essa queda. O ajuste está em linha com a paridade internacional”, disse o consultor de Óleo e Gás da FCStone, Thadeu Silva.

Ele acrescenta que o setor de distribuição reclama das oscilações dos preços neste mês.

“Teve uma alta do produto ao longo de duas semanas, até a semana passada, e a Petrobras não mexeu no preço, estrangulou o mercado ao longo de duas a três semanas e agora que o preço começou a cair, deu dois dias, reajustou em cima. Então, segurou muito a alta e foi bem rápida no reajuste da queda. A margem de importação ficou bastante prejudicada em fevereiro”, afirmou Silva.

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B3 teve maior saída diária de capital estrangeiro da história, de R$ 3,068 bilhões, na sessão de quarta

A B3 registrou no último dia 26, quarta-feira, a maior retirada de capital estrangeiro desde o início da contabilização dos dados, em 1994.

Os investidores estrangeiros retiraram R$ 3,068 bilhões da bolsa no retorno do feriado de carnaval, em meio ao pânico generalizado com a rápida disseminação do coronavírus fora da China.

Naquele dia, o Ibovespa fechou em forte queda de 7%, aos 105.718,29 pontos, com giro financeiro de R$ 33,2 bilhões.

Em fevereiro, o saldo acumulado de recursos estrangeiros na Bolsa está negativo em R$ 15,750 bilhões, resultado de compras de R$ 190,150 bilhões e vendas de R$ 205,900 bilhões.

Em 2020, os estrangeiros já retiraram R$ 34,908 bilhões do mercado acionário brasileiro.

O montante já é equivalente ao saldo negativo registrado entre 2 de janeiro e 13 de novembro de 2019.

No fechado do ano, a saída de capital estrangeiro da bolsa totalizou R$ 44,5 bilhões.

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Após intermediação do TST, Petrobras mantém 396 demissões em fábrica do Paraná

Petrobras

Após quase nove horas de negociação sob a intermediação do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Ives Gandra, a Petrobras (PETR3;PETR4) reiterou nesta quinta-feira, 27, a demissão dos 396 empregados da Araucária Nitrogenados (Ansa), subsidiária da estatal no Paraná.

Representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Químicas do Paraná (Sindiquímica-PR) propuseram que os funcionários da fábrica de fertilizantes fossem transferidos a outras unidades da estatal. Mas a empresa rejeitou a proposta.

A contrapartida apresentada pela Petrobras foram melhorias no pacote de benefícios, que inclui indenizações maiores e a manutenção dos planos de saúde e do apoio educacional por dois anos e não mais até a recolocação profissional do demitido. A indenização pode chegar a R$ 490 mil, dependendo do tempo de trabalho e da remuneração do empregado. Esse valor, no entanto, é válido apenas àqueles que se comprometerem a não recorrer à Justiça contra a empresa. Caso contrário, o valor máximo a ser pago é de R$ 210 mil.

Os trabalhadores terão até 3 de março para se posicionar sobre as propostas, em assembleias que serão promovidas pelos sindicatos. O conselho deliberativo da FUP vai se reunir na próxima segunda-feira, 2, para analisar o tema. E a direção da empresa terá de dar a palavra final até o dia 4. O mais provável é que os empregados aceitem a proposta, porque estão sem salários e sem perspectivas.

As demissões são consequência do fechamento da Ansa, anunciada pela Petrobras no dia 14 de janeiro. A companhia petroleira alega que a subsidiária acumulava prejuízos e, por isso, não poderia ser mantida. Na negociação sob a intermediação do ministro, argumentou também que os funcionários não podem ser aproveitados porque não são concursados.

Além dos 396 empregados diretos que devem ser demitidos, a FUP calcula que mais 600 indiretos vão ficar sem trabalho. A ata da reunião desta quinta não faz menção aos indiretos.

Os petroleiros ficaram em greve por 20 dias neste mês, em reivindicação contra as demissões na Ansa e outros três pontos relativos a direitos trabalhistas da categoria. Na tentativa de dar fim ao impasse, o ministro Gandra propôs uma intermediação entre as partes, o que levou os sindicatos a suspenderem a paralisação no dia 20. No dia seguinte, aconteceu a primeira negociação, em Brasília, e houve algum consenso. Nesta quinta-feira as parte concordaram em discutir por mais um mês duas pautas ainda abertas.

“A mobilização precisa continuar, porque continuamos em mesa de negociação para conseguirmos manter os nossos direitos garantidos no acordo coletivo e evitar que a gestão da empresa descumpra aquilo que está acordado no ACT de 2019 e 2020”, afirmou Deyvid Bacelar, diretor da FUP, em vídeo distribuído aos sindicatos filiados.

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Ação do IRB cai 5% após subir forte na véspera; Gol, Petrobras e Vale seguem em baixa com coronavírus

SÃO PAULO – Após duas sessões pós-feriado de forte queda para o mercado, com o Ibovespa acumulando perdas de 9,41% entre quarta e quinta, o pregão desta sexta-feira (28) é novamente de expressivas baixas.

As ações de Petrobras (PETR3;PETR4), Vale (VALE3) e siderúrgicas como Gerdau (GGBR4), Usiminas (USIM5) registram baixa ainda seguindo o cenário de queda para as commodities em meio aos temores para a economia global com o coronavírus, mas elas são bem mais amenas na comparação com as sessões anteriores. A maior queda fica com os ativos do IRB (IRBR3), que subiram 6,66% na sessão passada com a notícia do Estadão de que a Berkshire Hathaway teria aumentado sua participação na companhia, que não foi confirmada pela companhia.

Varejistas registram uma sessão de perdas, enquanto Ambev (ABEV3) estende a queda após perder R$ 20,7 bilhões de mercado na véspera depois da divulgação do balanço do quarto trimestre, que não agradou o mercado. Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC3;BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3), por sua vez, que abriram em alta, ainda resilientes nesses dias de maior aversão ao risco do mercado com os investidores à procura de ativos de qualidade e não tão impactados pelo surto de coronavírus, viraram para queda.

Pelo terceiro dia, a ação da Gol (GOLL4) registra queda: na véspera, o papel caiu 8,9% após perder 14% na véspera, acumulando baixa de cerca de 24% em três dias. O setor aéreo é apontado por analistas como um dos mais prejudicados pelos efeitos do coronavírus já que a tendência é que as pessoas evitem viajar. Além disso, pesa o fato da companhia ter grande parte de seus custos em dólar.

A Embraer (EMBR3) também tem perdas. A União Europeia definiu 23 de junho como o novo prazo para revisão do acordo entre Boeing e Embraer. A revisão estava suspensa desde 21 de janeiro para que as partes fornecessem mais informações consideradas importantes pela comissão. Confira os destaques:

Petrobras (PETR3;PETR4

A Petrobras anunciou na noite de ontem uma série de desinvestimentos, dentro da política da atual administração de gerar mais valor aos acionistas da estatal. Em um comunicado, publicou o teaser para a venda dos 51% que possui na Gaspetro, distribuidora de gás natural que atua em 19 Estados brasileiros.

A venda da Gaspetro foi um desinvestimento cogitado várias vezes por Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras. A japonesa Mitsui é proprietária dos 49% restantes da empresa, pelos quais pagou R$ 1,9 bilhão em 2015. O valor atual da Gaspetro se situaria ao redor de R$ 4 bilhões, segundo analistas.

A Gaspetro controla uma rede de 10 mil quilômetros de gasodutos, com participação em várias distribuidoras estaduais de gás natural. Em outro comunicado, a Petrobras divulgou o teaser para a venda dos campos de gás de Merluza e Lagosta, na Bacia de Santos. Os campos ficam em águas rasas (o de Merluza, 135 metros de profundidade) e são apenas da estatal brasileira. Merluza está em operação desde 1993 e Lagosta desde 2009.

Conforme destaca o Bradesco BBI, a Petrobras está priorizando a venda a um comprador financeiro/estratégico, em vez de um IPO. A Petrobras detém 51% da Gaspetro (enquanto a Mitsui detém 49%), com a empresa detendo uma participação média de cerca de 44% em 19 empresas brasileiras de distribuição de gás.

“O valor contábil da Gaspetro é de cerca de R$ 2 bilhões (US$ 487 milhões) e estimamos que o lucro líquido seja de aproximadamente R$ 300 milhões. 100% da Gaspetro poderia ser de R$ 3,0 a R$ 5,5 bilhões (US$ 670 a US $ 770 milhões). Ao vender sua participação de 51%, a Petrobras poderia arrecadar cerca de US$ 340 milhões a US$ 390 milhões”, avalia o analista.

Vale (VALE3)

A Vale informou que obteve junto à Petrobras navios chamados de Oil Spill Recovery Vessel (OSRV, na sigla em inglês) para conter um eventual vazamento de óleo da embarcação com minério de ferro que encalhou após deixar o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís (MA), na segunda-feira.

A medida é apenas preventiva, já que segundo a Capitania dos Portos não há vazamento do combustível do navio, que está encalhado fora do canal de acesso ao terminal. A mineradora informou ainda que contratou especialistas em salvatagem para acelerar o plano de retirada do combustível da embarcação.

A operadora do navio, a sul-coreana Polaris Shipping, explicou nesta quinta-feira que ainda avalia a extensão dos danos causados pelo contato da embarcação com algo ainda não identificado no fundo do mar, o que causou a avaria.

“Como resultado do incidente, alguns tanques de água e espaços vazios sofreram danos, embora a extensão dos danos ainda deva ser estabelecida”, disse a Polaris em nota. “Acredita-se que os porões de carga estejam intactos e a situação está sob controle.” Todos os membros da tripulação estão seguros, destacou.

Dados do terminal Eikon, da Refinitiv, mostram que o navio tinha como destino o porto de Qingdao, na China, para onde deveria levar uma carga de 275 mil toneladas de minério de ferro.

Oi (OIBR3;OIBR4)

A Oi protocolou junto à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro petição para convocar nova assembleia geral de credores e discutir um aditamento ao plano de recuperação judicial homologado, disse a empresa em comunicado. O objetivo do aditamento é alcançar maior flexibilidade operacional e financeira “para continuar seu projeto de investimento e o cumprimento de seu plano estratégico de transformação”, disse a companhia.

A estratégia passa por reorganização das operações “de forma a dar mais eficiência a sua estrutura societária e criar opções estratégicas de capitalização e fortalecimento da Oi”. A “Oi reitera seu compromisso na execução de seu Plano Estratégico com foco na massificação da fibra ótica no Brasil e em negócios de maior valor agregado e com tendência de crescimento e visão de futuro”.

A nova administração da Oi conseguiu, em dois anos, reduzir a dívida imensa de R$ 60 bilhões para R$ 16 bilhões. Esse e outros argumentos devem ser apresentados em uma nova Assembleia Geral de Credores, que a empresa deve convocar em breve – o comunicado enviado à CVM na manhã de hoje não traz uma data. A última Assembleia aconteceu nos dias 19 e 20 de dezembro do ano passado. Segundo a Oi, só poderão participar da próxima Assembleia os credores que estiveram na última e que, até ontem (27 de fevereiro) ainda detinham ações e outros papéis da operadora em seu poder.

Santander Brasil (SANB11)

Sergio Rial, CEO do Santander Brasil, vai se tornar conselheiro do Grupo Santander (Espanha). Rial vai ser um dos três conselheiros executivos do grupo. ao lado de Ana Botín e José Álvarez.

Rial, que se juntou ao Santander Brasil em 2015, foi importante para a melhora na rentabilidade do banco. O SANB11 atingiu um retorno sobre patrimônio líquido de 21,3% no último trimestre de 2019, patamar muito superior ao encontrado na sua chegada ao banco, que era de aproximadamente 14%.

“Nossa visão sobre a notícia é negativa, uma vez que o Rial é um executivo chave para a subsidiária brasileira e agora ele deve se aproximar da matriz. Lembrando que a possível saída do executivo brasileiro para o grupo espanhol já era especulada pelo mercado”

AES Tietê (TIET11

A geradora e transmissora AES Tietê Energia, que controla 35 hidrelétricas no interior de São Paulo, divulgou balanço e informou um lucro líquido de R$ 105,6 milhões no quarto trimestre de 2019, expansão de 0,6% sobre igual período de 2018. A empresa informou que no ano inteiro de 2019 o lucro líquido cresceu 4,2% para R$ 300,1 milhões. Os números da AES vieram na média das projeções de analistas de mercado.

A receita líquida da empresa cresceu 13,1% para R$ 528 milhões no quarto trimestre do ano passado. No fechamento de 2019, a receita líquida avançou 6,6% para R$ 2 bilhões. A geradora de energia reportou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 285,9 milhões no quarto trimestre do ano passado, uma expansão de 6,1 sobre igual período de 2018. Em 2019 fechado, o Ebitda avançou 2,3% para R$ 1,02 bilhão.

O balanço teve dois destaques: um foi o aumento dos investimentos da empresa em parques eólicos geradores de energia e outro foi a redução do endividamento líquido da empresa. Embora a dívida bruta supere R$ 4 bilhões, a empresa conseguiu reduzir sua dívida líquida em 6,5% em 2019 para R$ 2,89 bilhões. Segundo a empresa, o índice de alavancagem da dívida sobre o Ebitda fechou 2019 em 2,79 vezes (2,79x). A empresa conseguiu refinanciar grande parte do débito, que vencerá a partir de 2025.

A companhia atualizou sua previsão de investimentos para o período de 2020 a 2024 para aproximadamente R$ 1,4 bilhão. Em maio do ano passado, a empresa projetava investir R$ 662,1 milhões entre 2019 e 2023 na finalização da construção de parques eólicos e projetos já existentes. Um pouco mais da metade desse aporte, R$ 342,8 milhões, foram investidos ao longo de 2019.

Conforme fato relevante divulgado pela elétrica, o montante será direcionado à modernização e manutenção de seus ativos em operação e à expansão, principalmente para a construção do complexo eólico Tucano e desenvolvimento de unidades de geração distribuída.

“Temos uma avaliação positiva dos resultados da AES Tietê no quarto trimestre de 2019, dado que o Ebitda ajustado e o lucro vieram acima das nossas estimativas. Acreditamos que as ações da AES Tietê fornecem uma das melhores histórias de risco-retorno no setor elétrico. Mantemos nossa recomendação de compra e nosso preço-alvo de R$ 17 por unit”, destaca a XP Investimentos.

BRF (BRFS3)

Por causa do surto de coronavírus, a BRF suspendeu viagens de seus funcionários para Coreia do Sul, Itália e Irã, três países que vêm sendo atingidos pela disseminação da doença. A companhia já havia suspendido viagens para China continental. A doença também já começa a afetar indústrias brasileiras por causa da falta de peças e componentes industriais vindos da China, onde fábricas estão paradas, diz o Estadão.

Embraer (EMBR3)

A União Europeia definiu 23 de junho como o novo prazo para revisão do acordo entre Boeing e Embraer. A revisão estava suspensa desde 21 de janeiro para que as partes fornecessem mais informações consideradas importantes pela comissão.

IRB Brasil (IRBR3)

O IRB Brasil nega que o presidente do conselho de administração, Ivan Monteiro, tenha pedido renúncia, em comunicado ao mercado. Reportagem do Valor afirmou que Monteiro pediu demissão do cargo no último dia 20, um dia após a teleconferência de resultados da empresa, citando fontes
próximas à resseguradora.

Neoenergia (NEOE3)

A Neoenergia aprovou ontem a emissão de debêntures no valor de R$ 300 milhões. Segundo a empresa, os recursos levantados com a venda dos papéis serão usados nos seus projetos de transmissão de energia elétrica. A B3 fará a custódia eletrônica dos papéis. Serão 300 mil debêntures emitidas, cada uma ao valor de R$ 1 mil, com vencimento em 2045. Segundo a Neoenergia, serão pagos juros de 4,50% ao ano sobre os papéis, a partir de 15 de fevereiro de 2023.

Copel (CPLE6)

A Copel, estatal de energia elétrica do Paraná, fechou ontem um acordo com a Petrobras de fornecimento de gás natural para a usina termelétrica de Araucária (UEGA) na Região Metropolitana de Curitiba. A UEGA é um ativo controlado pela Copel, que tem participação de 80% na usina, enquanto os 20% restantes são da Petrobras. O acordo vale até 31 de dezembro deste ano.

Renova (RNEW11)

A Renova Energia, empresa em recuperação judicial, comunicou ontem ao mercado que recebeu na sexta-feira passada (21 de fevereiro) uma oferta vinculante de financiamento para concluir o parque eólico gerador de energia Alto Sertão III Fase A, bem como “para despesas operacionais correntes” da própria empresa. A companhia afirmou que estuda a oferta.

PagSeguro

A PagSeguro viu seu lucro líquido subir 29,4% no quarto trimestre de 2019 na comparação com igual período de 2018, totalizando R$ 391,9 milhões. A receita líquida com operações de pagamentos e outros serviços foi de R$ 1,5 bilhão, avanço de 37,2% na base de comparação anual.

A base de usuários ativos encerrou o ano passado em 5,3 milhões, expansão de 1,1 milhão ante 2018.

O custo de vendas e serviços subiu 12,1% no período, para R$ 747,4 milhões, mas como percentual da receita líquida, os custos recuaram de 82,6% para 80,1%. Já as despesas com vendas saltaram 124,5%, para 186,6 milhões de reais. Segundo a PagSeguro, o aumento é relacionado a “despesas com marketing”.

O Itaú BBA, o Bradesco BBI e o Morgan Stanley avaliaram o balanço da PagSeguro, empresa brasileira que é listada no Nasdaq em Nova York, mas atua no Brasil. O BBA comentou que os resultados vieram em linha com as projeções e manteve a recomendação neutra para os papéis. Como fatores positivos, o BBA aponta que o lucro foi de R$ 1,5 bilhão, 2% superior à projeção do banco, e a base de clientes ativos da plataforma cresceu em 250 mil pessoas para 5,3 milhões no final de 2019. No lado negativo, o BBA aponta o aumento das despesas operacionais, principalmente no marketing para divulgar o PagBank. O banco colocou em revisão o preço-alvo da ação para 2020.

O Bradesco BBI avalia que o lucro líquido do quarto trimestre chegou 11% abaixo das estimativas do banco e indica que houve uma desaceleração para 7,6% no gasto médio por consumidor no período, o que indica “que os desafios crescem para a empresa líder no segmento de microempreendedores no Brasil”. O BBI também observa que a PagSeguro investe em iniciativas de alto risco, como um “super app”, que podem não trazer os resultados sonhados.

A recomendação continua “underperform” (abaixo da média), com redução de 14% no preço-alvo do papel da fintech brasileira neste ano, de US$ 32,40 para US$ 28,00. A avaliação mais positiva da PagSeguro é a do banco americano Morgan Stanley. O Morgan comenta que o lucro líquido, embora tenha vindo um pouco abaixo das estimativas, foi robusto, e o volume total de pagamentos (TPV) cresceu 17% no quarto trimestre para R$ 34,3 bilhões, dentro da estimativa do banco. O TPV para 2019 inteiro cresceu 51% para R$ 115 bilhões, outro número que o banco considera positivo. O Morgan Stanley mantém a nota “overweight” (acima da média) para a ação PAGS e fixa um preço-alvo de US$ 56,00 para a ação na NYSE, uma projeção no mínimo “bullish”.

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(Com Agência Estado e Bloomberg)

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