Na volta do feriado do Dia do Presidente nos EUA, a aversão ao risco volta a tomar conta dos mercados após alerta da Apple, que cortou sua perspectiva de vendas e apontou que fábricas chinesas retomam produção mais lentamente que o previsto.
Assim, as bolsas caem com receio de impacto econômico mais duradouro do coronavírus. Enquanto isso, no Brasil, atenção para a greve dos petroleiros. O TST considera ilegal greve da Petrobras, enquanto a oposição quer usar o movimento contra privatizações, segundo a Folha, enquanto Globo destaca tentativa do governo de acelerar venda de estatais.
1.Bolsas mundiais
A sessão é de aversão ao risco para as principais bolsas mundiais e para os mercados futuros norte-americanos, após a Apple se tornar a mais recente vítima das consequências econômicas do coronavírus.
Ontem, a Apple fez um alerta de que não deverá cumprir projeções de receita no trimestre até março, em razão dos efeitos do coronavírus. Isso prejudicou fortemente o setor de tecnologia asiático. Também pressionados por papéis de tecnologia, o japonês Nikkei teve forte queda em Tóquio.
Contudo, na China continental, os mercados subiram após Pequim anunciar que poderá conceder isenção tarifária a mais produtos dos EUA e ainda na esteira de recentes estímulos monetários. Além disso, o banco central chinês (PBoC) cortou ontem o juro de empréstimos de um ano e pode reduzir seus juros de referência ainda nesta semana, como parte de esforços para amenizar o impacto do coronavírus.
Com isso, no mercado de commodities, o petróleo WTI cai abaixo de US$ 52 após quatro altas seguidas; metais recuem em Londres; minério de ferro fechou estável na China depois que a Rio Tinto reduziu seu guidance de produção para o ano.
Veja o desempenho dos mercados, às 7h55 (horário de Brasília):
Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), -0,44%
*Nasdaq Futuro (EUA), -0,81%
*Dow Jones Futuro (EUA), -0,52%
Europa
*Dax (Alemanha) , -0,63%
*FTSE (Reino Unido), -0,68%
*CAC 40 (França), -0,37%
*FTSE MIB (Itália), +0,51%
*Nikkei (Japão), -1,40% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), +1,48% (fechado)
*Hang Seng (Hong Kong), -1,47% (fechado)
*Xangai (China), +0,05% (fechado)
*Petróleo WTI, -1,48%, a US$ 51,27 o barril
*Petróleo Brent, -1,72%, a US$ 56,26 o barril
**A Bolsa de Dalian fechou em alta. Em 18 de fevereiro, contratos futuros do minério de ferro negociados em Dalian fecharam com alta de 1,43%, cotados a 639,500 iuanes, equivalentes a US$ 91,32 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 7,0028 (-0,33%)
*Bitcoin, US$ 9.697,71 +0,42%
2. Indicadores econômicos
A FGV publicou na manhã de hoje o IPC-S da segunda semana de fevereiro, nas capitais brasileiras, e também o IGP-M relativo ao segundo decêndio de fevereiro. O IGP-M ficou estável na segunda prévia de fevereiro, ante estimativa de queda de 0,09%.
A Fipe publica hoje o IPC relativo à cidade de São Paulo na segunda quadrissemana de fevereiro.
3. Política
Para acelerar a venda de estatais, o Ministério da Economia avalia o uso de um “fast-track” (via rápida) por decreto, informa matéria do jornal O Globo. Seria uma inovação em tempos de democracia, a partir de 1985 poucos presidentes fizeram uso de decreto-Lei. Para a equipe econômica, a Lei do programa Nacional de desestatização (PND) já autoriza as privatizações e prevê exceções, o que seria o caso do Banco do Brasil, cuja venda teria que passar pelo Congresso.
4. Greve de petroleiros
Em sua segunda semana, a greve dos petroleiros começou a atrair apoio dos caminhoneiros e de alguns partidos de oposição, informa matéria do jornal Folha de S. Paulo. A adesão já passa de 21 mil trabalhadores e afeta 22 unidades da Petrobras, segundo a FUP – Federação Única dos Petroleiros. O ministro do TST, Ives Gandra, declarou a greve ilegal e fixou multa de R$ 500 em caso de descumprimento da ordem judicial.
Vale destacar que o TST atendeu a Petrobras e declara ilegalidade em greve de trabalhadores; a estatal pediu a volta de empregados após greve ser julgada ilegal. Contudo, os petroleiros mantiveram greve e vão recorrer de decisão do TST.
5. Noticiário corporativo
O Bradesco (BBDC3 e BBDC4) comunicou na noite de ontem que pagará R$ 490,9 milhões em dividendos complementares de 2019 aos acionistas. O pagamento ocorrerá no dia 28 deste mês. Itaúsa (ITSA3 e ITSA4), CESP (CESP6) e Multiplan (MULT3) publicaram balanços na noite de ontem. Na Usiminas (USIM5), os controladores querem manter Sergio Andrade como CEO.
(Com Agência Estado e Bloomberg)
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