SÃO PAULO – Após um pequeno alívio na quinta, as bolsas no mundo voltaram a ficar tensas na sexta-feira em meio ao crescente número de casos de coronavírus. E isso deve se intensificar logo no início da semana com a volta das operações das bolsas na China.
Após ficar uma semana fechado, os mercados chineses retomam as operações na segunda-feira (13) e os investidores irão acompanhar com cuidado a reação por lá, principalmente por ter “acumulado” todo o movimento das bolsas pelo mundo estando fechada.
Mais de uma dúzia de províncias chinesas, correspondendo a ao menos dois terços da economia, anunciaram extensão do feriado por mais uma semana. Embora o vírus tenha reduzido na margem o impacto dos indicadores, dados pelo mundo ganham importância por poderem mostrar os primeiros impactos do coronavírus na economia.
Nos Estados Unidos, as atenções se voltam para o relatório de emprego (Payroll) referente à janeiro na sexta-feira (7), enquanto na política começam as primárias democratas.
Na segunda-feira ocorre a votação no estado de Iowa, que apesar de não ser decisivo para a vitória de um candidato, ele se tornou nos últimos anos um importante termômetro, com potencial para alavancar uma candidatura.
Apesar de ainda ser favorito para ser o candidato democrata, Joe Biden tem perdido força em algumas pesquisas e o senador Bernie Sanders tem crescido fortemente, com alguns levantamentos indicando uma vitória do socialista em Iowa. A partir deste início de primária é possível que o mercado comece a ter volatilidade conforme forem se definindo os candidatos.
Copom e inflação agitam o Brasil
No mercado doméstico o grande evento da semana será o Comitê de Política Monetária (Copom), que na quarta-feira (5) deve cortar a Selic em mais 0,25 ponto percentual, para 4,25%, conforme analistas consultados pela Bloomberg.
A grande questão, porém, fica para o comunicado, se o Banco Central irá manter a porta aberta para mais um corte de juros em março ou se manterá um tom de maior cautela e indicar o fim do ciclo. Entre os fatores que podem definir a postura da autoridade monetária estão a disparada recente do dólar e até mesmo o coronavírus.
Além da decisão do Copom, a agenda econômica também será bastante agitada, com atenção para os dados da produção industrial, que decepcionou em novembro e tem estimativa de baixa para dezembro, de acordo com a Bloomberg.
Para completar, chama atenção o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o dado oficial de inflação do País, que de acordo com analistas deve confirmar os sinais de desaceleração após a forte alta do fim do ano passado.
Na política, Câmara e Senado devem retomar as atividades após o recesso parlamentar. Com isso, o mercado volta a ter o termômetro do Congresso para acompanhar como anda o humor dos parlamentares sobre as propostas do governo, como as reformas administrativa e tributária.
Agenda corporativa
Ocorre ainda a megaoferta de ações da Petrobras (PETR3) pelo BNDES, que pode obter cerca de R$ 23,5 bilhões com a venda de até 9,86% das ações ordinárias da estatal hoje em seu controle. A fixação do preço das ações será feita em 5 de fevereiro.
A semana também terá as definições de preço dos IPOs da construtora Mitre e da Locaweb, além dos resultados de quarto trimestre do Bradesco, Banco Inter, Klabin, Lojas Renner e Alpargatas.
Clique aqui para conferir a agenda completa de indicadores.
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