SÃO PAULO – O Ibovespa futuro registra queda nesta terça-feira (18) em dia de aversão ao risco para as principais bolsas mundiais e mercados futuros americanos, após a Apple se tornar a mais recente vítima das consequências econômicas do coronavírus.
Às 09h08 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em abril registrava perdas de 0,63%, aos 114.980 pontos. O dólar futuro para março, por sua vez, subia 0,40%, para R$ 4,346.
Já os contratos de juros futuros registram ganhos. O contrato com vencimento em janeiro de 2021 registra alta de um ponto-base, a 4,22%, enquanto o de vencimento em janeiro de 2023 avança quatro pontos-base, a 5,30%, seguido pela alta de quatro pontos-base do vencimento em janeiro de 2025, a 6,00%.
Ontem, a empresa fez um alerta de que não deverá cumprir projeções de receita no trimestre até março, em razão dos efeitos do coronavírus. Isso prejudicou fortemente o setor de tecnologia asiático. Também pressionados por papéis de tecnologia, o japonês Nikkei teve forte queda em Tóquio.
Contudo, na China continental, os mercados subiram após Pequim anunciar que poderá conceder isenção tarifária a mais produtos dos EUA e ainda na esteira de recentes estímulos monetários. Além disso, o banco central chinês (PBoC) cortou ontem o juro de empréstimos de um ano e pode reduzir seus juros de referência ainda nesta semana, como parte de esforços para amenizar o impacto do coronavírus.
Com isso, no mercado de commodities, o petróleo WTI cai abaixo de US$ 52 após quatro altas seguidas; metais recuem em Londres; minério de ferro fechou estável na China depois que a Rio Tinto reduziu seu guidance de produção para o ano.
Indicadores econômicos
A FGV publicou na manhã de hoje o IPC-S da segunda semana de fevereiro, nas capitais brasileiras, e também o IGP-M relativo ao segundo decêndio de fevereiro. O IGP-M ficou estável na segunda prévia de fevereiro, ante estimativa de queda de 0,09%.
A Fipe publica hoje o IPC relativo à cidade de São Paulo na segunda quadrissemana de fevereiro.
Política
Para acelerar a venda de estatais, o Ministério da Economia avalia o uso de um “fast-track” (via rápida) por decreto, informa matéria do jornal O Globo. Seria uma inovação em tempos de democracia, a partir de 1985 poucos presidentes fizeram uso de decreto-Lei. Para a equipe econômica, a Lei do programa Nacional de desestatização (PND) já autoriza as privatizações e prevê exceções, o que seria o caso do Banco do Brasil, cuja venda teria que passar pelo Congresso.
Greve de petroleiros
Em sua segunda semana, a greve dos petroleiros começou a atrair apoio dos caminhoneiros e de alguns partidos de oposição, informa matéria do jornal Folha de S. Paulo. A adesão já passa de 21 mil trabalhadores e afeta 22 unidades da Petrobras, segundo a FUP – Federação Única dos Petroleiros. O ministro do TST, Ives Gandra, declarou a greve ilegal e fixou multa de R$ 500 em caso de descumprimento da ordem judicial.
Vale destacar que o TST atendeu a Petrobras e declara ilegalidade em greve de trabalhadores; a estatal pediu a volta de empregados após greve ser julgada ilegal. Contudo, os petroleiros mantiveram greve e vão recorrer de decisão do TST.
Noticiário corporativo
O Bradesco (BBDC3 e BBDC4) comunicou na noite de ontem que pagará R$ 490,9 milhões em dividendos complementares de 2019 aos acionistas.
O pagamento ocorrerá no dia 28 deste mês. Itaúsa (ITSA4), CESP (CESP6) e Multiplan (MULT3) publicaram balanços na noite de ontem. Na Usiminas (USIM5), os controladores querem manter Sergio Andrade como CEO.
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