SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam leve alta na tarde desta sexta-feira (7).
No ambiente externo, o coronavírus gerou cautela, com aumento do número de mortes e dos sinais de impacto econômico. Por conta do vírus, a China interrompeu os pedidos de carne brasileira e adiou a divulgação dos dados da balança comercial de janeiro, que estavam previstos para hoje.
Nos Estados Unidos, o Departamento de Trabalho informou que foram criados 225 mil postos de trabalho em janeiro, acima da estimativa do mercado e compilada pela Bloomberg, de 165 mil vagas.
A taxa de desemprego, por sua vez, teve leve variação positiva, de 3,5% para 3,6%, ante estimativa de manutenção. Já os ganhos médios por hora tiveram leve alta de 0,2% na base mensal, ante estimativa de alta de 0,3%.
No Brasil, o IBGE divulgou mais cedo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que desacelerou de 1,15% em dezembro para 0,21% em janeiro, ficando abaixo da estimativa dos economistas consultados pela Bloomberg, de 0,35%. Este foi o menor resultado para um mês de janeiro desde o início do Plano Real, em 1994.
Segundo o IBGE, as carnes apresentaram queda de 4,03% no indicador no mês, contribuindo com o maior impacto negativo.
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No Tesouro Direto, o título indexado à inflação com juros semestrais e vencimento em 2035 pagava 3,17% ao ano, ante 3,16% a.a. na abertura do dia. O investidor podia aplicar uma quantia mínima de R$ 44,53 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação) ou adquirir o título integralmente por R$ 4.453,43.
Os papéis com vencimentos em 2035 e 2045, por sua vez, ofereciam um prêmio anual de 3,32%, ante 3,31% a.a. anteriormente.
Já entre os títulos prefixados, o retorno do papel com vencimento em 2025 subia de 6,11% para 6,17% ao ano, enquanto o com juros semestrais e prazo em 2029 avançava de 6,50% para 6,56% ao ano.
Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:
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Como investir com Selic a 4,25% ao ano?
Com a queda dos juros, produtos com retornos pós-fixados, indexados ao CDI, estão rendendo cada vez menos, e o mesmo acontece com a rentabilidade da caderneta de poupança, que é atrelada à taxa Selic.
Nos últimos 12 meses até janeiro, a caderneta rendeu 4,14%. Agora, com a Selic em 4,25% ao ano, o retorno anual da poupança passa a ser de 2,98% e continua, portanto, perdendo para demais aplicações conservadoras e até para a inflação, caso a estimativa de alta de 3,40% para o IPCA neste ano se confirme.
Além de os juros baixos dificultarem a escolha de investimentos mais conservadores, a perspectiva de que eles voltem a subir colocam novo desafio para o aplicador brasileiro.
O InfoMoney conversou com especialistas do mercado financeiro para entender como o investidor deve se posicionar neste cenário. O consenso foi de que as aplicações deverão buscar horizontes mais longos e que, independentemente do perfil de risco do investidor, alguma parcela do portfólio deve estar alocada em ativos mais arriscados, de forma a garantir melhores rentabilidades. A matéria completa, você confere aqui.
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